GEOGRAFIA PURA

PAÍS

Kosovo

SIGNIFICADO DO NOME

Kosovo ou Kossovo (transliteração do nome sérvio: Косово, pronunciado, em sérvio, "Kôssovo"; em albanês, pronunciada "Kossôvo") é o adjetivo possessivo, em língua sérvia, referente ao substantivo Kos (кос), "melro-preto" (nome de um pássaro). Kosovo, assim, significa, literalmente, "do(s) melro(s)".

O nome ganhou proeminência mundial por importante batalha, definidora da identidade sérvia, que teve lugar em 1389 na planície então chamada, em sérvio, Kosovo Polje - literalmente, "campo dos melros".

O "Campo dos Melros" ou "Planície dos Melros" (Kosovo Polje) foi o palco da Batalha do Kosovo de 1389, também conhecida em português como "Batalha do Campo dos Melros".

A região veio a ser anexada pelo Império Turco-Otomano. Durante os séculos que durou essa ocupação, a região foi tornada administrativamente uma província otomana, batizada, em 1864, com o nome da famosa planície: "Kosovo" (forma iugoslava) foi então usada naquele então em línguas neolatinas como o francês, o italiano, o espanhol e o português.

No fim do Império Otomano é criada a Iugoslávia, e o Kosovo tornou-se uma região administrativa dentro da Sérvia em 1946, sob o nome de Província Autônoma de Kosovo e Metohija. Em 1974, o nome composto seria oficialmente reduzido apenas a "Kosovo" pelas autoridades iugoslavas, sendo porém retomada a forma "...e Metohija" em 1990. Assim, até hoje existe, em sérvio, uma distinção entre a parte oriental, chamada Косово (pronúncia aproximada: Kôssovo) em língua sérvia, em oposição à metade ocidental, chamada Metohija (em alfabeto sérvio, Метохија). Tal distinção, porém, não é feita na língua albanesa - a mais falada na própria região -, de modo que igualmente nas línguas estrangeiras, tais como o inglês, o francês e o português, o nome "Kosovo" refere-se a toda a região, com suas duas partes.

Em 2008, o Kosovo declarou sua independência, adotando como nome oficial o de "Republika e Kosovës" em albanês, e Republika Kosovo em língua sérvio-croata.

Em português, a forma original, Kosovo, é a usada por dicionários portugueses e brasileiros como o Dicionário Houaiss, o Aulete, o Priberam, os da Porto Editora, e o da Academia das Ciências de Lisboa.

Antes da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, que incluiu a letra "k" no alfabeto português e que recomenda seu uso em nomes de localidades estrangeiras, tiveram uso limitado aportuguesamentos como Cossovo (constante de enciclopédias brasileiras e portuguesas, registrada e aceita por Aurélio Buarque de Holanda Ferreira) e, além da transliteração direta Kosovo (atualmente a mais disseminada na imprensa luso-brasileira), a adaptação Cosovo, que chegou a ser usada em documentos em língua portuguesa da União Europeia e a adaptação parcial Kossovo (que foi usada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil por um período, até ser substituída pela original Kosovo.

CONTINENTE

Europa

BANDEIRA

SINIFICADO DA BANDEIRA

O desenho da bandeira kosovar foi adoptado após a declaração de independência ser efetivada, em 17 de Fevereiro de 2008. A anterior bandeira do Kosovo correspondia à Bandeira das Nações Unidas, já que o país se encontrava sob administração das Nações Unidas, apesar de ser território da Sérvia.

A bandeira foi escolhida em concurso internacional organizado pelas Nações Unidas. Segundo as regras da competição, o desenho não poderia conter cores ou símbolos étnicos ou nacionais, de modo que representasse toda a população.

O desenho é uma variante de uma das propostas. Contém seis estrelas brancas dispostas em arco sobre o mapa do Kosovo, em fundo azul. As estrelas simbolizam os seis grupos étnicos do país - albaneses, bósnios, goranis, rom, sérvios e turcos.

MAPA

BRASÃO

O Brasão de Armas do Kosovo, ainda não foi introduzido formalmente, na sequência da declaração unilateral de independência da Sérvia, emitido pelo parlamento kosovar, na capital do país, em 17 de Fevereiro de 2008. Ele mostra seis estrelas brancas em arco acima da forma do Kosovo em ouro, como padrão da projeção do mapa do país, colocado sobre um escudo redondo triangular azul e um campo dourado nas bordas. As suas figuras centrais, a forma do país e as estrelas, são também o conteúdo da nova bandeira do Kosovo, já aprovada, ao mesmo tempo.


HINO

Versão original em albanês

O mëmëdhe i dashur, vend i trimnisë

Çerdhe e dashurisë

N`ty shqipet fluturojnë dhe yjet ndriçojnë

Vend i të parëve tonë

Ti qofsh bekue për jetë e mot

O nënë e jonë

Ne të dalim zot

O mëmëdhe i dashur, vend i trimnisë

Çerdhe e dashurisë

Tradução em português

Oh! Pátria amada, a terra de bravura

Ninho de amor

As águias voar e as estrelas brilham

Nossa terra ancestral

Você bendita és para sempre no tempo

Oh! nossa mãe

Vamos deus

Oh! Pátria amada, a terra de bravura

Ninho de amor


SIGNIFICADO DO HINO

Europa (em albanês: Evropa, em sérvio: Европа) é o hino nacional do Kosovo aprovado pelo parlamento a 11 de Junho de 2008. O hino, cujo autor é o compositor albanês Mehdi Mendiqi, foi aprovado numa cerimónia no Parlamento depois de ganhar um concurso para a escolha do hino em que foi estabelecido que a canção não poderia fazer referência a nenhum dos grupos étnicos do Kosovo.

CAPITAL

Pristina

MOEDA

Euro

ARQUIPÉLAGOS

O país não possui Arquipélagos.

CLIMA

Kosovo tem uma temperatura média de 11.2 °C. Pluviosidade média anual de 603 mm. ... Com uma temperatura média de 21.6 °C, Julho é o mês mais quente do ano.

CONDADOS

O país não possui Condados.

DUCADOS

O país não possui Ducados.

ILHAS

O país não possui Ilhas.

PRINCIPADOS

O país não possui Principados.

FAUNA

Acalyptris platani é uma espécie de nepticulídeo, da tribo Trifurculini (Nepticulinae), com distribuição na Europa Meridional ao Sudoeste Asiático.

A fauna é influenciada pela posição geográfica e as condições do país, que se adequam a vários animais raros. Os campos e as áreas montanhosas são o lar de javalis, veados, coelhos, corvos, magras, estorninhos, pardais de campo, pica-pinos e pombas de tartaruga. Nas regiões montanhosas existem cavernas, codornas, esquilos, faisões, perdizes, e muitas espécies numerosas de águias, abutres, falcões e outros. Os animais raros incluem os cervos, gansos selvagens e florestados, lince, lobos e ursos marrons. Os ursos são encontrados principalmente nas montanhas Shar, bem como nos Alpes albaneses.

As montanhas altas no Kosovo tornam-no ideal para muitos animais para viver. Nos rios e lagos existem salmões, trutas, mergulhadores, enguias, gudgeon, bagre, carpa, torpedos e pequenos arenques. A parte do sul, especialmente o município de Dragashi, tem sua própria raça de cães chamada Qeni i Sharrit, que é mantida pela maioria das pessoas que vivem no país, na parte ocidental da República da Macedônia e na Albânia.

A fauna do Kosovo é composta por uma ampla gama de espécies devido ao seu alívio, fatores ecológicos e localização geográfica. As florestas com as maiores variedades são as localizadas nas montanhas de Šar, Alpes albaneses, Kopaonik e Mokna. Há um total de onze reservas naturais em todo o Kosovo e eles são o lar de espécies como: Águia dourada-Aquila chrysaetos, Cegonha branca-Ciconia ciconia, Cernico-negro-Falco naumanni, Chamois-Rupicapra rupicapra, Dormouse comestível-Glis Glis, Lince euro-asiático-Lynx lynx, Mouse de casa-Mus musculus, Oligozelo ocidental-Tetrao urogallus, Urso Marrom-Ursus arctos e Víbora Horned-Vipera ammodytes.

FLORA

A flora florestal kosovana é representada por 139 ordens classificadas em 63 famílias, 35 gêneros e 20 espécies. Tem um significado para toda a região dos Balcãs - embora o Kosovo represente apenas 2,3% da superfície total dos Balcãs, em termos de vegetação representa 25% da flora dos Balcãs e cerca de 18% da flora européia. Devido ao clima mediterrâneo, várias plantas características das regiões sub-mediterrâneas são encontradas nas florestas do Kosovo, incluindo terebinth (Pistacia terebinthus), espargos selvagens (Asparagus acutifolius), bower virgem perfumada (Clematis flammula) e a enlainha de mallow (Convolvulus althaeoides).

Outras flores comuns para as florestas do Kosovo que não são exclusivas do clima mediterrâneo incluem: Anêmona azul-Anemone apennina, Avelã turca-Corylus colurna, Chifre oriental-Carpinus orientalis, European forsythia-Forsythia europaea, Hop hornbeam-Ostrya carpinifolia e Privet europeu-Ligustrum vulgare.

Espécies ameaçadas de extinção

Existem várias espécies de flora nas florestas do Kosovan que são consideradas em perigo, conforme classificadas pela Agência de Proteção Ambiental do Kosovo: Albanicum lily - Lilium albanicum, Bálcamos maple-Acer heldreichii, Carvalho macedônio-Quercus trojana, Cravo-Dianthus scardicus, Daffodil do poeta-Narciso poeticus, European yew-Taxus baccata, Globe-flower-Trollius europaeus, Graeca lily-Fritillaria graeca, Olmo de campo-Ulmus minor, Tulipa de Didier-Tulipa gesneriana e Wulfenia-Wulfenia carinthiaca.

RELEVO

O Kosovo tem uma área de 10 908 quilômetros quadrados e uma população de cerca de 2,2 milhões de habitantes. Suas maiores cidades são Pristina, a capital, com cerca de 500.000 habitantes, Prizren, no sudoeste, com uma população de 110.000, Pejë, no oeste, com 70.000, e Mitrovica, no norte, com 70.000. O clima é continental, com verões muito quentes e invernos muito rigorosos e com tempestade de neve. A maior parte do terreno kosovar é montanhoso, e o pico mais alto do país é Jeravica (Albanés: Gjeravica) com 2.656 metros. O país tem duas regiões principais planas, localizada na parte ocidental do Kosovo, e a planície do Kosovo, que ocupa a parte oriental. Os principais rios da região são o Drin Branco, que deságua no mar Adriático, o Erenik, um de seus afluentes, o Sitnica, o Morava do Sul, a região de Gollak, e o Iber, no norte. Os maiores lagos são o Ujman, o Radoniç, o Batlava e o Badovc.

Fitogeograficamente o Kosovo pertence à província Ilíria da Região Circumboreal, dentro do Reino Boreal. De acordo com o WWF e o Mapa Digital das Regiões Ecológicas Europeias, da Agência Europeia do Meio Ambiente, o território do Kosovo pertence à ecorregião das florestas mistas balcânicas.

39.1% do Kosovo é coberto por florestas; 52% é classificado como terra utilizada para agricultura, das quais 31% são usados como pasto e 69% terras aráveis.

Atualmente o Parque Nacional das Montanhas de Char (Malet e Sharrit) com 39.000 hectares, fundado em 1986 nas Montanhas Char (ao longo da fronteira com a República da Macedônia) é o único parque nacional do Kosovo, embora o Parque Nacional Bjeshkët e Nemuna (Albet Shqipetare), no Prokletije (ao longo da fronteira com Montenegro) tenha sido proposto.

HIDROGRAFIA

O rio Ibar (em sérvio: Ибар; em albanês: Ibër) é um rio do Montenegro, Sérvia e Kosovo, com comprimento total de 276km. Nasce no Montenegro oriental e, após passar através do Kosovo, desemboca no rio Zapadna Morava (Morava Ocidental), na Sérvia central, perto de Kraljevo.

Pertence à bacia hidrográfica do rio Danúbio, que termina no mar Negro. A sua área de drenagem é de 8059km², e caudal médio na foz é de 60m³/s. O rio não é navegável mas permite que se façam desportos como o rafting em partes do percurso.

Nasce de várias fontes na montanha Hajla, no Montenegro oriental. Flui geralmente para nordeste, passando através de pequenas aldeias antes de se introduzir na Sérvia. Neste troço inicial não tem afluentes importantes, e, depois de um percurso que gira para sul, entra no Kosovo.

Continuando para sul, chega à grande depressão do Kosovo, e à cidade de Kosovska Mitrovica. Aí faz nova volta para norte para entrar na Sérvia Central, na aldeia de Donje Jarinje. Mais à frente está represado nos lagos artificiais de Gazivode e Pridvorice, que permitem a rega de 300km². Após circundar as vertentes ocidentais das montanhas de Kopaonik, recebe o seu maior afluente pela margem direita, o rio Sitnica (90km), antes de desaguar no Morava Ocidental.

SUBDIVISÕES

Distrito

Municípios

Distrito de Đakovica

Đakovica, Dečani e Orahovac.

Distrito de Gnjilane

Gnjilane, Kosovska Kamenica e Vitina.

Distrito de Kosovska Mitrovica

Kosovska Mitrovica, Leposavić, Srbica, Vučitrn, Zubin Potok e Zvečan.

Distrito de Peć

Istok, Klina e Peć.

Distrito de Priština

Glogovac, Kosovo Polje, Lipljan, Novo Brdo, Obilić, Podujevo e Priština.

Distrito de Prizren

Dragaš, Mališevo, Prizren e Suva Reka.

Distrito de Uroševac

Kačanik, Štimlje, Štrpce e Uroševac.


VEGETAÇÃO

A vegetação de Kosovo é variada devido os diferentes solos e climas, desse modo, podem ser identificados diversos tipos de vegetações, entre elas estão: Tundra; Floresta de coníferas; Floresta temperada; Estepes; Vegetação mediterrânea; Vegetação de Floresta. Aspectos físicos

IDIOMAS

O dialeto nativo da população albanesa kosovar é o albanês gheg, embora o albanês padrão seja usado atualmente como uma língua oficial. De acordo com o esboço da Constituição do Kosovo, o sérvio também é outra língua oficial. O turco também é utilizado, mas não é um idioma oficial.

CULINÁRIA

A culinária do Kosovo, para além das suas raízes albanesas e sérvias, teve a influência doutros vizinhos, como a Grécia, a Itália e a Croácia para além do Império Otomano.

Os ingredientes principais da culinária do Kosovo incluem batata, feijão, pimento, carne, laticínios, legumes, arroz e massa de farinha para pasteis. O peixe não é popular no Kosovo, mas a carne é consumida quase diariamente, principalmente de vaca, carneiro e aves, normalmente em assados, por exemplo, como kebabs. No entanto, as salsichas, principalmente de carne de borrego, também são populares. Um prato digno de menção é o burjan, um arroz com espinafre e pedaços de carne de borrego, cozinhado no forno.

Para além da carne, vários laticínios fazem igualmente parte da dieta, incluindo iogurte e kaymak; os queijos são na maioria feitos com leite de ovelha, de massa mole e conservados em salmoura, mas o famoso Šarski é primeiro fumado, o que lhe dá consistência, e depois conservado em salmoura a que foi adicionado endro.

Os vegetais frescos são consumidos principalmente no verão, mas os vegetais em conserva, como turšija, são servidos durante o ano todo; por exemplo, os pimentos podem ser recheados com queijo, repolho, pepino e tomate verde e servidos como salada. As frutas frescas também são apreciadas, como as maçãs, cerejas, ameixas, peras, marmelos, uvas, melões e melancias, assim como vários tipos de bagas, que crescem espontaneamente.

As refeições são habitualmente acompanhadas de bebidas tradicionais, como boza. O chá russo, preparado em samovar, e servido quente com açúcar e limão, é também popular. Limonadas ou outras bebidas feitas com base em xaropes de frutas ou de pétalas de rosa fazem também parte final duma refeição. As bebidas alcoólicas são consumidas com moderação; a cerveja mais famosa do Kosovo é a Pećko; os vinhos e o brandy preparado com uvas incluem merlot, teran, borgonha, enquanto outros são cultivados em Rahovec, perto de Prizren, e nas regiões de Đakovica e Peć, conhecidas pela suas vinhas e pomares.

Pastelaria do Kosovo -Burek - Flija (uma espécie de baklava servida com kaymak, queijo ou iogurte)

Gorabije (similar a shequerpare, mas servidos sem sorvete)

Krelane (um pastel sem recheio, mas utilizado para preparar pasteis de espinafre ou outros vegetais e queijo)

Mantija (um tipo de pastel de carne)

Pogača (pão de farinha de milho ou misturada, popular em todos os países balcânicos; equivalente à focaccia italiana)

Sarma (vegetais recheados)

Shequerpare (shequerparema) servidos com sorvete (sherbet)

Taspishte

Tulumba

RELIGIÕES

A população do Kosovo é composta majoritariamente por muçulmanos, enquanto o restante da população pertence à Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Sérvia. Os muçulmanos residentes no país são, em sua maioria, albaneses e turcos. Os cristãos albaneses são em grande parte, católicos. Entre os habitantes de nacionalidade sérvia, quase todos são membros da Igreja Ortodoxa da Sérvia. O Cristianismo é a religião mais antiga no Kosovo, que se espalhou desde as missões de São Paulo, nas províncias da Ilíria do Império Romano. O Imperador Bizantino, Constantino, o Grande, nascido na província de Dardânia, fez do Cristianismo a religião oficial do Império. Niketë Dardania escreveu um dos hinos da igreja em primeiro lugar, "Te Deum". Em 1054, Kosovo está sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa Oriental, mas o tempo preferido líderes políticos sobre o papado e do Ocidente. Lek Dukagjini, nascido em Lipjan, deu lugar central da Igreja Católica em seu código de justiça, enquanto que o clero Gjon Buzuku (John Buzuku) e Pjeter Bogdani trabalhos publicados em albanês significância religiosa e linguística.

O islamismo (principalmente o sunita, com uma minoria bektashi) é a principal religião do Kosovo, trazida à região com a conquista otomanano século XV, e professada atualmente pela maioria dos albaneses da região, pelas comunidades bosníaca, gorani e turca, além dos "egípcios"-rom/ascáli. O islã, no entanto, não saturou a sociedade kosovar, que permanece em sua maior parte secular. Cerca de três por cento dos albaneses do Kosovo ainda são católicos romanos, apesar de séculos de domínio otomano. A população sérvia, estimada entre 100.000 e 120.000 pessoas, é em sua maior parte ortodoxa sérvia. O território do Kosovo está coberto por igrejas e mosteiros ortodoxos sérvios.

POLÍTICA

A República do Kosovo é uma democracia representativa parlamentar. O poder executivo é exercido pelo governo do Kosovo, liderado pelo primeiro-ministro do Kosovo. Dois ou três ministros, dependendo do tamanho do governo, devem obrigatoriamente pertencer às minorias. O presidente da República do Kosovo é o chefe de Estado. O poder judiciário é independente, e o poder legislativo é exercido pela Assembleia do Kosovo, unicameral, que consiste de 120 membros, dos quais 100 são eleitos diretamente pelo povo para um mandato de quatro anos, e vinte assentos são reservados exclusivamente para representantes das minorias étnicas. A assembleia elege o presidente por cinco anos, e aprova o seu gabinete.

Uma nova constituição para a República do Kosovo foi aprovada pelo Parlamento da República, e entrou em vigor em 15 de junho de 2008.

TURISMO

O Kosovo é um país muito pequeno, pelo que numa semana de viagem consegue ficar com uma boa ideia do melhor que o Kosovo tem para oferecer. Pristina, a capital de Kosovo é uma cidade vibrante, com uma população jovem, dinâmica e hospitaleira e uma cultura de café que tanto aprecio. Pristina é, simultaneamente, uma capital sem grandes atrações mas muito interessante. Em Prizren, uma cidade que, apesar de ser a terceira maior cidade do Kosovo, não deixa de ter o charme de uma pequena vila. Prizren é, aliás, tida como a “capital cultural do Kosovo”. E, seguramente, uma das mais charmosas cidades do país.

ECONOMIA

O Kosovo é um país em desenvolvimento, com uma renda per capita estimada em 2.100 euros (2008). O país tinha a maior companhia de exportação (Trepca) da República Federal da Iugoslávia, mas ainda assim era a mais pobre das províncias do país, e recebia subsídios consideráveis para seu desenvolvimento de todas as outras repúblicas iugoslavas. Além disso, ao longo da década de 1990um misto de políticas econômicas equivocadas, sanções internacionais, pouco comércio com o exterior e conflitos étnicos acabaram por danificar seriamente a economia.

Depois de um aumento em 2000 e 2001, o crescimento do produto interno bruto (PIB) foi negativo em 2002 e 2003, e permaneceu em torno de 3%, enquanto as fontes internas de crescimento não foram capazes de compensar a ausência da assistência estrangeira. A inflação é baixa, enquanto o orçamento apresenta um déficit pela primeira vez desde 2004. No mesmo ano, o déficit na balança de bens e serviços chegou a quase 70% do PIB. O dinheiro enviado por kosovares que vivem no exterior totalizam cerca de 13% do PIB, e a assistência externa cerca de 34%.

A maior parte do desenvolvimento econômico desde 1999 ocorreu nos setores da construção civil, comércio e varejo. O setor privado, surgido a partir daquele ano, é em sua maior parte de pequeno porte. O setor industrial continua fraco, e o fornecimento de eletricidade não é confiável, o que funciona como um empecilho crucial para o seu desenvolvimento. O desemprego continua endêmico, afetando de 40 a 50% da força de trabalho.

A Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK) introduziu no país uma administração alfandegária e um regime de comércio exterior em 3 de setembrode 1999. Todas as mercadorias importadas para dentro do país sofrem uma taxa simples, de 10%. Estas taxas são coletadas de todos os Pontos de Coleta de Impostos instalados nas fronteiras do Kosovo, incluindo as que separam o país da Sérvia. A UNMIK e as instituições kosovares assinaram tratados de comércio livre com a Croácia, Bósnia e Herzegovina, Albânia e República da Macedônia.

O euro é a moeda oficial do Kosovo, utilizada pela UNMIK e pelos órgãos governamentais. Inicialmente o Kosovo adotou o marco alemão, em 1999, para substituir o dinar iugoslavo, e consequentemente mudou para o euro quando o marco foi substituído por ele. O dinar sérvio, no entanto, continua a ser utilizado nas áreas povoadas pelos sérvios.

O principal ponto de entrada do país, além da estrada principal que liga o sul do país a Skopje, na República da Macedônia, é o Aeroporto Internacional de Pristina.

ETINIAS

De acordo com o estudo de 2005, Kosovo em Números, do Escritório de Estatísticas do Kosovo. A população total do Kosovo é estimada entre 1,9 e 2,2 milhões de habitantes, com a seguinte composições étnica: 92% de albaneses, 4% de sérvios, 2% de bosníacos e goranis, 1% de turcos e 1% de ciganos. O CIA World Factbookestabelece a seguinte proporção: 88% de albaneses, 7% de sérvios do Kosovo e 5% de outros grupos étnicos, totalizando 1.804.838 habitantes.

Os censos de 2011 indicam um total de 1.739.825 habitantes (sem dados para os municípios de Leposaviq, Zveqan eMalishevë), assim distribuídos:

Etnia

População

Albaneses

1.616.869

Bosníacos

27.533

Sérvios

25.532

Turcos

18.738

Ashkali

15.436

"Egípcios"

11.524

Goranis

10.265

Rom

8.824

Outros

5.104

Total

1.739.825

Os albaneses, com sua população aumentando constantemente, formam uma maioria no Kosovo desde o século XIX; a composição étnica anterior do território é controversa. As fronteiras políticas do Kosovo, no entanto, não coincidem com suas fronteiras étnicas; os sérvios formam uma maiora local no Norte do Kosovo, e em diversos enclaves, enquanto existem áreas de maioria albanesa fora do Kosovo, em regiões da antiga Iugoslávia - mais especificamente no noroeste da República da Macedônia e na região de Presevo, na Sérvia Central.

Os albaneses do Kosovo tem a maior taxa de crescimento populacional da Europa, 1,3% ao ano. Ao longo de um período de 82 anos (1921-2003) a população cresceu a 460% de seu tamanho original; se tal crescimento prosseguir inalterado, a população do país atingirá 4,5 milhões de pessoas em 2050.

Em contraste, de 1948 a 1991 a população sérvia do Kosovo aumentou em 12%, um terço do crescimento da população da Sérvia Central. A população de albaneses do Kosovo cresceu 300% no mesmo período - uma taxa de crescimento vinte e cinco vezes maior que a dos sérvios do país.

Desde a declaração de independência do Kosovo, os sérvios vêm abandonando continuamente a região, o que causou certa ansiedade entre os líderes kosovares, e encorajou alegações controversas de políticos sérvios.

INDÚSTRIA

Extração mineral, materiais de construção, metais, couro, máquinas, aparelhos, produtos alimentares e bebidas, têxteis

PECUÁRIA

Gado Bovino e Gado Ovino.

COLONIZAÇÃO

Foi parte do Império Otomano entre 1389 e 1912. A região esteve sob a dependência de Skopje tendo constituído uma província separada apenas em 1877.

Em 1912, apesar de ser uma zona de maioria albanesa, foi integrada à Sérvia e não ao principado da Albânia, criado naquele ano. Ocorreram rebeliões albanesas entre 1878 e 1881 e entre 1918 e 1924. Entre 1941 e 1944 foi anexada à Albânia, sob ocupação italiana. Após a reintegração à Iugoslávia tornou-se região autónoma, mas integrada à república da Sérvia.

Em 1991 declarou a independência, que não foi reconhecida pela comunidade internacional. A tensão entre separatistas de origem albanesa e o governo central da Iugoslávia, liderado pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao longo de 1998. No ano seguinte, um grupo de líderes iugoslavos e da comunidade albanesa em Kosovo e representantes das principais potências mundiais foi formado para negociar um acordo de paz que colocasse fim aos conflitos entre os guerrilheiros do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan Milosevic, mas a reunião em fevereiro de 1999, na região no castelo de Rambouillet, na França, fracassou.

A OTAN atacou a Iugoslávia em 24 de março de 1999,dando início à Guerra do Kosovo. A Otan atacou alvos iugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as forças sérvias e se formou um grande número de refugiados.

Em 3 de junho de 1999, líderes ocidentais e iugoslavos chegaram a um acordo para o fim da guerra. Em 10 de junho, foi assinado o acordo para encerrar o conflito.

O Parlamento sérvio em 27 de dezembro de 2007 votou, por ampla maioria, moção de condenação contra qualquer tentativa de independência do Kosovo. A província tem sido administrada pelas Nações Unidas, através da Missão de Administração Interina, e pela OTAN desde a guerra de 1999 entre os sérvios e albaneses étnicos separatistas.

Em 17 de fevereiro de 2008, Rússia, China e Sérvia se opõem ao reconhecimento internacional da independência Estado do Kosovo, que seria declarado definitivamente nesta data junto à ONU. Os Russos sempre se opuseram aos movimentos separatistas do Kosovo. O então presidente russo Vladimir Putin declarou que "o reconhecimento da independência do Kosovo seria ilegal e imoral", pois reacenderiam os conflitos na região dos Bálcãs. O discurso anti-separatista de Putin foi engrossado pelo Ministro de Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov. Segundo o ministro, "é a primeira vez que se aborda a saída de uma região de dentro de um Estado soberano", o que, segundo ele, poderia acirrar conflitos semelhantes em outras 200 regiões em todo mundo.

Em contrapartida, o Kremlin sugere a criação do que poderia ser chamado "mapa do caminho", o projeto sugere uma série de autonomias, mas não ocorreria a independência do Kosovo, assim como acontece em Hong Kong. A Rússia sugere supostos interesses comerciais ocidentais com a criação do Estado do Kosovo, denunciando ainda que o envio de uma missão da União Europeia à região não tinha "base legal".

Mesmo diante da declaração do presidente sérvio de que a Sérvia jamais reconhecerá a independência do Kosovo, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi convocou e realizou uma sessão extraordinária do parlamento, onde os 109 deputados presentes votaram a favor da independência da província. Thaci solicita o envio de uma missão internacional liderada pela União Europeia para substituir a missão da ONU que administra a província desde 1999.

A oposição de países como Sérvia, Rússia e China ao reconhecimento internacional da província torna-se ainda mais latente, com a possibilidade de conflitos na região. Segundo enviados da BBC, a situação é crítica e beira a um colapso, podendo a qualquer momento estourar um conflito entre a maioria albanesa e os sérvios. No dia 16 de fevereiro de 2008, um dia antes da sessão extraordinária, mil sérvios se reuniram para protestar contra a independência kosovar. O delicado cenário em questão se tornou ainda mais explosivo após o primeiro-ministro Vojislav Kostunica declarar aos sérvios residentes na região do Kosovo que não abandonem suas casas, pois não são obrigados a reconhecer nenhuma forma de declaração independência.

A Rússia está em negociação com a ONU, pedindo para que ela não reconheça a atual independência, por temer que isso vire um novo estopim de movimentos separatistas e reivindicações unilaterais de regiões que se autodeclaram independentes. A Sérvia, junto aos seus aliados econômicos e étnicos, temem pelas minorias não albanesas na região do Kosovo (principalmente ao norte), por tratados de livre-circulação antes estabelecido pelos Estados do Bálcãs e pela região ser considerada um coração cultural e religioso.

A União Europeia irá discutir sobre Kosovo durante um encontro dos ministros do exterior dos 27 países-membros do bloco no dia 18 de fevereiro, em Bruxelas. Países com grupos étnicos minoritários temem, assim como a Rússia, que Kosovo seja um exemplo internacional.

DATA DE INDEPENDÊNCIA

17 de Fevereiro de 2008.

EDUCAÇÃO

Não foi encontrada.

FRONTEIRAS

A fronteira entre Albânia e Kosovo é uma linha de 112km de extensão que separa o oeste de Kosovo do leste do norte da Albânia. A partir da tríplice fronteira Kosovo-Albânia-Macedônia vai numa linha pouco sinuosa rumo ao norte-noroeste até tríplice fronteira Kosovo-Albânia-Montenegro, próxima a Plav, Montenegro. Passa nas proximidades das cidades kosovares de Dragas, Dakovica e Junik.

Essa fronteira passou a ser considerada como existente com o reconhecimento da independência de Kosovo do domínio da Sérvia, pelo Tribunal Internacional de Justiça em Haia em julho de 2010.

A fronteira entre Kosovo e Macedônia é uma linha de 159km de extensão que separa o sudeste de Kosovo do noroeste da Macedônia.

A partir da tríplice fronteira Kosovo-Sérvia-Macedônia (próximo a Presevo, Sérvia), vai numa linha sinuosa em cerca de 20% de sua extensão rumo sudoeste até o rio Lepenec. Daí o trajeto é de 10% da extensão total rumo noroeste, até as proximidades de Strpce, Kosovo. O trecho seguinte, 30% da extensão total é na direção sudoeste, depois mais 35% na direção sul, até o extremo sul de Kosovo, no rio Radika. Essa fronteira se completa num curto (5%) trecho sinuoso rumo oeste até a tríplice fronteira Kosovo-Macedônia-Albânia

Essa fronteira passou a ser considerada como existente com o reconhecimento pelo Tribunal Internacional de Justiça (ONU) de Haia da independência do Kosovo do domínio da Sérvia em julho de 2010.

A fronteira entre Kosovo e Montenegro é uma linha de 79km de extensão que separa o trecho sul do leste de Montenegro do oeste-central de Kosovo. A partir da tríplice fronteira Kosovo-Albânia-Montenegro apresenta dois trechos de comprimentos aproximadamente iguais, um rumo ao norte e o seguinte vai rumo nordeste até a tríplice fronteira Kosovo-Montenegro-Sérvia.

Essa fronteira passou a ser considerada como existente com o reconhecimento, pelo Tribunal Internacional de Justiça em Haia, da independência de Kosovo do domínio da Sérvia em julho de 2010.

O rio Ibar (em sérvio: Ибар; em albanês: Ibër) é um rio do Montenegro, Sérvia e Kosovo, com comprimento total de 276km. Nasce no Montenegro oriental e, após passar através do Kosovo, desemboca no rio Zapadna Morava (Morava Ocidental), na Sérvia central, perto de Kraljevo.

Pertence à bacia hidrográfica do rio Danúbio, que termina no mar Negro. A sua área de drenagem é de 8059km², e caudal médio na foz é de 60m³/s. O rio não é navegável mas permite que se façam desportos como o rafting em partes do percurso.

Nasce de várias fontes na montanha Hajla, no Montenegro oriental. Flui geralmente para nordeste, passando através de pequenas aldeias antes de se introduzir na Sérvia. Neste troço inicial não tem afluentes importantes, e, depois de um percurso que gira para sul, entra no Kosovo.

Continuando para sul, chega à grande depressão do Kosovo, e à cidade de Kosovska Mitrovica. Aí faz nova volta para norte para entrar na Sérvia Central, na aldeia de Donje Jarinje. Mais à frente está represado nos lagos artificiais de Gazivode e Pridvorice, que permitem a rega de 300km². Após circundar as vertentes ocidentais das montanhas de Kopaonik, recebe o seu maior afluente pela margem direita, o rio Sitnica (90km), antes de desaguar no Morava Ocidental.

A fronteira entre Kosovo e a Sérvia é uma linha de 252km de extensão, que separa o nordeste de Kosovo do sul da Sérvia

A partir da tríplice fronteira Kosovo-Sérvia-Montenegro (próximo a Mokra Gora), em cerca de 25% da sua extensão, vai em linha sinuosa em direção nordeste até o extremo norte de Kosovo (em Kopaonik). Nesse ponto se inicia o trecho de metade da extensão total da fronteira, que vai no rumo sudeste até o extremo leste kosovar. A quarta parte final da linha divisória segue daí para o sudeste até a fronteira tripla Kosovo-Sérvia-Macedônia, próxima a Presevo (Sérvia)

Essa fronteira passou a ser considerada como existente com o reconhecimento pelo Tribunal Internacional de Justiça (ONU) de Haia da independência do Kosovo do domínio da Sérvia em julho de 2010.

TRAJES TÍPICOS

Conhecimento das propriedades tradicionais da roupa baseia-se em estudos materiais do século 19 e na primeira metade do século 20. Períodos anteriores, em relação à roupa da população rural na Sérvia, o que é o caso da maioria dos países do Sudeste da Europa, isto é, nos Balcãs, são menos conhecidos devido a testes de materiais armazenados insuficientes e outros tipos de dados. No entanto, o material fragmentado de alguns séculos anteriores (achados arqueológicos, fontes escritas e pictóricas) e fluxos conhecidos de eventos históricos, sociais e culturais, de alguma forma permitem a iluminação da origem de alguns elementos de vestuário, atuais no século XIX e 20, e raramente a reconstrução de unidades individuais de épocas passadas.

Na percepção do desenvolvimento da roupa étnica e na interpretação e aquisição de conhecimento abrangente das características das roupas do século 19 e da primeira metade do século XX, são inevitáveis-com a antiga tradição eslava fundamental, a saber, a antiga tradição sérvia-Apreciação da camada de Paleo-Bálcamos, mais tarde, súbito bizantino e medieval, aluvão turco-oriental e fluxos de países europeus, que pertencem a tempos relativamente recentes. Com uma participação menor ou maior, todas as influências culturais, cuja base e extensão estavam relacionadas a eventos históricos-que em alguns períodos causaram migrações maiores ou menores-também foram integradas nas roupas. Portanto, nela também há vestígios de tempos passados, além das características do tempo em que foi criado e usado.

Na formação das características da roupa, além dos fatores culturais e históricos através do tempo e do espaço, a natureza do solo e as condições climáticas que ofereciam certos favores para o desenvolvimento de uma ou mais formas de economia, cujos produtos influenciaram significativamente. Eles fizeram a base da vida e de todos os elementos de apoio. A cultura dos alpinistas e principalmente dos agricultores, depois a cultura dos agricultores e das pessoas que vivem nas planícies, e nas áreas das colinas e planícies, a introdução do gado e a cultura agrícola, provocou a criação de formas específicas de vestuário. Tudo isso transpôs autônomas gerações de autores anônimos, expressando criatividade, conhecimento e experiência na formação de padrões de vestuário adequados às condições de vida e ao meio ambiente. Com a divisão estável do trabalho nas comunidades familiares, com exceção de algumas formas de vestuário e joias que eram produto dos artesãos, as roupas eram completamente fabricadas pelas mulheres para os membros da família. Seu trabalho incluiu o trabalho de envelhecimento e tratamento de têxteis, coloração, tecelagem de tecidos de lã e lã, tricô, corte, costura, decoração com bordados, rendas e outras decorações aplicadas. A experiência, a tradição e a habilidade foram transmitidas de maior para menor, de uma geração para outra.

A análise de várias roupas mostra certas especificidades na união de características funcionais, pictóricas e estéticas em grandes regiões. A mesma produção ou similar, condicionada por um ambiente geográfico, o mesmo ou similar desenvolvimento histórico, social e cultural, influenciou a criação de vestuário relacionado em áreas culturais e geográficas maiores, tais como: zona central dos Balcãs, zona de Alpes Dinaric e área Panonia. Em cada área, no que diz respeito ao material para a fabricação e decoração das roupas que um ambiente oferece, então as formas de corte, formas de decoração e a tradição de roupas e camadas culturais, muitas variantes aparecem que, por um lado, eles contêm características básicas da roupa do tipo a que pertencem e, por outro lado, apresentam maiores ou menores diferenças regionais e locais, tanto na maioria da população sérvia como nas comunidades de minorias étnicas. É importante enfatizar que a difusão dos tipos básicos de roupa não é estritamente limitada, mas que existem zonas de transição nas quais as características das áreas contíguas se entrelaçam. Do mesmo modo, as áreas culturais e geográficas se espalham, exceto na Sérvia, também em outros países vizinhos das áreas dos Balcãs, da Pannoniana, do Dinar e do Mediterrâneo, nos quais os sérvios, que vivem na comunidade com outras nações, também são caracterizados pelas roupas acima mencionadas. grupos tipológicos.

Zona central dos Balcãs

As roupas étnicas dos Balcãs Centrais na Sérvia difundem nas regiões leste e sul e nas áreas do Kosovo, Metohija e Raška. Neste vasto território, as paisagens baixas e montanhosas são substituídas e as roupas representam a união de elementos agrícolas e pecuários de vestuário, com vestígios de cultura eslava antiga, cultura balcânica antiga, aluvim medieval e albanês bizantino e cultura turco-oriental. Caracteriza-se por ternos de forma visual alongada, a riqueza de decorações sutis e luxuosas de produção perfeita e delicada composição de cores. Em todas as regiões, além de propriedades comuns substanciais e pictóricas, a roupa demonstra muitas diferenças regionais e locais, que são mostradas em alguns elementos e de acordo com a etnia.

Como características comuns da roupa aparecem, até as primeiras décadas do século 20, quase os mesmos tipos de material de produção nacional-especialmente o tecido de cânhamo, linho e algodão, o tecido (tecido de lã tecida) de cor branca e marrom Tecidos escuros, de lã e de algodão, muitas vezes com listras tecidas e pequenos ornamentos compósitos geométricos, e couro natural e processado também. Eles foram usados ​​e alguns tecidos de produção de fábrica e produtos de propriedades orientais também.

No corpus de roupas sérvias, pano e vários vestidos de pano e lã, e além de uma grande diversidade de aparência visual, eles contêm principalmente características de corte semelhantes ou similares. Em todas as áreas de vestuário feminino, e também de homens, a camisa em forma de túnica em camurça, com mangas, é o vestido básico do inferior e superior. Quase em toda parte, a camisa longa das mulheres é da mesma largura, com uma ou duas extensões nos lados em forma de cunha, exceto na região de Kosovo, Metohija e Raška (centros de categoria sérvia da categoria medieval), onde a camisa foi desenvolvida em um largo vestido em forma de sino com dez ou mais cunhas. Nessa forma desenvolvida, com uma decoração de bordados muito rica que também é encontrada em outras áreas e em outros objetos, e na composição de ornamentos, as reflexões têxteis medievais dos trajes nobres sérvios são visíveis.

O bordado perfeitamente acabado, com sentido refinado para a conexão de várias formas de ornamento de plantas, geométricas e estilizadas, está localizado nas partes visíveis da camisa - as luvas, o baú com o colar e a borda da camisa. Os motivos bordados são frequentemente gratuitos, mas também existem e com fundo completo. Os fios de lã foram usados para bordados, muitas vezes vermelhos em vários tons. Em alguns ambientes, a cor vermelha é representada como independente, em outras regiões é incorporada com outras cores, ou com fios de prata e ouro, com a adição de pérolas, lantejoulas e borlas. Ao contrário deste adorno principalmente vermelho e dourado que cobre abundantemente os seios e mangas da camisa, que é extensamente regionalmente principalmente nas áreas do sul, o bordado policromado de tons claros e escuros, de uso mais discreto, adornou as camisas em outros paisagens.

Outra característica da roupa que de uma maneira muito tipológica define a roupa das mulheres da zona central dos Balcãs é uma saia, formada por duas metades feitas de forma transversal, enrugadas e abertas de todo o comprimento. Igualmente usado por meninas, namoradas e mulheres casadas. Aparece em duas variantes básicas. Bojče ou zaprega, que cobre apenas os quadris ou atinge os joelhos, adornados com bordados ou desenhos multicolores, principalmente, são representados nas regiões de Kosovo, Metohija e Raška. O outro, o futa ou o vutara (saia muito mais longa), que quase atinge a borda da camisa feminina, aberto todo o comprimento, com ornamentos listrados, era generalizado na maioria das outras áreas da área central dos Balcãs. Ao mesmo tempo, o aspecto distintivo da roupa completa no Sudeste da Sérvia, deu o sukman, o letak ou o manovil (vestido sem mangas agitado), feito de tecido de lã preta e em variante de verão de tecido de cânhamo com decoração bordado rico. A este vestido agitado, conhecido e em outras cidades eslavas, a antiga origem eslava é atribuída. Partes inevitáveis de vestuário são tiras de cinto e avental de lã, ornamentos geométricos, feitos no mesmo tecido e menos com bordados. Só se enfrentava na frente, exceto em algumas partes do nordeste da Sérvia, onde valachias estavam desgastadas e um avental por trás, na tradição dos velhos tempos, vestido com longas tiras de lã. Rodeo com dois aventais na camisa aparece e sobre a roupa das mulheres da Albânia, em cuja aparência visual geral decorrem ornamentos tecidos geométricos e coloridos de tons mais escuros.

Das partes superiores de roupas que eram usadas no verão, e algumas apenas no inverno, a maior distribuição tinha jelek-corpete curto (colete), longo zubun (vestido superior feminino sem manga, frente aberta), vestido de pano longo com mangas e armário de armas (vestido de mulheres e homens com mangas compridas, tipo de casaco de pano) de cor branca ou marrom, de comprimento até o cinto, todos adornados com cordas. Entre os tipos mencionados de peças de vestuário superiores, dos quais cada um em ambientes locais continha certas especificidades pictóricas e decorativas, na melhor forma era o zubun, feito de pano branco, comprimento do joelho aberto na frente. As decorações geométricas são motivos florais estilizados abundantemente representados, feitos com bordados, com aplicações de tecido tingido, em algumas partes com adição de borlas e franjas. E o zubun com rico bordado de motivos florais de fio de lã vermelha em que a árvore da vida é incorporada, e também em outros locais o zubun com formas florais relacionadas de lã preta e escura com manchas circulares de tecido vermelho ou O zubun com bordados em relevo com desenhos geométricos sutilmente compostos, feitos em vários tons de vermelho, e também o zubun com aplicações discretas policromadas de bordados e tecelagens-mostram altos níveis de artesanato artístico com base na tradição dos valores medievais.

Uma das características marcantes da área central dos Balcãs é oglavlje, especialmente travaji (duas tranças de lã) que casaram mulheres trança com os cabelos e se dobraram ao lado de suas orelhas. Em algumas áreas, o cabelo natural foi penteado de forma semelhante. No cabelo penteado como este, as toalhas e tampas foram colocadas com visualizações curtas ou longas (pano pendurado nas costas das mulheres). Meninas com o cabelo penteado em uma, duas ou mais tranças, usavam uma pequena gola vermelha ou um lenço. Com as noivas aparecem formas especiais, muito decoradas com flores, séries de contas, moedas de prata e outros pingentes, que, ao lado do papel decorativo que tinham e do significado do amuleto. Além de joias para decorar o cabelo e algo para cobrir a cabeça (brincos, grampos de cabelo, joalheria-joias que são usadas na frente, faixas) e roupas festivas, vários tipos de colares, pulseiras, anéis, a maior distribuição teve o papel-broche (fivelas decorativas ou principais para cinto feminino), prata ou ouro.

Ao contrário da roupa feminina, que se expressa em uma grande variedade de formas e adornos, a roupa masculina rural dos Balcãs Centrais tem as características mais iguais. Exceto pela camisa de pano e calça usada no verão em paisagens mais lisas, as roupas típicas eram vestidos, usados com mais camadas no inverno, que durante o século XIX eram de pano branco enrolado. Em algumas partes do leste da Sérvia e com os sérvios e os albaneses no Kosovo e Metohija, isso também será mantido até o início do século XX, o que não era o caso na maioria das outras partes, onde era cada vez mais usado. O pano marrom e preto na segunda metade do século XX.

Além da camisa, de características decorativas e cortadas semelhantes às camisas femininas, a distribuição mais ampla tinha o pano džamadan (colete sem mangas, com frentes dobradas) e coletes de diferentes comprimentos, frente aberta, e o inverno veste o gunj-manta com mangas, com diferentes comprimentos, e com nomes diferentes de um ambiente para outro.

Com o cinto de lã de ornamentos principalmente listrados, uma parte inevitável de roupa de pano, decorada com aplicações de cordas de lã negra, era čakšire (tipo de calça masculina) de corte raso e pernas estreitas. Na ciência, considera-se que esta forma de calças de pano e ornamentos de cordas também têm a antiga origem balcânica. Determinado emprego tinha e objetos de origem oriental: čakšire ou calças com dobras e cortes mais profundos, folhetos (cinto de seda colorido para homens), silv (cinto de couro com compartimentos).

Em roupas para ocasiões especiais, feitas de pano doméstico, ou šajak marrom (pano de produção da fábrica) e čoha - pano, produção de fábrica azul escuro, a jóia mais comum foi a æustek (joias masculinas) roscado com pérolas ou feito de prata artesanal). Para cobrir a cabeça, eles usavam o boné de lã preta, šubara-boné de cordeiro, ćulav ou ćulah (boné masculino com pano branco raso) e em alguns ambientes fes (boné macho vermelho). Era costume enrolar a toalha de algodão ao redor do chapéu e da cabeça, e no inverno lenço de lã de malha. No final do século XIX, os sérvios usavam o šajkača (boné de lã militar), que, como o keče (boné masculino de pano branco) com os albaneses, no sentido da identidade étnica, mantido em uso e na vida contemporânea no início da 21. As roupas de mulheres e homens são caracterizadas por meias de malha com decoração rica e sapatos camponeses rasos (opanci), de produção doméstica e artesanal. Em quase todos os ambientes, o uso significativo tinha impermeáveis de tecido com mangas e capas largas semicirculares com capa, vestidas com o terno completo.

Zona dinâmica

A zona dinástica e dinâmica geográfica inclui várias áreas no sudoeste da Sérvia. De acordo com as condições naturais das montanhas, o gado, ou seja, a criação de ovelhas, foi o principal ramo da economia, ao qual um modo de vida foi adaptado. A roupa tradicional foi feita principalmente de lã. Depois de tecer, o tecido de lã doméstico foi trazido em máquinas especiais para rolar (stupe), que eram muitos nos rios de montanha menores. Este tecido acabado, isto é, o pano era natural, branco e marrom, e também estava pintado em vermelho. Na composição de várias partes de roupas de pano, tecidos de lã e materiais trançados em vestuário, a gravidade da forma é notada. Os ornamentos são geométricos e florais, e o uso de três cores básicas, branco, marrom e vermelho escuro, dá roupas femininas com mais unidades variantes e roupas masculinas com aparência mais uniforme, um selo especial.

A base da roupa feminina e masculina representa a camisa de cânhamo ou linho e, a partir do final do século XIX, o pano de algodão da produção doméstica. Feito de um pedaço de pano, rearranjado nos ombros, a camisa tem extensões em forma de cunha e mangas largas e retas. A camisa longa da mulher tem um rico bordado de lã finamente girada e às vezes algodão. Nas camisas masculinas, que são mais curtas do que as camisas femininas, o adorno é mais discreto e, além do bordado vermelho-preto, aparecem resultados vazios de linho ou fio de algodão.

Com o cinto tecido necessário, as meninas e as mulheres, também, enrolam um avental estreito, com uma forma retangular alongada, na camisa e em seu adorno, além das listras, as linhas horizontais de motivos florais são encontradas em algumas cópias. Essas três roupas, com a adição de um colete de pano curto, čoha (pano fino) ou de veludo, com bordados dourados discretos e com cordas, eram as partes básicas da roupa de verão.

A roupa é completada pelo colete de pano zubun, branco longo ou vermelho escuro, e no inverno o pistoleiro (manta) de pano marrom e longo vestido branco com mangas. Para a decoração de expressividade pictórica rica destaca o zubunbranco. Bordados com alívio de lã preta sob a forma de curvas e espirais rolos dobrados densamente, com estilo semelhante aos ornamentos de lápides medievais, cobre completamente a parte superior das costas. Nas saias, ao contrário dos desenhos geométricos nas costas, os ornamentos são flores estilizadas, feitas de lã preta e fio dourado. Sabe-se que nenhuma menina no passado poderia se casar até eu bordar um zubun para si mesma como a prova que dominava o trabalho manual.

O ornamento bordado expressivo de lã escura vermelha e preta aparece e na gola da noiva com as longas prevês (pano pendurado nas costas). As garotas, com os cabelos trançados em duas tranças que envolvem a coroa ao redor da cabeça, usam o boné vermelho raso, e as mulheres casadas amarram um lenço sobre a touca. Das jóias trabalhadas pelo ourives, mais uso tinha: agulha na forma de flor para o boné, colares e pafte (broche)-fivela para o cinto.

A roupa masculina, exceto a camisa e as calças de pano, e os vestidos superiores de tecido, de cor marrom escura ou preta, uma característica particular é o pelengiri (tipo de calças largas para homem, tecido de lã que não foi enrolado) branco ou marrom. Eles estão sem ornamentos, ao contrário de gunjić (colete mais curto, frente aberta) e džamadan (colete sem mangas, com metades dobradas) e gunj (manta com mangas), que têm ornamentos em forma de corda. Esta roupa de contraste branco-marrom é complementada pelo cinto de lã colorido, boné vermelho raso, em torno do qual está embalado lenço de lã vermelha no inverno, como o oriental čalma (turbante), então, em ocasiões especiais jelek sa tokama (colete corpino curto com botões e telhas de prata costurados em filas, nas partes dianteiras do colete dos homens, como um ornamento), silva (cinto de couro) e acima de tudo, capa de chuva vermelha com capuz, quando está frio.

No final do século 19, na antiga camada de vestuário, as mudanças ocorreram sob a influência de áreas urbanas e forma militar de vestir. As telas de produção da fábrica substituem cada vez mais o pano doméstico, na roupa feminina, a saia comprida das características contemporâneas da moda é aceita e, na roupa masculina, o chapéu šajkača (boné militar) e calças de corte militar, que se tornarão uma característica significativa da roupa de homens étnicos durante a primeira metade do século 20 na área mais ampla da Sérvia.

Área de Panonia

As roupas étnicas da área cultural e geográfica de Panonia se estendem ao norte da Sérvia. Na área da fronteira do sul com mais áreas, entre as quais Šumadija e Kolubara ocupam o lugar central, as roupas são impregnadas com o conteúdo dinâmico e central dos Balcãs e as influências do vestuário urbano e sermão do século XIX e uniformes militares. Eles também estão presentes. No resto do ambiente pannoniano - na Voivodina, as roupas foram expostas às influências e estilos da Europa Central, especialmente o barroco e do final do século 19 até a moda urbana do quadro europeu. Os elementos eslavos antigos são importantes e foram salvos da melhor maneira nas paisagens da Pannonica.

Nas principais terras baixas, com impregnações culturais complexas, a fertilidade do solo, com abundância de cereais e outras frutas, proporcionou a segurança econômica da população, que se manifestou em todas as áreas da vida, e o que contribuiu com os ricos Diversidade e formas, ornamentos e cores alegres para as roupas. O pano muito enrugado, que foi usado no verão e no inverno, parece vivo e fácil. As roupas de pano e peles são de formas de corte largo-apropriadas para o modo de trabalhar em planícies. Os motivos das plantas são frequentes, assim como as formas geométricas coloridas, brancas e douradas de objetos tecidos e bordados, especialmente de cores claras.

Para a produção de roupas, foram utilizados mais tipos de pano e, com o extraordinário tecido, tecido de algodão com transparência do ar e semi-seda e algodão fino com listras verticais foram destacados. Além do pano doméstico, pano branco, marrom escuro e preto, pele de carneiro com lã, lã e material de algodão, fio de ouro e prata para tecelagem e decoração, a partir da segunda metade do século XIX são usados e tecidos de produção industrial, com a qual eles vêm e formas de corte de moda urbana europeia.

A roupa feminina, que aparece em muitas variantes, na velha camada de vestuário do século XIX, é marcada pela longa camisa enrugada, feita de metades retas de pano, com mangas largas que vêm do pescoço. Os motivos florais bordados com renda incorporada são colocados ao longo das mangas, união das metades e do fundo da camisa. Na área da fronteira do sul, em cima da camisa cercada pelo cinto que está decorado com broches de ouro ou prata, as meninas usam apenas o avental dianteiro, e as mulheres casadas também usam o avental traseiro. Os aventais dianteiros são caracterizados por tecido comprimido e ornamentos geométricos que são encontrados em toda a superfície, ao contrário de aventais transparentes e quase monocromáticos com tecido discreto ou bordados.

Além de jelek de pano ou de veludo com bordados com cordas e ouro com motivos florais e zubun com manchas de pano em cor, o uso importante teve, especialmente no inverno, as roupas de tecido em comprimentos diferentes e com mangas compridas, semelhante a vestidos de uso similar em ambientes dinares e na área central dos Balcãs. Ao contrário das roupas tradicionais profundamente enraizadas, na camada de roupas quentes de mulheres e homens, a segunda metade do século XIX, seguindo o modelo da moda feminina urbana, entra em uso na saia longa, adaptada visualmente às variantes de roupas em cada área. Acima de tudo, a saia em forma de sino de Šumadija com listras verticais e horizontais em tons sutis de policromo, que-semelhante aos modelos de uniforme militar sérvio em roupas masculinas-tornou-se não só a característica do novo vestuário na primeira metade do século 20, mas também sinônimo e representativo de vestuário étnico e sérvio em um amplo sentido cultural e nacional.

As roupas étnicas nas terras baixas na Voivodina, ao contrário das roupas feitas na zona de transição do sul, pertencem à cultura distinta de Panonia.

Na roupa de mulher, onde antigamente dominava a longa camisa enrugada, já desde o início do século XIX, sob a influência da roupa européia, aparece roupa de duas partes-a camisa curta e a saia que são feitas com mais metades de tecido. A camisa curta, com transformações ocasionais de moda em detalhes cortados, para ocasiões especiais, foi costurada de tecido de algodão transparente e decorada, especialmente as mangas muito largas, com ornamentos, tecidos e bordados brancos ou dourados, muitas vezes e com aplicação de rendas. A parte inferior da roupa de pano é saia, muito larga, com bordados leves e decoração de renda branca-usada em mais camadas. A silhueta de tecido com cintura pronunciada é completada por um avental de lã com ornamentos geométricos, ou avental de veludo, cetim, seda, muitas vezes em relevo com bordados de ouro (flores, videira pequena) que também aparece no colete. Com bordados de ouro ou prata, os colares eram apropriados, pendurados em moedas de ouro ou prata, contas de cristal e grânulos.

Para cobrir a cabeça com os cabelos trançados em tranças enroladas em torno da cabeça ou atrás de um cofre, a distribuição mais ampla tinha: konđa  (base de toalha) de antiga origem eslava, lenços reformados em tampas cuja cúpula estava colocada no pão e a parte inferior caiu no pescoço e nas costas, com um embelezamento de bordados dourados, que, na mais rica exibição floral de expressão barroca, é encontrado em zlatara (chapéu de mulher coberto com bordados de ouro) com dois tecidos longos que pendem pôr as costas Em situações cotidianas, um lenço foi usado, e com as coroas florais das noivas, tampas e coroas, com um design rico.

A roupa de pano dos homens faz uma camisa e uma calça, com um vestido pannoniano-a camisa sempre estava desgastada sobre as calças, na maioria das regiões com um cinto tecido envolvido. A camisa, e as calças, também são muito largas, composta por mais metades de tecido. Como as camisas femininas, a decoração era muito rica. Entre os ornamentos florais das camisas masculinas destacaram-se, como símbolo da fertilidade, o motivo do pico de trigo maduro. As roupas de verão foram completadas pelo colete de pano fino, seda, brocado, muitas vezes com botões de prata oval.

No inverno, além do cobertor de pano branco e čakšire (tipo de calça masculina), usados em conjunto e de grande manta preta, casacos brancos com o pescoço quadrado que poderiam ser formados no capuz também eram frequentes. Alguns tinham mangas de costuras curtas que servia como uma espécie de bolsos para colocar vários itens pequenos, necessários no caminho ou no trabalho de pastor.

A roupa típica de homens e mulheres da área de Pannonian é representada por jerkins de pele de cordeiro e ovelha. A decoração era diversa e vívida nos objetos de pano e peles também. Os motivos florais ramificados foram feitos de bordados de lã colorida com aplicações de pequenos pedaços de tecido fino no tecido, ou seja, com aparas de couro florais na pele.

Para cobrir a cabeça são típicos: o boné de pele de cordeiro preto (šubara), o chapéu de pano preto e preto, a palha de verão e a tampa militar (šajkača) muito difundidos na área de fronteira do sul. Em sapatos antigos, partes de tecido de lã eram usadas para torcer as pernas, as meias de lã e de algodão, os amplos calçados camponeses, os sapatos camponeses com pequenos entrelaços de produção extraordinária, botas, sapatos e tamancos de madeira para trabalhar em casa.

É importante notar que a roupa de pano-que, juntamente com os vestidos de tecido da fábrica na área de fronteira do sul, reserva as características tradicionais por um longo tempo-desde o final do século 19 na Voivodina é suprimida pelo terno de lã, formado seguindo o modelo de terno urbano europeu, com o uso frequente de embelezamento bordado. O mesmo aconteceu com roupas femininas, onde os vestidos de lã, algodão e seda de duas partes (colete e blusa com saia longa) são usados ​​em combinação de camisa curta e bonés de ouro com características tradicionais. E a roupa étnica das comunidades de minorias nacionais-como a roupa da população da maioria sérvia-contém características básicas da Panonia, então, em sua totalidade fundamental e visual, as especificidades da roupa dos países vizinhos e vizinhos se manifestam.

Todos os diferentes tipos de roupas étnicas na Sérvia, que se desenvolveram de forma diferente e similar em áreas culturais e geográficas, com apoio a longo prazo do patrimônio e valores tradicionais em relação à condicionalidade do tempo em que foram criados. E usado, na marcha do desenvolvimento da sociedade como um todo, passará pelo processo de desaparecimento gradual da vida cotidiana. Este processo de mudanças, causado pelo desenvolvimento de novas condições econômicas e sociais, a expansão das conexões comerciais e de trânsito, relações mais estreitas entre áreas urbanas e rurais, já apareceu no final do século 19, cada vez mais após o Primeiro e especialmente a Segunda Guerra Mundial, desde que o estilo de vestimenta tradicional deixa o lugar para a moda urbana européia. Desta forma, na segunda metade do século 20 a roupa étnica tornou-se um valor cultural e histórico, mas ocasionalmente é usada em certas ocasiões especiais.

Bordados em fantasias populares da Sérvia

O bordado popular, ao lado da antiga herança, especialmente nas áreas montanhosas, caracteriza-se pelo estilo tomado principalmente das classes sociais superiores, nas quais os elementos da Europa Central e Oriental influenciaram com o tempo.

Na Vojvodina prevalece o bordado branco e dourado, mas também existem estilos de bordados coloridos, com cores muito brilhantes. Na região cultural da zona da Morávia, o colete feminino (jelek) é decorado com grandes flores de peônia estilizada, geralmente vermelhas, na base vermelha, às vezes dominantes, até a zona dinástica, encontramos principalmente o bordado Colorido de colete feminino, em que dominam os tons escuros. Nas áreas de gado, as coletes de mulheres estão decoradas com bordados de lã coloridos no peito e também na saia. No Kosovo sérvio, as coletes das mulheres mostram claramente os detalhes bizantinos e medievais, adaptados às formas populares.

A decoração dos trajes populares-a roupa popular, era muito extensa, usando fitas de seda, lã e algodão, especialmente as partes superiores da roupa. Os desenhos de bordados em figurinos populares são elementos básicos, que também têm valor artístico. Ornamentos, bordados e vários ornamentos são encontrados em lugares importantes de trajes populares: peito, mangas, saias, cachecóis e chapéus. Durante a história, a roupa popular dos homens era muito simples e feita principalmente de pano cru. Do século XIX até o presente, o traje popular dos homens é decorado mais, especialmente colete curto (jelek). Calçados–opanci (sapatos camponeses) adotam fitas de couro e entrelaçamento, enquanto as meias estão ricamente decoradas com inúmeros desenhos de bordados coloridos.

Opanci

Opanak (plural opanci)-sapato camponesa é um tipo de calçado tradicional usado na Sérvia medieval. As características do opanak são: feitas de couro, sem muitos laços e laços, longa vida, forma pontiaguda, que termina nos dedos. A forma de terminação apontada de opanakdesigna a parte da Sérvia a partir da qual ela vem, e o nome data da palavra romena apinci. Hoje, opanak é usado nas áreas montanhosas da Sérvia, Montenegro, República Srpska e outras partes da ex-Iugoslávia. Esta forma de calçado é tradicionalmente usada por camponeses e trabalhadores no campo, pois é adequado para trabalhos agrícolas regulares. O opanak pode ser comprado nos maiores mercados da Sérvia, e é a nossa lembrança favorita.

O Kino sérvio é uma dança popular de grupo, onde um grupo de pessoas (geralmente uma dúzia, pelo menos três) de mãos dadas ou ao redor da cintura, dança em um círculo imaginário (kolo), de onde vem o nome. Durante a dança, quase não há movimento da parte superior do corpo, acima da cintura. É dançada acompanhando um instrumento musical de duas vezes, do mesmo nome, que normalmente é executado com acordeão ou com outros instrumentos: fife ou tambourapequena. É fácil aprender a dançar kolo, mas os dançarinos experientes realizam esta dança com grande habilidade, graças aos diferentes elementos ornamentais que o adicionam, como etapas sincopadas, etc. Antes que o kolo fosse dançado e perto da igreja, no campo de batalha, em casamentos e outras alegrias e eventos populares. Em todo lugar, o kolo simbolizava a reunião de nações em torno do mesmo ideal, o mesmo desejo e felicidade geral.

MINERAÇÃO

Carvão, chumbo, cromo, níquel, ouro e zinco.

ESPORTES

O futebol, também referido como futebol de campo, futebol de onze e, controversamente, futebol associado (em inglês: association football, football, soccer), é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo ou gol. A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora.

O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da The Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Federação Internacional de Futebol (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.

Judô ou judo (柔道, Jūdō?, caminho suave, ou caminho da suavidade) é uma arte marcial, praticada como esporte de combate e fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

O Judô teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jujitsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura n(1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o judogi e que, com a faixa (obi), formam o equipamento necessário à sua prática. O judogique é composto pelo casaco (Wagi), pela calça (Shitabaki) e também pela faixa, o judogi pode ser branco ou azul, sendo o último utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos e na identificação dos atletas durante as transmissões de televisão (TV).

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o Judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, o Judô teve um aumento significativo no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

LEMA

Não somos sérvios porra!

FORÇAS ARMADAS

O exército é a componente terrestre das forças armadas da maioria dos países, em contraste com as suas componentes naval (marinha) e aérea (força aérea). Contudo, o termo "exército" ou "exércitos" são usados em alguns países para designarem a totalidade das forças armadas. Nalguns destes casos, a componente terrestre pode ser designada "exército de Terra", a aérea "exército do Ar" e a naval "exército do Mar".

O termo "exército" também pode ser usado para se referir a uma fração de um exército nacional, referindo-se a uma grande unidade militar, que agrupa normalmente vários corpos de exército.

No passado, o exército também era designado pelo termo "armada", vindo do latim "armata" (dotado de armas). Etimologicamente, vêm do termo "armata" as designações correspondentes a "exército" em algumas línguas, como a inglesa (army) ou a francesa (armée). Noutras línguas, termos com origem em armata são usados para designar o exército apenas como fração, usando-se outro termo para designar a totalidade das forças terrestre de um país. É o caso da língua italiana (armata por oposição a esercito) e língua alemã (Armee por oposição a Heer). Hoje em dia, na língua portuguesa, o termo "armada", praticamente, só é utilizado no sentido de força naval.



2389