Ilhas Féroe ou Ilhas Faroé(s) |
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SIGNIFICADO DO NOME |
Em dinamarquês atual, o nome das ilhas é Færøerne, e na língua local (feroês), Føroyar. O nome tradicional em português, "Féroe", provém do nórdico antigo Færeyjar, que significa literalmente "ilhas das ovelhas" ou "ilhas dos carneiros", e chegou à nossa língua proveniente do francês Féroé. Similarmente, o nome ocidentalizou-se como Feroe em espanhol, Féroe em galego e Faroe em inglês. Fontes linguísticas tradicionais portuguesas recomendam a grafia "Ilhas Féroe". É essa a grafia adotada, por exemplo, pelo Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves, pelo Dicionário de Cândido de Figueiredo (1899), pelos dicionários portugueses da Porto Editora, pelo dicionário de Caldas Aulete e pelos dicionários brasileiros como o Houaiss, o Aurélio e o Michaelis. É também a grafia recomendada no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa pelos linguistas F. V. Peixoto da Fonseca e Carlos Machado. No que tange às fontes linguísticas brasileiras, o Dicionário Houaiss adota "Ilhas Féroe", tal como as fontes portuguesas. É "Féroe" também a forma adotada pelo dicionarista Caldas Aulete. O Dicionário Aurélio atesta tanto "Féroe" (primeira forma apresentada na etimologia do vocábulo "feroês) quanto "Feroé" (usada na definição do mesmo vocábulo). No campo dos órgãos de comunicação social, quase todos – quer portugueses, quer brasileiros – usam indiscriminadamente uma miscelânea de grafias. No campo político, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal usa "Ilhas Feroé", enquanto o Ministério das Relações Exteriores do Brasil usa oficialmente "Ilhas Féroe", forma atestada por Houaiss, Aulete e Aurélio e pelas fontes vernáculas portuguesas. Os gentílicos aplicáveis a essas ilhas são feroês (feroesa; feroeses; feroesas) e feroico (feroica; feroicos; feroicas) - este último normalmente associado à língua local. |
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CONTINENTE |
Europa |
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BANDEIRA |
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SINIFICADO DA BANDEIRA |
A bandeira das Ilhas Feroé é uma Cruz Nórdica que segue a tradição iniciada pela Dannebrog. Esta bandeira chama-se Merkið, que significa; "o estandarte" ou "a marca". Assemelha-se com as bandeiras das vizinhas Islândia e Noruega. A bandeira foi concebida em 1919 por Jens Oliver Lisberg e outros, enquanto estudavam em Copenhaga. A primeira vez que a Merkið foi hasteada nas Ilhas Feroé, foi a 22 de Junho desse ano em Fámjin por ocasião de um casamento. Em 25 de Abril de 1940, os Britânicos (a ilha estava ocupada pelo Reino Unido na altura) aprovaram a bandeira para uso das embarcações Feroesas. 25 de Abril, ainda hoje é celebrado como Flaggdagur. Com a acta governativa de 23 de Março de 1948, a bandeira foi por fim reconhecida pelo governo Dinamarquês como a bandeira nacional dos Feroeses. A cópia original da bandeira, está exposta na igreja de Fámjin. A bandeira não segue as regras da heráldica e da vexilologia. |
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MAPA |
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BRASÃO |
O brasão de armas das Ilhas Feroé surgiu pela primeira vez em cadeiras medievais de Kirkjubøur por volta do Século XV. Apresenta um carneiro (Feroês: Løgrættumenn) num escudo. Usos posteriores mostram um Carneiro num sinete usado pelos Løgrættumenn, membros do Velho Tribunal Feroês, o Løgting. O brasão caiu em desuso quando o Løgting foi abolido em 1816. Após a restituição do Løgting em 1852 e mesmo estando as Ilhas Feroé fora do domínio direto da Dinamarca durante a ocupação Britânica aquando da Segunda Guerra Mundial, o brasão nunca foi utilizado. Após a Acta de Auto-Governo entrar em vigor em 1948, o brasão voltou a ser utilizado. Não pelo Løgting (Parlamento), mas pelo Landsstýri (Governo). O antigo título Løgmaður tinha sido restabelecido, mas desta vez como líder governamental. O brasão seguiu. A 1 de Abril de 2004 o Gabinete do Primeiro-Ministro anunciou que dali em diante o Gabinete usaria uma nova versão do brasão. O novo brasão era baseado no original dos oficiais de Kirkjubøur. As cores provinham da Merkið, a bandeira Feroesa, mais amarelo dourado. No novo Brasão de armas, figura um carneiro num escudo azul pronto a investir. Pode ser usado pelos Ministérios e por qualquer membro do Governo Feroês, embora alguns ainda usem o símbolo antigo.
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HINO |
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SIGNIFICADO DO HINO |
Não foi encontrado. |
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CAPITAL |
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MOEDAS |
Coroa Dinamarquesa e Coroa Feroesa. |
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ARQUIPÉLAGOS |
O país é um Arquipélago. |
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CLIMA |
O clima é oceânico, marcado pela influência moderadora da Corrente do Golfo, o que, tendo em conta a elevada latitude, suaviza as temperaturas invernais. Em Tórshavn não se registam temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os 0,3°C em janeiro e os 11,1°C em Agosto. A média anual é de 6,7°C. A amplitude térmica é assim muito reduzida, com verões frescos e invernos suaves. A precipitação aproxima-se dos 1400mm por ano, com um mínimo relativo na primavera e verão. O céu é em geral nublado, com frequentes nevoeiros. São frequentes os ventos fortes. |
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CONDADOS |
O país é um Arquipélago, logo, não possui Condados. |
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DUCADOS |
O país é um Arquipélago, logo, não possui Ducados. |
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ILHAS |
Borðoy, Eysturoy, Fugloy, Hestur, Kalsoy, Koltur, Kunoy, Lítla Dímun, Mykines, Nólsoy, Sandoy, Skúvoy, Stóra Dímun, Streymoy, Suðuroy, Svínoy, Vágar e Viðoy. |
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PRINCIPADOS |
O país é um Arquipélago, logo, não possui Principados. |
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FAUNA |
Aves A fauna das Ilhas Faroe é dominado por aves marinhas e aves atraídas para os prados e espaços abertos, como a urze, provavelmente devido à falta de habitats adequados florestais e outros. Muitas espécies têm desenvolvido nas subespécies Faroe como o eider comum, o estorninho, a carriça, o murre comum ou Guillemot. Houve uma grande variedade de corvo endêmicas da Faroe, mas está extinto. Mamíferos Apenas algumas espécies de mamíferos terrestres selvagens estão agora nas Ilhas Faroé, todos introduzidos por seres humanos. Três espécies prosperam nas ilhas hoje: Montanha lebre (Lepus timidus), Rat Brown (Rattus norvegicus) e o rato doméstico. (Mus musculus). O selo cinza (Halichoerus grypus) são comuns nas costas. Várias espécies de cetáceos vivem nas águas em torno das ilhas Faroe. A mais difundida é a baleia-piloto voador (Globicephala melas). |
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FLORA |
O Calta palustre (Caltha palustris) é muito comum nas Ilhas Faroe maio-junho. Na vegetação natural das Ilhas Faroe é dominado por plantas do Ártico, ervas, musgos e líquenes. A maioria das áreas de várzea é de pastagem e, em alguns casos, urzes, principalmente Calluna vulgaris. A vegetação natural é caracterizada pela ausência de árvores e se assemelha ao de Connemara e Dingle na Irlanda e as ilhas escocesas. Houve pequenas plantações de árvores tiradas de climas semelhantes, como Tierra del Fuego na Argentina e Alaska, que crescem bem. |
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RELEVO |
As ilhas Faroe estão compostas de rochas vulcânicas cobertas por uma fina camada de solo de turfa. As ilhas são elevadas e inóspitas, com falésias perpendiculares (a mais alta tem 882 metros e fica no monte Slaettara), e cumes planos separados por grotas estreitas. As costas são profundamente recortadas com fiordes, e as passagens estreitas entre as ilhas são agitadas por fortes correntes de maré. As ilhas Faroé são um arquipélago de 18 ilhas situadas junto à latitude 62 N e longitude 7 W. Entre o extremo norte e sul do arquipélago medeiam 113km e 75 de leste a oeste. As suas costas têm um perímetro total de 1117km. As ilhas têm uma morfologia muito acidentada, rochosa, com costas alcantiladas recortadas por profundos fiordes. Nenhum ponto das ilhas está a mais de 5 km do mar. O ponto mais alto é o Slættaratindur, na ilha Eysturoy, com 882 metros de altitude. |
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HIDROGRAFIA |
O oceano Atlântico é o segundo maior oceano em extensão, com uma área de aproximadamente 106.400.000km² cerca de um quinto da superfície da Terra. É o oceano que separa a Europa e a África a Leste, da América, a Oeste. Seu nome deriva-se de Atlas, uma divindade da mitologia grega. É por isso que, às vezes, o oceano Atlântico é referido como "mar de Atlas". A menção mais antiga sobre seu nome é encontrada em Histórias, de Heródoto, por volta de 450 a.C. Antes de os europeus descobrirem outros oceanos, o termo "oceano" foi sinônimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental e que os gregos acreditavam ser um grande rio que circundava toda a Terra. Esta denominação desapareceu, no entanto, na Idade Média, altura em que se utilizava o nome de "mar Ocidental" ou "mar do Norte" (que hoje designa uma parte do Atlântico, o mar do Norte). O responsável pelo reaparecimento do nome "Atlântico", foi o geógrafo Mercator ao colocá-lo no seu célebre mapa do mundo em 1569. A partir deste momento a nomenclatura da idade média foi gradualmente sendo subsituída por este nome, que subsistiu até os nossos dias. O oceano Atlântico apresenta uma forma semelhante à letra S. Sendo uma divisão das águas marítimas terrestres, o Atlântico é ligado ao oceano Ártico (que em algumas vezes é referido como sendo apenas um mar do Atlântico), a norte, ao oceano Pacífico, a sudoeste, e ao oceano Índico, a sudeste, e ao oceano Antártico, a sul. (Alternativamente, ao invés do oceano Atlântico ligar-se com o oceano Antártico, pode-se estabelecer a Antártida como limite sul do oceano, sob outro ponto de vista). A linha do Equador divide o oceano em Atlântico Norte e Atlântico Sul. Com um terço das águas oceânicas mundiais, o Atlântico inclui mares como o Mediterrâneo, o mar do Norte, o Báltico e o mar das Caraíbas (Caribe). |
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SUBDIVISÕES |
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VEGETAÇÃO |
A vegetação consiste de arbustos baixos e de urze, adequada para o pastoreio de ovinos. |
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IDIOMAS |
A língua faroesa é uma das três línguas escandinavas insulares descendentes do idioma nórdico antigo falado na Escandinávia durante a Era Viking. Até o século XV, tinha uma ortografia semelhante às da Islândia e Noruega. Todavia, em 1538, d epois da Reforma Protestante, os dinamarqueses proibiram seu uso em escolas, igrejas e documentos oficiais, apesar de um dos objetivos principais da reforma ser o uso da língua popular, para melhor comunicação com Deus. Apesar de uma rica tradição oral ter sobrevivido, por 300 anos a língua não foi escrita, significando isto que todos os poemas e histórias foram transmitidos oralmente. Em 1948, o faroês foi finalmente reconhecido como língua oficial das Ilhas Faroé. |
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CULINÁRIA |
A culinária das Ilhas Faroés foi condicionada pela localização geográfica do arquipélago, no meio do Oceano Atlântico, que trouxe consigo uma tradição gastronómica baseada em produtos de origem animal. Os recursos naturais locais consistem de peixe, aves, baleias e focas. O único cereal cultivável é a cevada. Os frutos existem apenas sob a forma de bagas, em escassa quantidade. Antes da chegada das batatas no século XIX, o nabo e a beterraba eram os únicos legumes consumidos. Todos os restantes bens alimentares tiveram que ser importados. Documentos de encomendas datando de cerca de 1900 mostram a presença de mercadorias como farinha, açúcar, sal, margarina, passas, ameixas, chá, café, grão e especiarias. A comida tradicional das Ilhas Faroés sempre foi simples, mas em celebrações, como por exemplo os casamentos, comia-se em abundância e em ambiente festivo. Secagem e salga Desde que há memória, tem sido conservada comida nas Ilhas Faroés através de secagem ao vento e salga. Fumar e azedar alimentos, duas formas de conservar alimentos populares na Islândia, não eram praticadas no arquipélago. O sal tardou a tornar-se um bem relativamente barato e comum, o que constituiu um problema no passado. Um texto de 1673 refere que se queimava sargaço e se utilizavam os restos como sal. Este tipo de sal era conhecido como sal negro, svartasalt. Tanto o peixe, as carnes de ovelha, de baleia e de foca, como as aves eram secas ao vento. Muitos produtos valiosos como a carne de borrego eram secos ao vento em locais cobertos, mais concretamente em casas exteriores conhecidas como hjallur ou hjeld. Existiam diversos tipos de casas desde género, umas construídas em pedra, outras em madeira e pedra e também apenas em madeira. Estas últimas são as mais conhecidas atualmente. Comum a todas estas casas é a possibilidade do vento soprar através delas, ao mesmo tempo que oferecem protecção contra a chuva. O peixe não necessita de secagen interior, por tolerar melhor ficar molhado. Por essa razão, era pendurado a secar ao ar livre, junto à casa hjeld ou do lado de fora da habitação. O processo de secagem ao vento pode ser dividido em três fases: visnaður, ræstur e turrur. Para a carne de ovinos, usam-se apenas as duas últimas fases. O peixe, a carne de baleia-piloto e as aves podem ser consumidas em todas as três fases. Mas, nas duas primeiras, a carne deve ser cozinhada. Após a terceira fase, a carne encontra-se completamente seca ao vento, podendo ser consumida sem preparação adicional. As três fases alteram a consistência e o sabor das carnes. A primeira fase, visnaður, dura alguns dias, sendo um pouco mais rápida no caso do peixe. A passagem pela fase ræstur/é mais rápida. No caso de frio súbito durante esta fase, o sabor pode ficar pura e simplesmente arruinado. Se o tempo ficar húmido e quente durante o primeiro período, o processo de fermentação aproximar-se-á da putrefacção, o que poderá originar um sabor demasiado intenso. Este fenómeno pode, assim, trazer variações no sabor de ano para ano, sem que tal acarrete problemas de maior. As moscas constituem um problema bastante maior. Desde o antigamente que se procurou colocar as casas de secagem perto do mar, por aí haver menos moscas. O máximo que se podia fazer no passado era vigiar a carne e o peixe, para tão cedo quanto possível se retirarem e inutilizarem os ovos de mosca. Ovinos Uma parte da carne dos ovinos era naturalmente também consumida fresca, mas tinha-se como regra, na altura da matança, consumir a cabeça, salsichas de sangue, fígado e outras entranhas. A carcaça dos animais era normalmente toda seca, sendo cortada de maneira a que o vento pudesse soprar pelo meio, de forma a secar uniformamente, para poder ser consumida. Uma parte da carne de borrego é consumida entre o outono e o Natal. As pernas e as coxas, conhecidas como kjóv, são secas até à última fase, enquanto as costelas e o pescoço são secos apenas até à segunda fase do processo. As famílias com muita carne podiam deixar todo animal secar até ao Verão. Toda a carne seca podia ser consumida. Algumas famílias salgavam a carne, talvez antes de a pendurarem a secar. Nalguns casos, a carne era também cozinhada, antes de secar. Uma parte das salsichas de sangue era cozinhada na casa de secagem e consumida mais tarde. Antigamente, o sangue e o sebo dos animais era colocado numa frigideira ou noutro recipiente, até que a consistência fosse a adequada para serem pendurados a secar. Consumia-se com pão. Uma parte da carne era picada para ser usada em salsichas de carne (conhecidas como kødpølse), sendo também salgada. Alguns pedaços da barriga eram também enrolados como rullepølse, um enchido enrolado, recebendo o nome de fårerullepølse, significando salsicha de ovino enrolada. Tanto as salsichas normais como as enroladas, assim como a primeira costela a partir do pescoço, conhecida como válgari, eram por vezes salgadas e usadas como recheio de sanduíches. Muitas pessoas chegavam a pendurar as salsichas salgadas na lareira, para que pudessem secar e adquirir o gosto do fumo da lareira. O mesmo acontecia com uma outra especialidade conhecida como sperðil, feita com recto e sebo. Nos dias de hoje, é a Suðuroysperðil, da ilha de Suðuroy, a mais conhecida. Para além do sebo, leva também pedaços de carne. É pendurada a secar e consumida na segunda fase da secagem ao vento, como uma grande especialidade. Um prato verdadeiramente faroês é o chamado skinsakjøt, confeccionado com carne de ovino, que, após cozinhada, é salgada e pendurada para secar. Normalmente, é enrolado num pedaço de pano com sal e pendurado na casa de secagem durante algum tempo, sendo depois consumido aos poucos. O sal colocado após a cozedura confere a esta carne um sabor especial. A partes laterais com mais gordura eram também aproveitadas para fazer esta iguaria, recebendo neste caso o nome de skinsasíða. Esta era consumida em ocasiões festivas, tais como o Natal e os casamentos. Entretanto, foi desenvolvido um produto especial, vendido em pequenas embalagens como skinsakjøt, sendo possível encontrá-lo na maior parte das lojas de comida. Bovinos O gado bovino raramente era abatido. Quando o era, havia provavelmente um casamento a justificá-lo. A carne de bovino também podia ser seca ao vento, salgada e picada, para fazer salsichas. Em regra, os vitelos eram abatidos ainda na fase de aleitamento e consumidos como a primeira refeição de leite de vaca, em homenagem de despedida das casas com as quais havia uma relação especial. Lacticínios A criação de gado nas Ilhas Faroés fornecia leite, que era consumido como leite fresco, leite azedo ou coalhada. Porém, a produção de leite, antigamente, não era, em alguns casos, suficiente para a produção de manteiga e queijo em grande escala. Em alguns lugares, quando havia excedente de leite, era possível fazer um pouco de manteiga e produzir um tipo de queijo especial, temperado com cominhos, conhecido em Dinamarquês como færøske ost. Este queijo não era armazenado, mas sim consumido fresco, quase logo após ser produzido. A manteiga e o queijo eram artigos de luxo, sendo apenas consumidos em lares privilegiados. Nos dias de hoje, existem poucas fábricas modernas de lacticínios no arquipélago que produzam manteiga e queijo. A maior parte dos produtos encontrados nas lojas não é de fabrico faroês, existindo apenas algumas marcas locais de iogurte. Baleias Aparecem periodicamente baleias nas Ilhas Faroés. As aparições eram raras no século XVIII, mas acabaram por voltar, tendo sido muitas capturadas nos séculos XIX e XX. Naturalmente, a população consumia tanta carne fresca quanto possível, mas a maior parte era salgada e seca ao vento. A carne de baleia pode ser salgada ou pendurada a secar ao vento. Pode ser salgada em pedaços pequenos ou grandes. Quando é seca, deve ser cortada em tiras compridas, de espessura adequada, de forma a não ficarem demasiado pesadas. Antes de ser seca, a carne pode ser ligeiramente salgada, para melhorar o sabor. Tal como acontece com a carne de ovino, a carne de baleia também pode ser vítima de ovos de moscas, sendo também necessária vigilância constante, durante a secagem. É, assim, importante que a camada exterior se encontre lisa e seque depressa. A carne de baleia pode ser consumida nas três fases de secagem, sem que seja necessária cozedura adicional. O toucinho da baleia é também consumido, podendo ser salgado em barril ou seco com sal. No caso da secagem, o toucinho é salgado em caixas ou diretamente no chão, sendo em seguida organizado em camadas com sal no meio e em cima. Os pedaços de toucinho que ficam nas camadas interiores duram mais tempo. Os pedaços de toucinho que ficam na última camada têm tendência para se tornarem rançosos, devendo por isso ser descartados. No caso de pratos cozinhados, o toucinho de baleia pode ser cozinhado normalmente, assim como a carne de baleia. Também pode ser consumido diretamente do barril de salga, com carne de baleia seca ou peixe seco, apesar de algumas pessoas preferirem secá-lo durante algum tempo, antes de o consumirem. Neste caso, o toucinho é normalmente envolto num papel de jornal e pendurado a secar numa sala seca, ficando com um aspecto vítreo e sendo consumido como carne fria. Em 1997, a Comissão para os Mamíferos Marinhos do Atlântico Norte, sediada em Tromsø, na Noruega, concluiu que a captura de baleias nas Ilhas Faroés era sustentável. Focas As focas não são tão comuns como as baleias hoje em dia, mas, antigamente, a sua carne era também seca ao vento e salgada. O toucinho de foca era também utilizado, mas num âmbito bastante menor que o da baleia. Aves A maior parte das aves das Ilhas Faroés encontra-se na costa, onde existem as chamadas montanhas das aves, ou, em Dinamarquês, fuglebjergene. As aves mais comuns são os papagagaios-do-mar, os airos, as tordas-mergulheiras, os gansos-patolas e os fulmares. As aves locais eram preferencialmente consumidas frescas. Porém, como não era possível consumi-las todas no Verão e era necessário preservá-las até ao Inverno, algumas eram salgadas. Na ilha de Mykines, os gansos-patolas de grandes dimensões eram também secos ao vento e consumidos no desjejum. Os fulmares chegaram ao arquipélago no início do século XIX, vindos da região do Árctico. Ao contrário de outras aves, eram capturados também durante o Inverno. Na povoação de Gásadalur, eram secos ao vento e consumidos nas três fases de secagem, possuindo um sabor muito característico. Nas povoações com maior abundância de aves, estas eram exportadas para outras povoações com maior escassez, onde seriam salgadas. Em Agosto, são capturadas as crias de fulmares, conhecidas localmente como nátar. Nessa altura, encontram-se tão gordas que não conseguem levantar voo e são facilmente capturadas com a ajuda de uma rede e de um barco. Antigamente, estas crias eram salgadas, mas atualmente são normalmente assadas frescas. O papagaio-do-mar recheado, designado localmente como fyltur lundi, é uma das mais conhecidas iguarias confeccionadas com esta ave. |
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RELIGIÕES |
A religião tem uma parte importante da cultura feroese. Nas Ilhas Feroe predominam as religiões cristãs, sendo a maior delas o luteranismo, além de outros protestantes, alguns católicos, Testemunhas de Jeová e bahá'is. Cerca de 87% da população pertence à igreja estabelecida do estado, a Igreja das Ilhas Feroé, sendo o restante dividido entre outras denominações cristãs e poucas crenças não cristãs. |
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POLÍTICA |
A inexistência de autonomia política levou ao nascimento tardio - apenas na primeira metade do século XX - dos primeiros partidos políticos. Sambandsflokkurin (Partido da União) e Sjálvstýrisflokkurin (Partido da Autonomia). Posteriormente surgiram o social-democrata Javnaðarflokkurin (Partido da Igualdade) e o conservador nacionalista Fólkaflokkurin (Partido do Povo) que defenderam interesses comerciais. O Tjóðveldisflokkurin (Partido da República) surgiu em 1948 defendendo uma República Feroesa. Atualmente há eleições regionais de quatro em quatro anos, sendo então eleito um parlamento regional faroês (Løgtingið), o qual escolhe um governo local (Landsstýri), constituído por um presidente (Løgmaðurin) e sete ministros. Nas eleições regionais de 2011, foram eleitos 7 partidos, e formado um governo de coligação de centro-direita, liderado por Kaj Leo Johannesen e constituído pelo Partido do Povo (Fólkaflokkurin), Partido da União (Sambandsflokkurin), Partido da Autonomia Sjálvstýrisflokkurin) e Partido do Centro (Miðflokkurin). |
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TURISMO |
Para fechar com chave de ouro a série sobre as Ilhas Faroé, segue um resumo de informações relevantes para quem quer viajar a este paraíso do Atlântico Norte integrante do Reino da Dinamarca. Como chegar a Faroé: Se excetuarmos o ferry que liga a capital Tórshavn à Dinamarca em 32 horas de viagem e à Islândia, só há uma única maneira de se chegar a Faroé: pela companhia aérea Atlantic Airways, que mantém voos a partir desses dois países e também da escocesa Edimburgo e da norueguesa Bergen. Há ainda voos sazonais desde Barcelona, mas devido à distância são bem mais caros. O único aeroporto do arquipélago é o de Vágar, a quarenta minutos de carro de Tórshavn. No post sobre Tórshavn comento sobre os traslados. Vistos: Para quem visita Faroé por um período curto de tempo, não é necessário visto. Deve-se atentar que, ao contrário da Dinamarca, as Ilhas Faroé não pertencem à União Europeia e também não são signatárias do Tratado de Schengen. Quando aterrissei vindo da Escócia, houve controle de passaporte; após algumas perguntas rápidas, meu passaporte foi carimbado. Quando ir: Faroé está situada perto do Círculo Polar Ártico, e portanto os dias são bem longos no verão e muito curtos no inverno. Chove o ano inteiro, mas o período mais chuvoso é mesmo o inverno. Portanto, não há o que discutir - o período ideal para visitar o arquipélago vai de junho a meados de agosto, época do verão e mais seca. Fora destes meses, várias facilidades estão fechadas. Porém em julho e agosto o nevoeiro pode aparecer, com eventual atraso no transporte aéreo. De qualquer forma, o tempo se altera várias vezes ao longo do dia, e portar vestimentas impermeáveis é imprescindível - o guarda-chuva pode ser de pouca serventia devido aos ventos fortes que frequentemente assolam as ilhas. Quanto à temperatura, a média da máxima é de 13 °C em julho e a da mínima é de 1,7 °C em janeiro. Estes valores moderados para tal latitude (62 °N) são efeito da Corrente do Golfo, que passa pelo arquipélago. Moeda: A divisa de Faroé é a coroa faroesa, cujo valor é o mesmo da coroa dinamarquesa. Não existem moedas em coroa faroesa, são utilizadas as da coroa dinamarquesa. Quanto às notas, ambas são utilizadas sem problema no arquipélago, mas atenção: é bem difícil aceitarem notas de coroa faroesa no exterior, mesmo na Dinamarca, portanto livre-se delas antes de sair do país. Em junho a cotação era de aproximadamente 6,5 coroas faroesas/dinamarquesas para 1 dólar. O cartão de crédito é bem aceito. Seus gastos aparecerão no extrato em coroas dinamarquesas, com símbolo DKK. Com relação a saques vi poucos caixas eletrônicos em Tórshavn, usei o da rodoviária. Há dois bancos na área central perto da rua de pedestres. Transporte: Para quem gosta de alugar carro, esta é a forma ideal de se conhecer Faroé. As estradas são excelentes, mas muitas são bem curvas e estreitas. O tráfego é reduzido, existem somente quatro sinais de trânsito em todo o país, dos quais três estão localizados na capital. Dois pontos merecem cuidado redobrado: as ovelhas que podem surgir a qualquer momento na sua frente e os túneis das ilhas mais remotas, longos sem iluminação e com largura para somente um veículo, contando com recuos estratégicos para evitar colisões que contém um vídeo com as instruções para quem vai dirigir por lá. Não se pode esquecer ainda de que os dois túneis submarinos existentes cobram pedágio, que deve ser pago nos postos de gasolina na estrada em até três dias. Já para quem prefere usar o transporte público, como foi o meu caso em algumas ocasiões, a mesma companhia opera os ônibus intermunicipais e os barcos - a única exceção é o barco para Mykines, administrado de forma independente. Streymoy e Borðoy, as ilhas onde ficam as duas maiores cidades, Tórshavn e Klaksvík, têm uma rede mais ampla. Deve-se atentar que em alguns horários de rotas, como a 201 para Gjógv por exemplo, é obrigatória a reserva com antecedência de duas horas junto à empresa de ônibus pelo telefone 343030, sob pena de o veículo não aparecer. Aliás, achei o slogan da companhia muito criativo: "It's sheep and easy by bus", usando um trocadilho entre o preço da passagem e as ovelhas sempre presentes na paisagem. Quem for utilizar bastante o transporte público pode adquirir o passe, que dá direito a viajar quanto quiser por um número seguido de dias, inclusive nos barcos exceto para Mykines. O de quatro dias custa 500 coroas. Para efeito de comparação, uma viagem dentro da ilha de Streymoy custou 50 coroas, e no ônibus para o aeroporto, 90. Um meio alternativo de transporte muito legal é o helicóptero, que serve ilhas não alcançadas por rodovia. Os preços são subsidiados pelo governo, o que o torna uma opção até barata. E dada a geografia peculiar e o relevo das ilhas, é um passeio fantástico com vistas arrebatadoras, especialmente para Mykines. Tours guiados praticamente só estão disponíveis entre junho e agosto. Uma outra opção são as companhias de táxi, que oferecem passeios aos principais locais turísticos. No folheto que peguei no hotel o serviço mais caro era um passeio de quatro horas até Viðareiði, ao custo de 285 euros, em um táxi para até quatro pessoas. Segurança: Neste quesito não há com o que se preocupar. Faroé é um dos lugares mais seguros do mundo. Dito isso, é no mínimo curiosa a observação que consta na capa do folheto que oferecia os serviços de táxi mencionados acima: "Todos os nossos motoristas têm ficha criminal limpa". Já que roubo e assassinato são bem raros por aquelas bandas, deveriam estar se referindo à direção sob efeito de álcool. Idioma: O idioma local é o faroês, aparentado do islandês. As palavras originárias do nórdico antigo são bem diferentes, algumas poucas lembram o inglês ou o alemão, mas ninguém precisa se preocupar, pois todos também falam inglês. Vários restaurantes ostentam na vitrine um menu em inglês, outros somente em faroês. Aliás, todos os faroeses com quem conversei foram simpáticos e muito atenciosos, inclusive quanto a solicitações de informação. E por incrível que pareça, até forneci uma - estava aguardando em Hoysvík o ônibus de volta a Tórshavn quando um adolescente chegou esbaforido no ponto de ônibus. Após um minuto me perguntou em inglês se eu sabia se o ônibus para Klaksvík já havia aparecido. Informei-o que tinha acabado de passar, e o coitado, desolado, teve que esperar uma hora e meia pelo próximo. Hospedagem: A única cidade com opção mais variada de hospedagem é a capital Tórshavn, mas não é preciso se hospedar em outro lugar. A vila mais remota alcançada por carro dista somente uma hora e meia de trajeto, enquanto Suðuroy, a ilha mais ao sul, está a duas horas por barco. Tórshavn é uma base excelente para a estadia por conter melhor infraestrutura em termos de hotéis e restaurantes, além de ser ponto de partida da maioria das linhas de ônibus. Mesmo assim, por não ser um país turístico, não há muitos hotéis na capital. Se você faz questão de conforto, convém reservar com antecedência. Restaurantes: Para a capital de um país em que não existe o hábito de se comer fora, Tórshavn possui uma variedade considerável de restaurantes, desde pizzarias (várias) até os especializados em frutos do mar. Como não podia deixar de ser, os pratos mais comuns são cordeiro e peixe. Como todos os países nórdicos, os preços não são baratos - nada é. Dentre os restaurantes que me agradaram, posso indicar o Hvonn, no Hotel Tórshavn, e o Angus Steakhouse, perto da rodoviária, especializado em carnes. Fora da capital as opções são bem reduzidas, com muitas vilas sem nenhum restaurante, especialmente as menores. O prato típico local é um pouco exótico, o skerpikjøt (soa como "stchérpitchet"), perna de carneiro deixada ao relento por pelo menos cinco meses para secar ao vento, sendo então curada e fermentada. Quem se dispuser a experimentá-lo deve estar ciente que tanto o gosto quanto o cheiro são fortes. Festivais e concertos: Os meses de verão são pródigos em festivais de música nas Ilhas Faroé. No próprio fim de semana em que cheguei havia um festival de música country faroesa em Sørvagur, perto do aeroporto. Os festivais anuais mais famosos são o Summarfestival (Festival de Verão) em Klaksvík no início de agosto e o Voxbotn na capital no último sábado de junho. Um programa para quem gosta de música são os concertos como ao que assisti na Catedral, além dos que acontecem numa gruta da ilha de Hestur nas tardes de terça-feira durante o verão e que fazem parte de um passeio de escuna a partir de Tórshavn. Compras: Há devolução de 25% de VAT no aeroporto para mercadorias compradas em valor acima de 300 coroas em lojas com o símbolo de "tax free" na porta. O lojista entregará um cheque validado, que deverá ser apresentado no aeroporto com a mercadoria à mão para uma possível validação. Suéteres de lã são o artigo mais comprado pelos turistas e são bem vistosos, com desenhos geométricos. A lã das ovelhas nativas, assim como a da Islândia, é leve, isolante e repelente à água. Em Tórshavn há algumas lojas de roupas de lã onde podem ser adquiridos. Outra lembrança são os CDs de música faroesa, bem interessante. Trilhas: A atração maior das Ilhas Faroé é sem dúvida sua natureza pródiga em montanhas, fiordes e pássaros, e nada melhor que apreciá-la caminhando-se pelas trilhas que existem por todo o país. O escritório de turismo oferece gratuitamente um livreto que detalha 23 das trilhas mais conhecidas. O Hiking in Faroe descreve cada caminho passo a passo, e classifica as trilhas de acordo com o grau de dificuldade, uma informação preciosa para os trilhadores eventuais como eu. Outro guia gratuito que é uma mão na roda é o Faroe Tourist Guide, também disponível no escritório (já deu para perceber que um pulinho no escritório de turismo é imprescindível para todo turista que visita Tórshavn, não?), onde atrações, serviços e curiosidades de cada ilha são apresentados de forma sucinta. Estes dois cadernos, junto com o guia Bradt (ótimo) que adquiri on-line no Brasil, foram a minha orientação nas andanças sozinho fora dos tours. |
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ECONOMIA |
Os recursos naturais são escassos. A vegetação-gramíneas-dos morros é utilizada para a criação de ovelhas. Em algumas partes da ilha de Suðuroy, existem alguns depósitos de lignito, úteis como combustível. No mar-nos peixes-é que está a grande riqueza da nação faroesa. A pesca é responsável por 96 a 98% das exportações realizadas e praticamente todo o comércio deriva dos produtos capturados no mar. Dentro do limite de 200 milhas marítimas são encontradas espécies como bacalhau, arinca, argentina-dourada, faneca da Noruega, alabote, tamboril, peixe vermelho, pechelim, salmão e arenque. A piscicultura de salmão e truta é um setor que tem crescido e contribuído para o crescimento da balança comercial. Outros artigos presentes são navios- de aço, pesqueiros, de carga - que respondem por 2% de tudo que é vendido ao exterior. Estima-se que existam reservas petrolíferas no subsolo oceânico faroês e têm sido realizadas prospecções com sinais positivos. O aeroporto Vagar (EKVG) é o único na ilha. Foi construído na segunda guerra mundial pelos militares ingleses, mas hoje é um aeroporto civil. Perto do aeroporto, existem 7 heliportos, mas nenhum deles está representado no cenário. |
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ETINIAS |
A grande maioria da população das Ilhas Faroe é de ascendência norueguesa e escocesa. Análises recentes de DNA revelaram que os cromossomos Y da população das ilhas, que traça a descendência masculina, são 87% escandinavos. Estudos mostram que o DNA mitocondrial, que traça a descendência feminina, é 84% escocês. |
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INDÚSTRIA |
Indústria de Salmão. |
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PECUÁRIA |
Não foi encontrada. |
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COLONIZAÇÃO |
A história conhecida do arquipélago inicia em 600 d.c. com sua colonização por irlandeses. A primeira menção conhecida das Ilhas Faroé foi feita pelo monge irlandês Dicuil em 825. Segundo a Saga dos Faroeses (de cerca de 1200), o primeiro colonizador foi um viking chamado Grímur Kamban, que aportou às ilhas em data incerta, pelos finais do séc. IX. 600 - 800 d.c. - Estabelecimento de monges eremitas irlandeses 825 - Conquista e colonização por vikings noruegueses 970 - 1280 – República 1135 - Torna-se país tributário à Coroa Norueguesa 1380 - Dinamarca e Noruega (incluindo as ilhas Faroés) realizam uma união monárquica 1655 - 1709 - O Rei da Dinamarca confia as ilhas à família von Gabel como um estado feudal 1709 - A coroa dinamarquesa novamente toma posse 1720 - Administrada como parte da Islândia. 1776 - Administrada como parte do condado dinamarquês de Sjælland (Sealand-Zelândia) 24 de janeiro de 1814- Reconhecida como possessão dinamarquesa pelo Tratado de Kiel 1816 - Recebe o grau de condado 12 de abril de 1940—16 de Setembro de 1945- Ocupação britânica durante a II Guerra Mundial 14 de setembro de 1946-Referendo aprova a independência (48,7% a 47%). A independência é declarada em 18 de Setembro de 1946. É anulada pela Dinamarca dois dias depois. 30 de março de 1948-Governo autônomo é permitido. A ocupação britânica durante a II Guerra Mundial suspendeu os contatos com a Dinamarca e modificou o cenário político. Uma consulta popular demonstrou uma pequena maioria da população a favor da separação da Dinamarca. No entanto o Logting foi dissolvido para a realização de eleições gerais. O Logting eleito alcançou um acordo com a Dinamarca onde foram negociadas áreas de responsabilidade conforme o interesse da ambas as partes. |
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DATA DE INDEPENDÊNCIA |
01 de Abril de 1948. |
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EDUCAÇÃO |
Em Tórshavn existem 11 escolas públicas, uma escola especial e duas escolas particulares. As escolas públicas na área urbana de Tórshavn são: Eystur, Kommunuskúlin, Sankta Frants Skúli, Venjingarskúlin, Hoyvíkar Skúli, Skúlin á Argjahamri e Skúlin við Løgmannabreyt. Outras escolas públicas localizadas em áreas de campo e aldeias próximas à zona urbana são: Kaldbaks Skúli, Kollafjarðar Skúli, Nólsoyar Skúli e Velbastaðar Skúli. A escola especial está estabelecida no mesmo local que o Teacher Training College. A educação em Tórshavn, assim como em todas as Ilhas Feroe, é administrada pelo Ministério da Educação Feroês e o Governo da cidade que, por sua vez, estão subordinados à Dinamarca. O idioma usado nas escolas é o feroês, mas também é ensinado o dinamarquês, assim como outros idiomas estrangeiros como o inglês e alemão. Na cidade, a única instituição de ensino superior é a Universiade das Ilhas Feroe, que possui cerca de 150 estudantes. Em 1937, foi estabelecido o primeiro curso de graduação a ser ensinado nas ilhas. Em 1964, o curso foi estendido para uma escola real, que ainda existem em Hoyvík, ou seja, o Ginásio das Ilhas Faroe (Ilhas Feroe Studentaskúli), que tem o maior número de estudantes do ensino médio nas ilhas. Em 1962, a escola mudou-se para Hoydalar em Hoyvík, ao norte de Tórshavn. Uma das mais antigas instituições de ensino em Tórshavn é a Ilhas Feroe Folk High School, que foi fundada em 1899. Seu fundador foi Símun av Skarði, um escritor e político das ilhas. A Escola de Música de Tórshavn também é uma das maiores instituições de ensino do país, voltada para a área musical. |
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FRONTEIRAS |
Por se tratar de uma ilha do Oceano Atlântico, o país não possui fronteiras terrestres. |
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TRAJES TÍPICOS |
A primeira dica são botas e galochas. Os passeios são todos ao ar livre, e a grande maioria das ruas, estradas e caminhos não são pavimentados, logo, o pais é todo uma pura lama! Gorros também são essenciais, por causa do vento. Venta MUITO o tempo todo, todo dia, o dia todo, o que incomoda demais os ouvidos (principalmente de crianças, ou homens de cabelo curto). E por fim, pecas impermeáveis. O chuvisco e garoa são constantes, mas por causa do vento, você raramente consegue abrir o guarda-chuva (eu levei, tentei usá-lo por 30 segundos, e nem abri mais!). Casacos corta-vento, jaquetas a prova d’agua, coletes de naylon, e eu ainda usei bastante meu casaco da Uniqlo (quele que é térmico e bem levinho) e volta e meia, se o frio ou o vento apertassem eu poderia colocar ele por cima ou por baixo do que estivesse vestindo. Ah e claro, se vestir em camadas. Várias peças, uma por ciam das outras, em vez de um único casacão. Todos os ambientes são climatizados e aquecidos (sim, mesmo no verão), e volta e meia quando o sol aparece, a temperatura esquenta rapidinho, então é importante conseguir tirar uma ou outra peça. E além disso, nós fizemos muitas trilhas e caminhadas, e geralmente carregando a Isabella na mochila/colo/costas, então rapidinho ficávamos com calor (por causa do exercício), então também era bom ir tirando e recolocando as camadas conforme fosse necessário. |
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MINERAÇÃO |
O país não possui Minérios. |
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ESPORTES |
O futebol, também referido como futebol de campo, futebol de onze e, controversamente, futebol associado (em inglês: association football, football, soccer), é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo ou gol. A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora. O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da The Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Federação Internacional de Futebol (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos. |
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LEMA |
O país não possui lema. |
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FORÇAS ARMADAS |
Por ser uma dependência da Dinamarca, o país não possui Forças Armadas. |