República Democrática de Timor Leste |
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SIGNIFICADO DO NOME |
O termo "Timor" deriva de Timur, a palavra para "leste" em indonésio e malaio, que se tornou “Timor” em português, como era conhecido o Timor Português. Como "leste" é a palavra portuguesa para "leste", resultou assim "Timor-Leste" (Leste-Leste). Lorosa'e (aceso "sol nascente") é a palavra para "leste", em tétum, para Timor Lorosa'e. No formulário oficial da Organização Internacional de Normalização (ISO), é usado "Timor-Leste" (códigos: TLS & TL), que tem sido adotado pela Organização das Nações Unidas e União Europeia. |
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CONTINENTE |
Ásia |
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BANDEIRA |
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SINIFICADO DA BANDEIRA |
A Bandeira de Timor-Leste foi adotada em 2002. É a mesma que a bandeira de 1975. À meia-noite do dia 19 de Maio e durante os primeiros momentos do Dia da Independência, em 20 de Maio de 2002, a bandeira das Nações Unidas foi baixada e a bandeira de um independente Timor Leste foi erguida. Cores Segundo a Constituição de Timor-Leste da República Democrática de Timor Leste, o triângulo amarelo (PMS 123) representa "os traços do colonialismo na História de Timor-Leste. O triângulo preto representa "o obscurantismo que precisa ser superado"; a base vermelha (PMS 485) da bandeira representa "a luta pela “libertação nacional"; enquanto a estrela, ou "a luz que guia", é branca para representar a paz. O disposto na Constituição foi regulamentado pela Lei dos Símbolos Nacionais de Timor-Leste |
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MAPA |
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BRASÃO |
O escudo nacional de Timor-Leste foi aprovado em 18 de Janeiro de 2007. O emblema é delimitado por duas circunferências concêntricas de cor vermelha, aonde figura a denominação oficial do estado em português: República Democrática de Timor-Leste. Descrição heráldica No interior do escudo está representado o Monte Ramelau, representado sobre a forma de uma pirâmide assente numa base com três ângulos em preto separada de um rebordo de cor vermelha por uma linha dourada. Dentro da insígnia, na ponta superior figura uma estrela branca de cinco pontas que irradiam outros tantos raios de sol da mesma cor. Debaixo dos raios está representado um livro aberto vermelho de contornos dourados que se apoia numa base da cor dos contornos. À direita da arma encontra-se uma espiga e duas folhas de arroz (hare fulin) e à esquerda uma maçaroca de milho e duas folhas ambas em dourado. Pode ainda observar-se uma arma Kalashnikov AK-47 Galaxi ao lado de uma flecha (rama inan) de cor dourada sobre um arco da mesma cor. Abaixo da insígnia alusiva ao Monte Ramelau aparece escrito numa faixa de cor branca o lema em tons de encarnado que diz: “Unidade, Ação e Progresso” que segundo a Assembleia Nacional representam os valores básicos em que deve basear-se a convivência do seu povo. |
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HINO |
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SIGNIFICADO DO HINO |
Pátria é o hino nacional da República Democrática de Timor-Leste. Com letra de Francisco Borja da Costa e música de Afonso Redentor Araújo. História Foi composto em 1975 e usado pela primeira vez no dia 28 de dezembro do mesmo ano, quando Timor Leste declarou-se unilateralmente independente de Portugal. O país foi invadido pela Indonésia em 7 de dezembro de 1976 e Francisco Borja da Costa foi morto no mesmo dia. Foi declarado hino nacional no dia independência da Indonésia (20 de maio de 2002). A letra foi somente em português, mas agora há uma versão em tétum, a língua nacional e co-oficial do país. Legislação A oficialização infraconstitucional e as formas de cerimonia de usos do hino são regulamentados pela Lei dos Símbolos Nacionais de Timor-Leste. |
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CAPITAL |
Díli |
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MOEDA |
Dólar dos Estados Unidos |
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ARQUIPÉLAGOS |
O país é uma ilha, logo, não possui Arquipélagos. |
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CLIMA |
O clima de Timor-Leste é, em geral, quente e húmido, o que lhe confere a classificação de clima tropical. Na metade oriental do território, registam-se as temperaturas médias mais elevadas, que ultrapassam os 25º C. No centro e na parte ocidental do país, observam-se temperaturas inferiores a 20º C, devido principalmente à altitude. |
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CONDADOS |
O país é uma ilha, logo, não possui Condados. |
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DUCADOS |
O país é uma ilha, logo, não possui Ducados. |
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ILHAS |
O país é uma ilha. |
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PRINCIPADOS |
O país é uma ilha, logo, não possui Principados. |
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FAUNA |
A fauna deve ser dividida entre fauna silvestre e doméstica. Em termos de mamíferos a fauna timorense pode ser considerada bastante pobre, tendo em atenção que a área está incluída na província malaia da região australiana. Existem então cervos, denominados veados em Timor, porcos selvagens, macacos (macaca fascicularis), lacos ou marta-das-palmeiras, medas, o único mamífero metatério existente em Timor, várias espécies de ratos e morcegos. Os mamíferos domésticos são os búfalos domésticos e o banteng ou balinês. Existiu em reduzido número o bovino europeu. Há ainda cavalos, os poneys timorenses, porcos, carneiros, cabras. Quanto às aves, apesar de se verem poucos pássaros actualmente, a avifauna timorense é rica. Em 1932, na sequência de um estudo do Professor Stresemann, do Museu de Berlim, foram adicionadas às 144 espécies e subespécies conhecidas, mais vinte e cinco, elevando assim o número de entidades ornitológicas (aves) conhecidas para 169. Quanto às aves domésticas, são fundamentalmente representadas pela galinha doméstica, patos e pombos. Dentro dos répteis encontramos crocodilos, jibóias, a cobra-verde, e vários lagartos, merecendo especial atenção, o toquê, cuja denominação é onomatopaica, ou seja, resultante dos gritos que este animal emite. O BÚFALO O búfalo ou carbau tem um papel multifacetado para a sociedade Timorense. É um animal de trabalho, utilizado no piso das várzeas de arroz inundadas. Mas é também um animal de sacrifício nas cerimónias sagradas ou profanas: festejos, ritos propiciatórios agrícolas e ritos mortuários. À excepção destas alturas, não se retiram animais às manadas: os abates anuais representam cerca de dois por cento do total da espécie. Por último, a posse de búfalos é entendida como um sinal de riqueza, tornando-se uma medida para o prestígio do seu dono. Respeitam uma concepção religiosa, segundo a qual, o universo é tripartido. Assim, o corpo do telhado envolve o mundo dos espíritos dos antepassados, a zona de residência, o mundo dos vivos e a zona abaixo do sobrado, o dos espíritos da Natureza que são por norma atribuídos aos animais. É usado nas trocas matrimoniais, constituindo parte das prestações masculinas, no pagamento dos dotes matrimoniais ou barlaque. Dos seus cornos são feitos inúmeros objetos, em muitos casos, simbolizando o crescente lunar. Em algumas etnias, como as de Viqueque, as casas, fazem lembrar os cornos do búfalo. Está associado ao crocodilo, que o trouxe de além-mar, logo, com os mitos de origem dos timorenses e da terra. Está, também, na origem dos nomes de alguns lugares. O CROCODILO É um animal sagrado (lulik), sendo considerado pelos timorenses como antepassado, daí o nome de avô, bei-nai. É o senhor das águas, o we-nai. Segundo o mito de origem, é considerado o responsável pelo povoamento de Timor. Povoa as ribeiras e o mar por toda a ilha, no entanto, na costa sul é possível encontrar crocodilos em maior número. Apesar de ser temido, não é visto como maléfico. Aliás, os timorenses acreditam que se a pessoa estiver bem com a sua consciência, nada tem a temer deste animal. Muito utilizado na representação figurativa artística, tem um simbolismo sem equivalente em Timor.
A SERPENTE Este animal participa, juntamente com o crocodilo, nos mitos de origem e nos ritos de passagem. O mundo Timorense é tripartido entre as divindades celestes, os antepassados e as divindades infra-terrestres. Para os timorenses, a serpente (samean), é o primeiro animal com significado simbólico e activo na sua espiritualidade anímica, sendo o seu domínio a terra, ou seja, o mundo inferior.
A
“samean” é vista como agente transcendente de justiça, e
símbolo da fertilidade, A serpente-píton (Pithon recticulatus) é denominada Sameanboot, quando come veados ou cabritos, ou “Aca” quando come homens. Também lhe chamam Foho-rai, que traduzido à letra significa montanha-altar da terra: é a serpente de ouro que em alturas críticas se transforma em homem, como nos mitos das guerras de Wehali e Likusai. Nana, de Lautem, representada com sete cabeças, a quem são atribuídos poderes levitativos, quando associada ao arco-íris.
O CÃO O cão (asu) é o amigo da casa e companheiro indispensável nas caçadas ao veado e ao porco bravo. Nestas caçadas eram espalhados em matilhas seguindo-se a perseguição. Em todo o Timor é possível observar estes animais que os timorenses dizem ser tão magros como os donos. Tal como o galo, é uma vítima privilegiada nos sacrifícios e ritos de aliança e adivinhação. Tem um lugar de relevo na simbologia Timorense – pelas suas qualidades de ligeireza são comparados aos guerreiros, os “asu-wain” (pernas de cão). Podem igualmente simbolizar a alma dos falecidos, encontrando-se por isso muitas vezes representados em panos mortuários.
O VEADO Outrora muito numerosos, hoje são animais raros de encontrar. Existem nas zonas montanhosas de quase todo o Timor. A caça aos veados era pretexto para a coletividade se juntar, existindo várias formas de caçar veados: com laços, cães, azagaias ou perseguição a cavalo. Quando são malhados, são considerados como veículo para a alma penada de assassinos e criminosos.
O GALO O galo timorense partilha do significado que o galo possui em todo o sudeste asiático, como anunciador de acontecimentos e oráculo. Possuir um galo é como um rito de passagem: confere ao seu dono atributos de força, coragem e fertilidade. É o animal preferido, juntamente com o cão, nos ritos adivinhatórios e nos sacrifícios. Desde há muitos anos que a luta de galos é o desporto número um em Timor. Selvagem ou domesticado, quando o galo se destina ao combate é submetido a um treino intenso, ao mesmo tempo que tem um tratamento especial: vive dentro de casa onde faz o seu poleiro, compartilhando o espaço com o seu dono, e é carregado ao colo, ou debaixo do braço para todo o lado, com todo o carinho. Dá-se-lhe também um nome, que é utilizado para o chamar durante as lutas. No começo dos torneios é atada uma lâmina a uma pata, armando-o assim para a luta.
O PEIXE Apesar de os timorenses não serem um povo muito ao mar, as populações do litoral, especialmente na costa norte, dedicam-se à pesca. Como acontece com outros animais, alguns peixes não podem ser comidos por alguns clãs, no entanto, são pescados e vendidos. Em alguns mitos, o peixe é associado ao homem, como por exemplo incarnando numa mulher que se torna mãe de uma linhagem, ou seja, identificam-se com os antepassados. Outros animais marinhos, como a enguia ou o camarão de água doce representam os espíritos das águas e o seu consumo pode significar a secagem das fontes.
O CAVALO O pequeno cavalo Timorense é o animal de transporte e de carga, sendo o melhor se adapta ao relevo acidentado de Timor. A sua presença em Timor deve-se aos comerciantes de sândalo que o usaram como objeto de troca – foi importado primeiramente para a Indonésia por comerciantes chineses e hindus. Sendo um cavalo pequeno, é denominado poney timorense. Em termos sócio-religiosos não é tão importante como outros animais, tendo no entanto um papel importante nos ritos fúnebres de pessoas importantes, em que este seguia o morto, sendo inúmeras vezes imolado para que servisse de montada à alma até à terra dos antepassados. Na iconografia, a alma dos mortos é representada por um pássaro, o córilili ou o tirlolo, ou por um galo que poisa no dorso do cavalo. Associado ao búfalo, simboliza ao mesmo tempo as energias do mundo subterrâneo e o vento. No que toca às trocas matrimoniais faz parte das contribuições masculinas. |
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FLORA |
Apesar de ter vegetação abundante, Timor-Leste apenas apresenta uma floresta primárias cerrada, com cobertura espessa e orlas fechadas que a tornam quase impenetrável, na parte leste do do território. De resto, o mangal é característico do litoral e emerge das próprias águas salgadas ou salobras. Na costa Sul, pluviosa, a floresta é mais rica em géneros e espécies. Nas terras de média altitude, as manchas de árvores apresentam-se mais espaçadas, mas são vastas tas as formações de arbustos e de árvores de pequeno porte. À medida que se sobe, as formações florestais apresentam-se isoladas e vão rareando. A floresta secundária, produto da acção do homem, cobre quase todo o país com formações densas de arbustos, pequenas árvores e trepadeiras rodeando bosques da floresta primária, tufos de bambus, casuarinas, eucaliptos, e, finalmente, as savanas e pastagens, de grande importância na parte leste da ilha. O SÂNDALO/AI-CAMELI, é uma Madeira preciosa e de perfume intenso, tirada das florestas de Tilomar tornou Timor muito procurado no séc. XVI por mercadores chineses e árabes. O FRUTO/KALEIK, é um fruto selvagem que está dentro de uma grande baga de cor verde que se torna dura e preta quando seca. As crianças usam-na como malha que se deve enfiar num buraco. TALIHUM/PALMEIRAS. Próximo do mar e das praias, especialmente na costa sul, abundam estas belíssimas árvores. Do seu fruto extrai-se uma bebida alcoólica muito apreciada. |
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RELEVO |
A ilha caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação este-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado. O ponto mais alto do país, o monte Ramelau (ou Tatamailau), regista 2.960 metros de altitude, com quatro outros pontos a subirem acima dos 2 000 metros: o monte Cablaque, na fronteira dos municípios de Ermera e Ainaru (Ainaro), os montes Merique e Loelaco, na zona oriental e o Matebian, entre Baukau (Baucau) e Vikeke (Viqueque). Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre os 15ºC verificados nas regiões montanhosas e os 30ºC verificados em Díli e na ponta leste do país. Timor-Leste possui um território de quase 15.000km², ocupando a parte oriental da ilha de Timor. O país é muito montanhoso e tem um clima tropical. A montanha mais alta de Timor é o Tatamailau, com 2.963 metros de altitude. Com chuvas dos regimes das monções, enfrenta avalanches de terra e frequentes cheias. O país possui mais de 1.000.000 de habitantes. Também pertencem ao território timorense o enclave de Oecussi, na metade oeste da ilha de Timor, com 815km², a ilha de Ataúro, ao norte de Díli, com 141km², e o ilhéu de Jaco, na ponta leste do país, com 11km². |
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HIDROGRAFIA |
A maioria dos cursos de água de Timor-Leste nasce na parte central da ilha, ou seja, na área mais montanhosa do território. A orientação sudoeste-nordeste da cadeia de montanhas determina que a maior parte dos cursos de água corra para norte ou para sul, originando uma densa rede hidrográfica. Em virtude da pequena dimensão e do caudal reduzido, os cursos de água não são considerados como rios, mas sim como ribeiras, localmente designadas por motas. Os poucos cursos de água permanentes existem sobretudo na costa sul, onde a precipitação é elevada e o período das chuvas muito longo. No entanto, os mais extensos situam-se na parte norte do país, dos quais se destacam o Lacló e o Lois. Em Timor-Leste é possível encontrar algumas lagoas. A maior, Ira Lalaro, localiza-se na ponta leste do país. |
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SUBDIVISÕES |
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VEGETAÇÃO |
As queimadas e a agricultura intensiva têm levado à desflorestação e à erosão dos solos |
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IDIOMAS |
De acordo com a Constituição de Timor-Leste, o tétum e o português têm o estatuto de línguas oficiais. De acordo com parágrafo 3 do artigo 3 da Lei 1/2002, em caso de dúvida na interpretação das leis prevalece o português. Para além do tétum, existem mais de 31 línguas nacionais em Timor-Leste: Ataurense, Baiqueno, Becais, Búnaque, Fataluco, Galóli, Habo, Idalaca, Lovaia, Macalero, Macassai, Mambai, Quémaque, Uaimoa, Naueti, Mediki, Cairui, Tetum-terik, Dadu'a, Isní, Nanaek, Rahesuk, Raklungu, Resuk, Sa'ane, Makuva, Lolein, Adbae, Laclae e Tocodede. O inglês e o indonésio têm o estatuto de línguas de trabalho nas provisões transicionais da Constituição. Mercê de fluxos migratórios de população chinesa, o mandarim, o cantonês e, principalmente, o hakka são também falados por pequenas comunidades. |
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CULINÁRIA |
Para a grande maioria dos Portugueses, Timor dispensa apresentações. Apesar de todos conhecerem o percurso e vicissitudes históricas de um dos povos mais oprimidos e massacrados da história recente da humanidade, poucos são os que conhecem a sua rica e variada culinária. O facto é que a culinária timorense, apesar de beber dos métodos e sabores asiáticos, conseguiu, tal como o seu povo, manter, a muito custo, uma identidade própria, que tem tanto de simples como de exótico e fascinante. A gastronomia timorense é muito mais do que uma síntese de influências estrangeiras mais ou menos impostas; pelo contrário, os timorenses foram exímios na arte de selecionar o que de melhor os contributos culinários estrangeiros poderiam trazer para a sua culinária. Aspectos da culinária portuguesa, chinesa, indiana, africana, todos eles podem ser encontrados na gastronomia timorense, mas todos têm um tratamento e uma utilização muito peculiares. Feita que ficou uma pequena introdução, resta apenas dizer que, para compreender a culinária timorense, não chega ler uma pequena resenha como esta; é fundamental prová-la, saboreá-la, através de pratos como o Singa de Kurita ou de Camarão, o Nasi Goreng, o"Modo-Fila", a Flor de Papaia com Balichão, o Tukir de Cabrito, o Sassate, o Vau-Tan ou ainda o Saboco Peixe... Quanto aos doces, temos doces "Mano Ten" com banana, doce de ananás e ainda arroz de Jagra. |
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RELIGIÕES |
De acordo com o censo de 2010, 96,9% da população professa o catolicismo romano; 2,2% o protestantismo ou evangelicalismo; 0,3% são muçulmanos; e 0,5% praticam alguma outra ou nenhuma religião. O número de igrejas cresceu de 100 em 1974 para mais de 800 em 1994, conforme o número de membros das igrejas cresceu consideravelmente sob domínio indonésio como Pancasila, ideologia de Estado da Indonésia, que exigia que todos os cidadãos a acreditar em um Deus e não reconhecia as crenças tradicionais. Por outro lado, verifica-se que além de ser consideravelmente uma predominância de catolicismo, o animismo tem uma presença muito forte, e que por sua vez é praticado por todas as populações juntamente com as respetivas crenças acima mencionada. Embora a Constituição de Timor Leste consagre os princípios da liberdade religiosa e da separação entre Igreja e Estado, ela também reconhece "a participação da Igreja Católica no processo de libertação nacional". |
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POLÍTICA |
O chefe de Estado de Timor-Leste é o presidente, que é eleito pelo voto popular para um mandato de cinco anos. Embora o papel executivo seja algo limitado, o presidente tem poder de veto sobre a legislação. Após as eleições, o presidente, por norma, designa o líder do maior partido ou coligação maioritária como o primeiro-ministro de Timor-Leste. Como chefe do governo, o primeiro-ministro preside ao conselho de ministros. O parlamento de câmara única é o Parlamento Nacional, cujos membros são eleitos pelo voto popular para um mandato de cinco anos. O número de bancos pode variar entre um mínimo de 52 a um máximo de 65, embora excecionalmente tenha 88 membros, atualmente, devido a este ser o seu primeiro mandato. A Constituição timorense foi decalcada da de Portugal. O país ainda está no processo de construção da sua administração e instituições governamentais. |
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TURISMO |
O Timor-Leste está situado na parte oriental da ilha de Timor na Ásia e ainda é um país bem jovem, por isso mesmo ele é uma verdadeira caixinha de surpresa. O seu território é relativamente pequeno, mas isso é uma grande vantagem, já que você pode ver tudo o que Timor-Leste tem a lhe oferecer e não deixar nada para trás. Timor Leste foi uma colónia portuguesa até 1975, portanto lá se fala português, então a língua é uma preocupação a menos que você precisará ter. O tétum e o português formam as duas línguas oficias do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste. A primeira impressão que você verá é a da beleza natural do Timor-Leste. São praias paradisíacas e grandes florestas tropicais que abrigam cadeias de montanhas. Aqui os amantes do ecoturismo estarão em casa. Vale a pena incluir esse recente país em seu destino de turismo, você certamente vai se surpreender. Timor-Leste também é rodeado por vales e montanhas, o que faz com que você suba e desça diversas vezes, então vá preparado. Mas não se esqueça que todo o esforço vale a pena quando você está em Timor-Leste. Perto da capital fica a praia de Metinaro, uma das belezas naturais do jovem país. Depois desse pequeno passeio, nada melhor do que ver a paisagem de arrozais em Baucau e depois seguir para os oásis de areia branca de Lautém. Depois disso, parta para uma das mais encantadoras praias de Timor-Leste, a Tuluala. Essas são apenas algumas praias de Timor-Leste, se você tiver disposição verá muitas outras pela frente. E se puder, vá até a ilha deserta de Jacó, considerada o paraíso de Timor-Leste; aqui você pode praticar esportes náuticos e contemplar a beleza do local. E para terminar esse surpreendente passeio pelo Timor-Leste nada melhor do que contemplar o jovem país do alto. E para isso, você precisa ir para o local que fica no enclave de Oecussi e Díli. Aqui certamente você pode dizer que se sentiu nas nuvens. A natureza de Timor-Leste certamente vai te encantar. A melhor época para você visitar o Timor-Leste é na estação seca, já que você provavelmente vai aproveitar mais os passeios sem a chuva. Prefira então ir entre abril e outubro. Timor Leste é um país lindo e cheio de lendas, uma delas conta-nos sobre a formação do ‘nascimento’ de Timor. A antiga lenda narra que certo dia um menino viu um crocodilo tentando atravessar um faixa de água sazonalmente extensa, como se via em dificuldades o menino decidiu ajuda-lo a atravessar. O menino carregou então em seus braços o crocodilo até a outra margem das águas. O crocodilo tornou-se muito grato e disse ao menino que todas as vezes que ele estivesse perto do rio ou do mar, que chama-se pelo crocodilo que este apareceria para ajudá-lo. Depois de um tempo o menino lembrou-se da promessa do crocodilo e decidiu ir procura-lo, chegou a beira mar e gritou pelo crocodilo 3 vezes. Quando o crocodilo apareceu, o menino sentou em suas costas e durante muitos anos o menino conheceu muitas terras acompanhado pelo crocodilo. Embora o crocodilo fosse grato ao menino, ele sentia uma vontade irresistível de come-lo. Como isso incomodava muito o crocodilo, ele decidiu perguntar para outros animais o que eles achavam sobre isso. Todos responderam que ele jamais poderia comer o menino porque um dia o menino foi bom com ele, os animais diziam que ele deveria ser eternamente grato ao menino. O crocodilo então desistiu desta ideia e durante muitos anos viveram lado a lado, o menino e o crocodilo a viajar pelo mundo. Quando o crocodilo sentiu que já estava muito velho e que iria morrer, disse ao menino: – ‘Em breve eu morrerei e já não mais estarei ao seu lado. Entretanto sobre mim se formará uma linda terra para você e todos os seus descendentes. Então o crocodilo morreu e tornou-se a Ilha de Timor que tem um formato muito parecido com um crocodilo. O rapaz teve muitos filhos e daí nasceu a nação Timorense, um povo bom, amigo simpático e com senso de justiça; e que chamam o crocodilo de avô. Há um ritual engraçado quando o povo timorense cruza o mar ou um rio, eles gritam: – Crocodilo, não me coma! Eu sou seu neto!! Segundo a lenda nem um crocodilo nem nada de mal lhes acontecerá porque estão debaixo da proteção do avô crocodilo. |
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ECONOMIA |
Timor-Leste, geralmente tido como um dos países mais pobres do mundo (o mais pobre é Serra Leoa, enfrenta uma série de problemas em sua tentativa de reconstruir sua economia após a devastação infligida sobre o país após a independência. Um decréscimo na ajuda internacional levou a uma contração do PIB durante o período de 2002 a 2004. Sob liderança internacional, muito do setor de agricultura timorense de razoável eficiência foi convertida de colheitas de subsistência para colheitas de renda em uma tentativa de criar uma economia orientada para a exportação. Essa opção tem falhado devido aos baixos preços do mercado internacional nas culturas escolhidas para a exportação como café, que enfrenta uma baixa de 20 anos. Por causa dessa política e sentindo a falta de suas antigas colheitas de subsistência, o Timor Leste começou 2005 com uma ausência crônica de alimentos. Algo em torno de 70% de sua população passa fome em diversos níveis e houve pelo menos 58 casos confirmados de morte por inanição. Em paralelo a essa contração do PIB, os preços ao consumidor cresceram em 4 a 5% em 2003/4. Estima-se que 50% da população está desempregada. Esperanças de um futuro melhor estão depositadas no desenvolvimento da exploração de reservas de petróleo no oceano que já rende ao governo mais de US$ 40 milhões anuais de renda, e o sucesso na exportação de produtos da agricultura. |
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ETINIAS |
A população timorense consiste de uma série de grupos étnicos distintos, a maioria dos quais são descendentes de malaio-polinésios e melanésios. Os maiores grupos étnicos malaio-polinésios são o tétum (100.000), principalmente no litoral norte e em torno de Díli; o mambai (80.000), nas montanhas centrais; o tocodede (63.170), na área em torno de Maubara e Liquiçá; o galóli (50.000), entre as tribos macassai; o kemak (50.000) no centro-norte da ilha de Timor; e o baikeno (20.000), na área em torno de Pante Macassar. As principais tribos de origem predominantemente Papua incluem a bunak (50.000), no interior central da ilha de Timor; o fataluco (30.000), na ponta leste da ilha, perto de Lospalos; e o macassai, em direção ao extremo leste da ilha. Como resultado do casamento inter-racial, que era comum durante na era portuguesa, existe uma população de timorenses multirraciais e de origem portuguesa, conhecido como "mestiços". Há uma pequena minoria chinesa, a maioria dos quais são Hakka, mas muitos chineses deixaram o país em meados da década de 1970. |
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INDÚSTRIA |
Indústria do Sexo. |
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PECUÁRIA |
Cabeças de Búfalos e Vacas. |
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COLONIZAÇÃO |
Período pré-colonial De acordo com alguns antropólogos, um pequeno grupo de caçadores e agricultores já habitava a ilha de Timor por volta de 12 mil anos a.C. Há documentos que comprovam a existência de um comércio esporádico entre Timor e a China a partir do século VII, ainda que esse comércio se baseasse principalmente na venda de escravos, cera de abelha e sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha. Por volta do século XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo ao reino de Java. O nome Timor provém do nome dado pelos Malaios à ilha onde está situado o país, Timur, que significa "Leste". Domínio português O primeiro contato europeu com a ilha foi feito pelos portugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica, e na década seguinte, de água, esgoto, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado. Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste, promovendo a formação de partidos políticos, tendo em vista a independência do território. Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas no território, estas foram obrigadas a deixar a ilha de Timor e a refugirem-se em Ataúro, quando se dá início à Guerra Civil entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) e as forças da União Democrática Timorense (UDT). A FRETILIN saiu vitoriosa da guerra civil e proclamou a independência a 28 de novembro do mesmo ano, o que não foi reconhecido por Portugal. A proclamação da independência por um partido da FRETILIN de tendência marxista levou a que a Indonésia invadisse Timor-Leste. Em 7 de dezembro, os militares indonésios desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do repúdio da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram Portugal como potência administradora do território. Invasão Indonésia A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor Timur". Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeios (bombardeamentos do exército da Indonésia, sendo que foram utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense (chamada de Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local. Entretanto, a visita do Papa João Paulo II a Timor-Leste, em outubro de 1989, foi marcada por manifestações pró-independência que foram duramente reprimidas. No dia 12 de novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 271 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia. A causa de Timor-Leste pela independência ganhou maior repercussão e reconhecimento mundial com a atribuição do Prêmio Nobel da Paz ao bispo Carlos Ximenes Belo e a José Ramos Horta em outubro de 1996. Em julho de 1997, o presidente sul-africano Nelson Mandela visitou o líder da FRETILIN, Xanana Gusmão, que estava na prisão. A visita fez com que aumentasse a pressão para que a independência fosse feita através de uma solução negociada. A crise na economia da Ásia no mesmo ano afetou duramente a Indonésia. O regime militar de Suharto começou a sofrer diversas pressões com manifestações cada vez mais violentas nas ruas. Tais atos levaram à demissão do general em maio de 1998. Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de um referendo sobre a independência do território, sob a supervisão de uma missão da ONU. No mesmo período, o governo indonésio iniciou programas de desenvolvimento social, como a construção e recuperação de escolas, hospitais e estradas, para promover uma boa imagem junto aos timorenses. Desde o início dos anos 1990, uma lei indonésia aprovava milícias que "defendessem" os interesses da nação em Timor-Leste. O exército indonésio treinou e equipou diversas milícias, que serviram de ameaça contra o povo durante o referendo. Apesar das ameaças, mais de 98% da população timorense foi às urnas no dia 30 de agosto de 1999 para votar na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses queriam a independência. As milícias, protegidas pelo exército indonésio, desencadearam uma onda de violência antes da proclamação dos resultados. Homens armados mataram nas ruas todas as pessoas suspeitas de terem votado pela independência. Milhares de pessoas foram separadas das famílias e colocadas à força em camiões ou caminhões, cujo destino ainda hoje é desconhecido (muitas levadas a Kupang, no outro lado da ilha de Timor, pertencente a Indonésia). A população começou a fugir para as montanhas e buscar refúgio em prédios de organizações internacionais e nas igrejas. Os estrangeiros foram evacuados, deixando Timor entregue à violência dos militares e das milícias indonésios. Em 1990, João Gil publica, no álbum Um Destes Dias, a famosa música portuguesa Timor, escrita por João Monge e várias vezes cantada por Luís Represas. Música essa que quase originou um segundo hino nacional e que, ainda hoje, faz presença nos concertos da banda. A Organização das Nações Unidas (ONU) decide criar uma força internacional para intervir na região. Em 22 de setembro de 1999, soldados australianos sob bandeira da ONU entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e devastado. Grande parte da infraestrutura de Timor-Leste havia sido destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão, líder da resistência timorense, foi libertado logo em seguida. Independência política Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20 de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente. Em 2005, a cantora colombiana Shakira gravou uma música-protesto intitulada de Timor. A música, escrita e composta pela cantora, fala de como a comunicação social ocidental deu importância ao caso da independência de Timor-Leste há alguns anos, e como agora essa mesma comunicação social, televisões e rádios já não se interessavam por este país. Em 2006, após uma greve que levou a uma demissão em massa nas forças armadas leste-timorenses, um clima de tensão civil emergiu em violência no país. Em 26 de junho, o então primeiro-ministro Mari Bin Amude Alkatiri deixou o cargo, assumindo interinamente a coordenação ministerial José Ramos Horta, que, em 8 de julho, foi indicado para o cargo pelo presidente Xanana Gusmão, pondo fim ao clima vigente. A situação permanece razoavelmente estável devido à intervenção militar vinda da Malásia, da Austrália, da Nova Zelândia e à pressão política e militar de Portugal que tenta apoiar Timor-Leste no seu desenvolvimento. José Ramos Horta era apontado pela imprensa portuguesa como um dos sucessores de Kofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos Horta não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese. Na segunda volta das eleições de 9 de maio de 2007, Ramos-Horta foi eleito Presidente da República, em disputa com Francisco Guterres Lu Olo, sucedendo a Xanana Gusmão no cargo. A 6 de agosto de 2007, José Ramos-Horta indica Xanana Gusmão, ex-presidente da República, como 4.º primeiro-ministro da história do país sucedendo a Estanislau da Silva. Xanana Gusmão, líder do renovado Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), apesar de 2.º classificado nas eleições legislativas de junho com 24,10% dos votos (atrás dos adversários da FRETILIN, de Francisco Lu-Olo), alcançou uma série de acordos pós-eleitorais com as restantes forças políticas da oposição que conferem ao seu governo um estatuto de estabilidade. Em 11 de fevereiro de 2008, Ramos Horta sofreu um atentado perto da sua casa em Díli. Neste atentado, os guardas de sua residência mataram o ex-oficial do Exército de Timor-Leste, Alfredo Reinado (rebelado desde maio de 2006), acusado perante o Supremo Tribunal do país de homicídio, após a onda de violência causada pela sua expulsão do exército junto com 598 outros militares por desobediência. O mesmo grupo também é acusado de efetuar disparos contra a residência do primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, mas nada foi esclarecido ainda em relação a este segundo ataque, que não deixou vítimas. |
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DATA DE INDEPENDÊNCIA |
Em 28 de Novembro de 1975 é unilateralmente proclamada a independência de Portugal que foi seguida da invasão da Indonésia. 20 de Maio de 2002 é a data oficial de reconhecimento internacional da independência de Timor-Leste. |
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EDUCAÇÃO |
De fato, a República Democrática de Timor-Leste deve ser elogiada pelo progresso alcançado desde que obteve sua independência em 2002. E isso apesar do fato de o país ainda estar sofrendo os efeitos posteriores de 24 anos de luta pela independência. Em recente visita a Timor-Leste nós nos reunimos com o Ministério da Educação e outras organizações parceiras para impulsionar o apoio à educação. Por meio de diversos projetos financiados pelo Banco Mundial, pela Global Partnership for Education (Parceria Global para a Educação–GPE) e por outros parceiros, milhares de salas de aula foram construídas, professores foram aperfeiçoados e fornecidos materiais de aprendizagem. E foram implementadas oportunidades para jovens que não frequentam a escola reingressarem no sistema. Essas ações contribuíram para trazer as crianças de volta à escola. De 2002 a 2014 o número de matrículas aumentou 150% – de 242.000 a 364.000 estudantes. Ao mesmo tempo, o número de professores aumentou mais de duas vezes, atingindo 12.000. As iniciativas nacionais em matéria de educação aumentou drasticamente: a despesa na educação passou de 13% em 2004 para 25% em 2010. No entanto, diminuiu significativamente a cerca de 11% em 2014, permanecendo no mesmo nível a alocação para 2015. Desafios restantes de acesso e qualidade No entanto, apesar dessas realizações, muito resta a ser feito. Há uma grande lacuna de acesso entre as áreas rurais e urbanas. Por exemplo, a taxa bruta de matrícula no ensino primário é de 100% para residentes das áreas urbanas, mas apenas 60% nos domicílios rurais. Cerca de 10% das crianças nunca foram à escola. AS questões de qualidade também representam um grande desafio e os resultados de aprendizagem dos alunos continuam a ser uma séria preocupação. Por exemplo, as taxas de repetência e abondono escolar são altas, especialmente entre os alunos das primeiras séries. Uma avaliação da leitura das primeiras séries, realizada em 2009, constatou que mais de 70% dos estudantes no fim do primeiro ano não conseguiam ler nenhuma palavra de um simples texto em Português e em Tetum, idioma nativo, diminuindo para 40% no fim do segundo ano. Somente cerca de um terço dos estudantes do 3º ano série podiam ler 60 palavras por minuto e responder corretamente a perguntas simples de compreensão. A qualidade dos professores é também um problema: muitos professores concluíram apenas o ensino pre-secondário ou secondário. Há um grau elevado de auséncia de professores e alunos. Mais de um terço dos alunos da primeira série, 13% dos professores do ensino básico e 25% dos professores do ensino médio estão ausentes em um determinado dia. Maior enfoque no currículo Apesar desses desafios, Timor-Leste está demonstrando que considera com seriedade a educação de suas crianças. Em um ambiente no qual se leva, em média, 11 anos para uma criança concluir os seis primeiros anos de educação e muitos deixam o sistema, é importante rever o currículo. Timor-Leste empreendeu um processo de âmbito nacional para definir claramente as competências e aptidões que as instituições de ensino fundamental devem ter para ajudar as crianças a se desenvolverem. O currículo do ensino básico foi reformado e planos de aulas (que incluem avaliações de formação das salas de aula) foram criados e estão atualmente sendo distribuídos às escolas e professores formados no seu uso. Desenvolvimento de um sistema conducente à aprendizagem Realizar a tarefa do ensino universal diz respeito a nivelar o campo de atuação... e não se trata apenas de acesso. A fim de educar todas as crianças, um país precisa de um plano apoiado pela evidência. Com base na análise, Timor pode beneficiar-se da revisão do Plano Nacional do Setor da Educação. Esse plano deverá refletir o contexto em evolução e as novas prioridades do governo, tais como o currículo. O plano deve visar a gerar práticas que resultem em melhores oportunidades para as crianças desfavorecidas. Precisa alinhar o currículo, política de formação de professores, apoio dos pais, gestão das escolas, inspeções, avaliações, administração do sistema e outros elementos do sistema escolar. Precisa também indicar como o sistema será dirigido. São vitais planos operacionais plurianuais que deem prioridade à ação e contenham um estrutura de monitoramento com indicadores claros. A implantação do currículo, como espinha dorsal do sistema, requer que essas interações estejam integradas em um plano de implementação, de forma que os reajustes possam ser feitos à medida que for implementado. Necessita-se de maior investimento na educação A Declaração de Incheon: Educação 2030: Rumo à educação inclusiva e equitativa e aprendizagem para toda a vida para todos, faz um apelo “para aumentar a despesa pública na educação… e insta a adesão a referências de alocação eficiente pelo menos do Produto Interno Bruto (PIB) e/ou pelo menos 15-20% da despesa pública total para a educação.” Timor-Leste poderia considerar a tomada de medidas neste sentido. No entanto, somente aumentar a despesa na educação não basta para promover as oportunidades educacionais. É preciso compreender os processos que restringem as oportunidades de aprendizagem das crianças de baixa renda e examinar cuidadosamente a evidência sobre o impacto de haver novas intervenções. Mais diálogo sobre políticas e parceria A tarefa de produzir mudança no setor é alimentada pelo diálogo. Como tal, a análise setorial, formação de políticas e monitoramento precisam ser influenciados pela discussão pública de objetivos, estratégias e resultados. Timor-Leste beneficia-se da Ação Conjunta para a Educação em Timor-Leste (ACETL), uma plataforma para diálogo e coordenação entre o Governo, parceiros no desenvolvimento e sociedade civil. A criação de um sistema conducentes à aprendizagem e capaz de oferecer às crianças oportunidades diárias frequentes para aprender, pensar, escolher e ser tolerante é necessário para desenvolver cidadãos democráticos que contribuam para um país jovem pacífico e economicamente estável. A Parceria Global para a Educação, o Grupo Banco Mundial e outros parceiros estão prontos para apoiar Timor-Leste no trabalho à frente. |
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FRONTEIRAS |
Timor Gap é a zona na linha de fronteira marítima (subsolo) definida por acordo entre a Austrália e a Indonésia em 1972 e que resulta de Portugal não ter chegado a acordo com aquele país sobre os princípios a seguir na definição da fronteira da então província ultramarina portuguesa de Timor (hoje Timor-Leste) com a Austrália. A exploração petrolífera da área encontra-se agora regulamentada pelo Tratado do Mar de Timor assinado em 2002 pela Austrália e Timor-Leste, após a independência deste. Os dois países encontram-se num processo de "conciliação obrigatória", previsto na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNDUM) e que é conduzido por um painel independente de peritos denominado “comissão de conciliação”. A fronteira entre Indonésia e Timor-Leste é a linha com cerca de 228km de extensão, separando os territórios da Indonésia e de Timor-Leste, na ilha de Timor. Tem dois trechos: o principal, e a linha que circunda Oecusse. História Foi inicialmente estabelecida em 1851, com alteração em 1859, como fronteira entre as possessões portuguesas e neerlandesas através da divisão dos reinos timorenses de Servião e Belos. Em 1904 foi assinada na Haia uma convenção luso-neerlandesa para descrição da fronteira, tendo sido feitas mais alterações Posteriormente, foi modificado por sentença arbitral de 1914. Após a independência de Timor-Leste, a fronteira foi regida por um acordo fronteiriço preliminar, que cobre cerca de 90% da extensão da fronteira terrestre, assinado em 30 de junho de 2004 pelos ministros dos assuntos externos Hassan Wirajuda (da Indonésia) e José Ramos-Horta (de Timor-Leste). Um acordo assinado em setembro de 2006 abrangia como trechos de concordância 97% da extensão da fronteira. Em outubro de 2007, um acordo final não estava ainda concluído. Em finais de 2008 os ministros dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, e da Indonésia, Hassan Wirajuda, anunciaram em Jacarta a assinatura de um acordo fronteiriço entre os dois países até Janeiro de 2009. Segundo o despacho da agência noticiosa Lusa, A Indonésia reconhece, no sub-distrito de Passabe (sul de Oecusse), num terreno onde há hortas de camponeses indonésios, um pedaço de território com soberania de Timor-Leste, mas que desde 1962 está ocupado por agricultores indonésios. Uma situação semelhante acontece com o ilhéu de Fatu Sinai, território da Indonésia que é usado há várias gerações pelos timorenses de Oecussi para a realização de cerimónias tradicionais. |
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TRAJES TÍPICOS |
Devido à grande quantidade de bananas no país, o seriado Bananas de Pijamas é muito famoso na infância timorense, e portanto pijamas se tornaram a indumentária mais típica do Timor-Leste. Após a independência, Xanana "de Pijamas" Gusmão declarou o pijama como a roupa tradicional timorense para ser o vestido nacional da nova nação. Ele pessoalmente vestiu o mesmo pijama durante os 25 anos de guerra contra o exército indonésio. Pijama é uma coisa que algumas pessoas usam para dormir, outras já preferem usar aquela camiseta que alguém quer fazer de pano de chão, ou dormir de cueca, espantando todo mundo, quando levanta pra ir no banheiro, tipo o seu tio engraçadão ou o teu pai. Tipos As pijamas (ou os pijamas se você for de Portugal), são variadíssimas, e algumas são bem ridículas, nesse caso melhor dormir peladão mesmo, os pernilongos vão adorar no verão, essa sua bunda branca bem disposta e felizona pra cima pra eles se banquetearem, podendo surgir até aquele pernilongo mutante da dengue, ainda mais com esses anti-insetos que funcionam com cem por cento de eficássia... mas as pijamas improvisadas, aquelas mesmo que sua mãe quer fazer de pano de chão e você não deixa, isso se chama pijama improvisada, mas alguns dizem que aquilo mesmo sendo usado para dormir não é pijama, continua sendo apenas roupa velha, em geral essa pijama improvisada é bermuda e camiseta toda esticada e até furada. Para não aturar chacota de irmão, irmã, primo e até do seu tio engraçadão, você deve evitar... simplesmente não ligando para nada disso e continuando a usar aquele trapo, ele é seu e ninguém tem nada com isso. Lembre-se que o que importa é o recheio... em seu caso combina com a roupa, mas não vem ao caso. Além disso, pijamas também ficam velhos e, também ficam pequenos e, não adianta você esticá-lo para que fique do seu tamanho porque só vai piorar o aspecto... embora dê certo :D ...mas, se você quiser usar pijama as opções são muitas, desde pijama de biba, como motivinhos de pokebola, ou até sexy no jutsu, ou até pijama de homem, em geral é um calção e uma camiseta, mas como aspecto diferente, em geral é o tecido e as cores que dão diferença... também não sou estilista, nem costureiro para saber de que tipo de tecido é feito... também não sou tecelão, que fique claro... não precisa dizer que eu não sou porra nenhuma. As pijamas de criança até se pode tolerar algumas coisas ridículas do tipo coraçõezinhos não só para meninas e florezinhas, mas conforme vai crescendo as coisas acabam por ficar sinistras... daí ou assume e passa para a fase dois, que é camisolinha e baby doll (se escrevi errado, favor corrigir... se não quiser também que se f...). Já crescendo as mulheres passam a usar coisas mais interessantes, na pior das ipóteses uma camisola comprida, mas elas ficam bem sim, de pijaminha apo´s crescidas, desde que mais feminino do que o dos caras. Já se for aquele sapatão que consegue até bater em mim e em você daí já muda tudo. Festa do pijama Não sei quem inventou isso, mas para alguns é coisa de retardado, para outros é legal, outros não ligam muito, mas podem gostar dependendo do pijama que as gurias usarem. Não opino muito, minha religiões não permite participar dessas coisas, mesmo que forem inocentes, e eu nunca deixo de obedecer meus pais e minnha nobre religião. A ideia dessas festas é fazer todo mundo se tornar irmãozão e ficar brincando de cabaninha com o edredon, ou coisas assim, deve sair algo menos retardado do que isso, mas em geral se os pais do anfitrião ou anfitriã estiverem em casa, não se pode fazer muita coisa além de cada um pegar o ursinho e na maior esquizofrenia, fazer voz falseteada e ficar brincando de pelúcia animada. Nesse ponto há ursos, macaquinhos, vaquinhas Parmalat golfinhos, cachorrinhos, gatinhos... de pano invadindo a festa do pijama. Não se pode levar uma coisa dessas, mesmo em festa pijama. Esses bichos ficam mais tagarelas do que seus donos, é isso mesmo seus donos, porque acredite, tem cara que com mais de dez anos faz isso, não são só as gurias. Por sinal, se a festa for de um sexo só, deve ser apenas de gurias, porque pelo amor dos céus, quem vai se reunir de pijaminha e Ursinho Bilu com um bando de marmanjos, sem mulé nenhuma para ficarem se abraçando embaixo de leçouzinho do Homem Aranha? Se quiser vá você nessas condições eu não participo disso. Tà, coisa de amigão, mas memso que o amigão não seja aquela fruta singela, ainda continua sendo ridículo, imagine aquele emo com uma pijaminha cheia de coraçõezinhos escrito eu amo todo mundo. Não, definitivamente, se quiser pode ir, eu fico aqui sossegado dormindo com alguma gostosa. |
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MINERAÇÃO |
Gás Natural e Petróleo. |
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ESPORTES |
O futebol, também referido como futebol de campo, futebol de onze e, controversamente, futebol associado (em inglês: association football, football, soccer), é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo ou gol. A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora. O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da The Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Federação Internacional de Futebol (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos. |
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LEMA |
Unidade, Ação e Progresso |
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FORÇAS ARMADAS |
As Forças de Defesa de Timor-Leste (em tétum: Forças Defesa Timor-Lorosae ou F-FDTL) são as responsáveis pela defesa de Timor-Leste. As F-FDTL foram criadas em 2 de Fevereiro de 2001 e são atualmente compostas por dois batalhões de infantaria e um pequeno contingente naval, além de algumas unidades de apoio. Origens As Forças de Defesa de Timor-Leste têm as suas origens na extinção em 1 de fevereiro de 2001 das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) e a incorporação total de sua estrutura em 2 de fevereiro de 2001 para formar a F-FDTL. Em 2001 o recrutamento foi aberto a todos os timorenses com idade acima de dezoito anos, incluindo-se as mulheres. Entretanto poucas mulheres alistaram-se na F-FDTL, e em fevereiro de 2010 apenas sete por cento do efetivo era composto pelo sexo feminino. Missão A principal missão das Forças de Defesa de Timor-Leste é a proteção de Timor-Leste contra ameaças externas. A F-FDTL também tem função de segurança interna, sobrepondo-se à função atribuída à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Essa sobreposição já levou a tensões entre as corporações. Crise de 2006 Em 2006 quase a metade da força foi demitida na sequência de protestos sobre discriminação e condições precárias. A crise surgiu de uma disputa dentro do exército, quando soldados do oeste do país reclamaram de que estavam sendo discriminados em favor de soldados do leste. Os do leste (em tétum, Lorosae) compunham a maior parte da Falintil, o movimento de guerrilha que resistiu à autoridade indonésia, e que, em troca, após a independência em 2002, passou a formar a maioria da FDTL. Em contraste, os “Loromonu” (palavra em tétum que significa “ocidentais”) tiveram menos destaque na resistência, e foram menos favorecidos estrutura militar. Também houve tensões entre as forças militares e a polícia, composta principalmente de “Loromonu” e até mesmo por ex-membros do exército indonésio. Em 8 de fevereiro de 2006 quatrocentos soldados abandonaram seus acampamentos, acompanhados por outros cento e setenta e sete em 25 de fevereiro. Os soldados receberam ordens de retornar em março, porém se recusaram e ficaram sem receber pagamento. Posteriormente esses militares receberam a adesão de alguns membros da polícia militar, inicialmente liderados pelo tenente Gastão Salsinha. Os rebeldes foram todos demitidos, contribuindo para o colapso geral da F-FDTL, e forçando o governo a pedir tropas estrangeiras para restaurar a segurança. Estrutura As Forças de Defesa são compostas pelo exército, um componente naval e unidades de apoio. O exército possui dois batalhões de infantaria. As unidades de apoio incluem uma companhia de comando da F-FDTL, uma companhia de apoio logístico, uma companhia de comunicações e uma companhia de polícia militar. Timor-Leste não possui força aérea. Exército As forças terrestres são compostas de dois batalhões de infantaria leve, cada um com um efetivo aproximado de seiscentos militares. Essas unidades receberam treinamento de Portugal e Austrália. Cada batalhão possui três companhias de combate, uma companhia de apoio e uma companhia de comando. Embora o efetivo seja pequeno, a longa experiência do FALINTIL em guerra de guerrilhas contra os indonésios, é motivo suficiente para dissuadir possíveis invasores externos. O 1º batalhão está baseado em Baucau, com abrangência sobre a região litorânea de Laga. O 2.º batalhão está estacionado no Centro de Formação Nicolau Lobato, proximidades de Metinaro. Inicialmente o exército estava basicamente armado com armamento leve: fuzis/espingardas M16 (aproximadamente 1500), lançadores de granadas M203 (setenta e cinco), metralhadoras FN Minimi (setenta e cinco), além de fuzis/espingardas de tiro de precisão (cinquenta) e pistolas Colt M1911. Polícia Militar Há ainda uma companhia de polícia militar que também executa o policiamento tradicional. Em maio de 2006, sob o comando do major Alfredo Reinado, um ex-comandante da guerrilha, a PM entrou em confronto com o exército. Em 16 de agosto de 2007 foi então nomeado o tenente Abel Ximenes em substituição como o novo comandante da polícia militar. A Polícia Militar é também responsável, desde fevereiro de 2007, pela segurança presidencial, e quando o presidente José Ramos-Horta foi baleado e gravemente ferido, em 11 de fevereiro de 2008, dois dos terroristas foram mortos e um policial militar foi gravemente ferido. Contingente Naval O contingente naval da embrionária Marinha de Guerra de Timor-Leste se iniciou com trinta e seis integrantes. Suas primeiras embarcações foram duas lanchas de patrulha, Classe Albatroz, armadas com um canhão automático Oerlikon 20 mm e duas metralhadoras 12.7mm (.50"), as quais recebeu da Marinha Portuguesa em dezembro de 2001. Essas embarcações foram batizadas como Oecusse e Ataúro e passaram a fazer parte da Base Naval de Hera, nas proximidades de Díli. A guarnição foi treinada por Portugal em Metinaro (Timor-Leste), e os barcos revisados na Indonésia, que em 2009 concordou em apoiar, com treinamento e equipamento, a Marinha do Timor-Leste. Em outubro de 2009 o Timor-Leste adquiriu duas canhoneiras, Classe Shanghai III, Type 062 I, da República Popular da China. Os novos barcos foram entregues em Junho de 2010, batizados em novembro como Jaco (P211) e Betano (P212), constituindo-se na Classe Jaco. A Base Naval de Hera foi expandida e uma segunda base está sendo planejada na costa sul, possivelmente em Betano. Hierarquia A classificação hierárquica das F-FDTL são semelhantes às classificações hierárquicas das Forças Armadas de Portugal.
As Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) foram, a princípio da luta de libertação de Timor-Leste, o braço armado da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, a FRETILIN. Em 1988 deixou de ser a ala armada do partido, passando a ser uma força de defesa do Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT). Com a independência do país as FALINTIL foram integradas nas Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL). Histórico Criadas oficialmente em 20 de agosto de 1975, as FALINTL surgiu a princípio como o braço armado da FRETILIN na luta contra seus dois partidos políticos rivais, a União Democrática Timorense (UDT) e a Associação Popular Democrática Timorense (APODETI), pelo controle do país no processo de descolonização em curso. Responsáveis por desmobilizar e assistir a saída das tropas portuguesas de Timor, proclamaram, junto com a FRETILIN, a independência de Timor-Leste a 28 de novembro de 1975; os equipamentos militares portugueses foram confiscados pelas FALINTIL. Na época da invasão indonésia de Timor-Leste, 7 de dezembro de 1975, as FALINTIL consistiam de 2.500 tropas regulares, 7.000 com treinamento militar português, 10.000 que tinha frequentado cursos curtos de instrução militar, além de outras forças somadas, num total de aproximadamente 30.000 combatentes. Seu primeiro comandante foi Nicolau dos Reis Lobato. Lobato foi morto durante uma batalha com as Forças Armadas da Indonésia em 31 de dezembro de 1978. Com sua morte, Xanana Gusmão foi eleito como seu substituto durante uma conferência nacional secreta em Lacluta, Viqueque, em 1981. Esta reunião também serviu para a formação do Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT), que foi o primeiro passo dado para unir os diversos movimentos e facções de resistência sob uma organização guarda-chuva. Anos de guerrilha Ao longo da década de 1980, Gusmão, liderava concomitantemente as FALINTIL, a CNRT e a FRETILIN; nesse ínterim, ele iniciou as negociações para a conversão das FALINTIL em um braço armado não-partidário, vinculado ao movimento unificado de resistência. Em 12 de maio de 1983 Gusmão proclamou a convergência de todos os nacionalistas na luta contra a ocupação indonésia, e, em abril 1984, tornou público que a partir daquele momento o CNRT estava independente ideologicamente do partido FRETILIN, começando também a reestruturar a resistência armada do movimento[4]. Na primeira semana de junho de 1986, os combatentes das FALINTIL atacaram uma unidade de engenharia do Exército indonésio, matando 16 soldados. Em 31 de Agosto de 1983, o exército indonésio iniciou uma grande mobilização militar em torno de Viqueque, a cerca de 150 quilômetros de Dili, onde se concentrou o maior foco de resistência da guerrilha timorense. A Embaixada da Indonésia em Canberra, disse que cerca de 3.200 soldados em quatro batalhões, incluindo forças especiais, foram desdobrados com tanques e aviões de transporte de tropas. Em 5 de maio de 1985 Gusmão enviou ao Comitê Central da FRETILIN, que operava no exílio, uma mensagem informando-os sobre a estrutura do CNRT, assumindo o título de "Comandante em Chefe das FALINTIL". Avanços significativos na unificação do movimento de resistência ocorreram em março de 1986, quando a FRETILIN e a UDT concordaram com a criação da "convergência nacionalista". As FALINTIL, no entanto, continuaram a atacar as tropas indonésias; Jacarta posteriormente admitiu baixas de 20 a 35 soldados em uma emboscada das FALINTIL em Junho de 1986. Em 20 de Junho de 1988 a Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste (RENETIL) foi criada na Indonésia, reportando-se diretamente as FALINTIL e seu Comandante em Chefe Xanana Gusmão. Em 31 de dezembro de 1988 Gusmão anunciou que as FALINTIL agora era o braço de resistência armada não-partidária do movimento de resistência unificado. Entre os dias 23 e 28 de Maio de 1990, o CNRT realizou uma reunião extraordinária para efeitos de reestruturação de todo o movimento de resistência. Foi durante essa conferência que Gusmão entregou suas funções na diretiva do partido FRETILIN, permanecendo como comandante em chefe das FALINTIL e presidente do CNRT. A mesma reunião lançou a Frente Clandestina, afastando as FALINTIL da resistência armada, pondo-a como ente de defesa dos interesses timorenses, numa clara direção de que as FALINTIL deveriam futuramente formar as forças armadas regulares de um Timor independente. A formação da Frente Clandestina deveriam organizar e treinar a população contra as forças indonésias. Tais decisões levaram à um recrudescimento da situação, com o aumento da repressão contra a resistência unificada, levando muitos líderes a fugir para as montanhas ou partirem para o exílio no exterior; a consequência mais drástica foi a prisão de Xanana Gusmão em 20 de Novembro de 1992. Ma'Huno, membro da comissão diretiva da FRETILIN tornou-se o líder da resistência até ser preso em 5 de Abril de 1993. Nino Konis Santana substituiu a Ma'Huno na liderança do CNRT em 25 de Abril de 1993, e em setembro de todas as facções da resistência dão uma moção de confiança a Santana como líder global do movimento. Taur Matan Ruak foi nomeado comandante das FALINTIL. Sob a liderança de Santana e Ruak, a reestruturação iniciada por Gusmão foi reforçada sob a égide do CNRT, com Sabalae assumindo a Frente Clandestina. Ao longo da década de 1990, as forças de ocupação indonésias intensificaram suas ações contra a resistência e, aliado a isso, as divergências entre as facções armadas, a FRETILIN e outras organizações de resistência, atormentaram o CNRT, e abalaram a liderança de Santana. Sabalae, líder da Frente Clandestina, desapareceu em junho de 1995. Gusmão permaneceu como líder supremo do CNRT e Comandante em Chefe das FALINTIL, apesar de estar encarcerado em uma prisão indonésia. Em 31 de Maio de 1997, os guerrilheiros timorenses mataram 16 policiais e 1 soldado numa emboscada perto da aldeia de Abafala. Em 1998, Santana morreu em um acidente e o comandante das FALINTIL, Taur Matan Ruak, foi eleito como líder da "luta", ao mesmo tempo, permanecendo comandante operacional das FALINTIL. Em Abril de 1998 durante a Convenção Nacional dos Timorenses Residentes no Exterior, realizada em Portugal, o Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT) e as FALINTIL foram ratificados como instrumentos de luta contra a ocupação indonésia. Durante o processo de independência As mudanças no governo da Indonésia, juntamente com a crescente pressão internacional, viu o presidente indonésio Jusuf Habibie anunciar um referendo sobre a autonomia de Timor-Leste. Os indonésios também anunciaram que se a autonomia fosse rejeitada, que abriria uma porta para a independência. Os militares indonésios e as milícias armadas pró-Indonésia para "incentivaram" a população a votar a favor da autonomia. Em 10 de Agosto de 1999, Gusmão ordenou às FALINTIL que permanecesse nos acantonamentos e resistisse a todas as provocações dos militares indonésios e das milícias armadas, e não se envolvesse na agitação civil orquestrada pelos militares indonésios. As ordens foram cumpridas pelas FALINTIL, com seus combatentes permanecendo em seus acampamentos secretos durante o processo de referendo. Em 30 de agosto, a votação no referendo ocorreu com 98% dos eleitores registrados. Em 4 de setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que 78,5% votaram contra a autonomia, iniciando o processo de independência. No dia seguinte, 5 de setembro, os militares indonésios e as milícias pró-autonomia, em resposta ao referendo, começaram uma campanha massiva de saques e violência contra o povo timorense. Gusmão e a direção do CNRT sustentaram que as FALINTIL deveriam resistir ao desejo de unir-se à luta e permanecer nos seus acantonamentos. Em 20 de Setembro, a ONU, por meio da Força Internacional para Timor-Leste (INTERFET), liderada pelo exército australiano, desembarcou em Timor Leste para combater as atividades das milícias armadas e tentar restaurar a paz. Um dos mandatos da INTERFET era desarmar todas as várias facções em Timor-Leste, incluindo FALINTIL. Sob o conselho do recém-libertado Xanana Gusmão, a INTERFET e a ONU permitiram que as FALINTIL continuasse armada, mas em seus acantonamentos, até que a paz fosse restaurada, quando eles entregariam a segurança da ilha em sua responsabilidade. O último comandante em chefe das FALINTIL foi Taur Matan Ruak. Integração às forças armadas Em 1 de fevereiro de 2001 as FALINTIL foi dissolvida em uma cerimônia simbólica, pois o ato seguinte, em 2 de fevereiro, foi a conversão de seu aparato militar em Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), com o dever sob a constituição de Leste Timor de "garantir a independência da nação, sua integridade territorial e a liberdade e segurança das populações contra as agressões, que não respeitam a ordem constitucional". Taur Matan Ruak se tornou o primeiro comandantes das F-FDTL e assumiu o posto de General de Brigada. O dia 20 de agosto é comemorado como o "Dia das FALINTIL" |