GEOGRAFIA PURA

PAÍS

Afeganistão

SIGNIFICADO DO NOME

O nome Afeganistão (em persa: افغانستان, [avɣɒnestɒn]) significa "Terra dos Afegãos", que se origina a partir do etnônimo "Afegão". Historicamente, o nome "Afegão" designa as pessoas pachtuns, o maior grupo étnico do Afeganistão. Este nome é mencionado na forma de Abgan no 3º século dC pelos Sassanianos e como Avagana(afghana) no 6º século dC pelo astrônomo indiano Varahimira. Um povo chamado de Afegãos é mencionado várias vezes no 10º século no livro de geografia Hudud al-'alam, principalmente quando faz-se referência a uma vila: "Saul, uma agradável vila nas montanhas. Onde vivem os Afegãos.

Al-Biruni faz referência no século XI a várias tribos nas montanhas da fronteira ocidental do Rio Indo, conhecidas como Montanhas Sulaiman. Ibn Battuta, um famoso estudioso marroquino que visitou a região em 1333, escreve: "Nós viajamos para Cabul, antigamente uma grande cidade, o lugar agora é habitado por uma tribo de persas chamados afegãos. Eles vivem nas montanhas e desfiladeiros e possuem considerável força, e são muitas vezes salteadores. Sua principal montanha é chamada de Kuh Sulaiman."

A última parte do nome, -istão é um sufixo persa para "lugar", proeminente em muitas línguas da região. O nome "Afeganistão" é descrito no século XVI pelo imperador mogol Babur em suas memórias e também pelo estudioso persa Firishta e os descendentes de Babur, referindo-se a tradicional étnica afegã (pachtum) territórios entre as montanhas de Indocuche e o Rio Indo. No início do século XIX, Políticos afegãos decidiram por adotar o nome Afeganistão para todo o Império Afegão após sua tradução para o inglês já havia aparecido em diversos tratados com o Império Qajar e a Índia Britânica. Em 1857, na análise de John William Kaye The Afghan Warm Friedrich Engels descreve o "Afeganistão"

CONTINENTE

Ásia

BANDEIRA

SINIFICADO DA BANDEIRA

O maior símbolo de representação do Afeganistão é dividido verticalmente por três espaços iguais, mas com cores diferentes. Do lado esquerdo encontra-se o preto, representado o passo negro do país. No centro tem-se o vermelho, core que simboliza todas as lutas e vitórias da população da nação. E, por fim, do lado direito, encontra-se a cor verde, uma forma de exprimir o fundamentalismo islâmico, conceito religioso predominante no Afeganistão, comportando 98% da população.

Além das cores e suas representatividades, a bandeira desta nação conta com o brasão de armas centralizado na faixa vermelha. No ano de 2002, com a Administração Transitória Afegã o brasão contava com essa frase “دا افغانستان اسلامی دولت” que queria dizer “Estado Islâmico do Afeganistão”. Em 2004, com a última alteração na época da República Islâmica do Afeganistão, esse texto foi substituído para simplesmente “افغانستان”, traduzindo para o português “Afeganistão”.

As cores continuam com o mesmo significado que antes e o brasão também possui a mesma cor que o anterior. Como já foi mencionado anteriormente, as duas adaptações foram com relação a frase e o tamanho da bandeira, que possuía uma proporção de 1:2 e agora é de 2:3.

MAPA

BRASÃO

O Brasão de armas do Afeganistão tem aparecido de alguma forma sobre a Bandeira do Afeganistão desde o início da nação. A mais notável ausência foi durante a década de 1980 quando um regime comunista dominou o país, e nos finais dos anos 1990, durante o Estado do Talibã.

A mais recente alteração do brasão de armas foi a inserção da inscrição das shahada em árabe no topo do mesmo. Abaixo, está uma imagem de uma mesquita com um Mihrab que se confronta com um local de oração em Meca. Anexa à mesquita estão duas bandeiras, tomadas de posição das bandeiras do Afeganistão. Abaixo da mesquita encontra-se uma inscrição que indica o nome da nação. Em torno da mesquita está uma grinalda vegetal.

HINO

دا وطن افغانستان دى

دا عزت د هر افغان دى

كور د سولې، كور د تورې

هر بچى يې قهرمان دى

دا وطن د ټولو كور دى

د بلوڅو، د ازبكو

پــښــتــنو او هزاراو

د تركمنو، د تاجكو

ور سره عرب، ګوجر دي

پاميريان، نورستانيان

براهوي دي، قزلباش دي

هم ايماق، هم پشايان

دا هيواد به تل ځلېږي

لكه لمر پر شنه آسمان

په سينې كې د آسيا به

لكه زړه وي جاويدان

نوم د حق مو دى رهبر

وايو الله اكبر

وايو الله اكبر

وايو الله اكبر


Dā waṭan Afġānistān dai

dā ʽizat də har Afġān dai

Kor də sule, kor də ture

Har bačai ye qahramān dai

Dā waṭan də ttolo kor dai

Də Balotso, Də 'Uzbəko

Də Pax̌tano aw Hazārāo

Də Turkməno, də Tāǰəko

Wər sarāh ʽArəb, Guǰər dī

Pāmiryān, Nuristānyān

Brāhuwī dī, Qizilbāš dī

ham 'Aīmāq, ham Pašāyān

Dā hiwād bāh təl dzaleǵī

Ləkāh lmar pər šnə ʽāsmān

Pə sine ke də ʽĀsyā bāh

Ləkāh zrrəh wī ǰāwīdān

Num də ḥaq mo dai rahbar

Wāyu Allāhu Akbar

Wāyu Allāhu Akbar

Wāyu Allāhu Akbar

Esta terra é o Afeganistão

ela é o orgulho de cada afegão

terra de paz, terra de espadas

seus filhos são todos bravos

este é o país de cada povo

terra de Baluch, e Uzbeks

Pashtoon, e Hazaras

Turkman e Tajiks

com eles, árabes e Gojars

Pamirian, Nooristanian

Barahawi, e Qizilbash também

Aimaq e Pashaye

esta terra para brilhar para

sempre

como sol no céu azul no seio da Ásia

para remanescer porque o coração

para sempre nós seguiremos um deus, nós toda a palavra,

Allah é, nós todos dizemos, Allah é grande, é grande.




SIGNIFICADO DO HINO

"Milli Surood" (em  persa: ملي تـﺮانه, que significa Hino nacional) é o hino nacional do Afeganistão, adoptado em 2006. De acordo com o artigo 20 da constituição do Afeganistão: "O hino nacional deverá ser em pachto e terá a menção "Alá é o maior", assim como os nomes das etnias do Afeganistão."

CAPITAL

Cabul

MOEDA

Afegane

ARQUIPÉLAGOS

O país não possui Arquipélagos.

CLIMA

Afeganistão apresenta um clima continental. O inverno é muito frio (até -40º) devido a que Afeganistão está principalmente localizado na altitude. O verão é cálido (de 35º a 40º) e seco, exceto nos terrenos mais elevados. O clima é muito mutável de um dia para outro, durante o outono e a primavera.

CONDADOS

O país não possui Condados.

DUCADOS

O país não possui Ducados.

ILHAS

O país não possui Ilhas.

PRINCIPADOS

O país não possui Principados.

FAUNA

A fauna mais característica é o dromedário e o camelo. As ovelhas caracu são famosas pela sua pele.

FLORA

Lilium candidum (nome popular Madonna Lily em inglês) é uma espécie de lírio.

A planta é nativa da Europa mediterrânea incluindo a Albânia, Grécia, Itália e Turquia, e da Ásia Ocidental, com ocorrências em Israel, Libano e Afeganistão.

Lilium oxypetalum é uma espécie de planta com flor, pertencente à família Liliaceae.

A planta é nativa da Cordilheira do Himalaia.

Outros nomes

Nomocharis oxypetala (D.Don) E.H.Wilson, Lilies East. Asia: 13. 1925.

Fritillaria oxypetala D.Don in J.F.Royle, Ill. Bot. Himal. Mts. 1: 388. 1840)

Lilium oxypetalum (D.Don) Baker, J. Linn. Soc., Bot. 14: 234. 1874.

Lilium oxypetalum var. insigne Sealy, Bot. Mag. 171: t. 274. 1956.

Lilium triceps Klotzsch, Bot. Ergebn. Reise Waldemar: 53. 1862.

RELEVO

Um país em um enclave montanhoso, com planícies a norte e sudoeste, o Afeganistão é descrito como sendo localizado no sul da Ásia ou na Ásia Central. Faz parte do Grande Oriente Médio no mundo islâmico, e fica entre as latitudes 29 N e 39 N e longitudes 60 E e 75 E. O ponto mais alto do país é Noshaq com 7.492 metros acima do nível do mar.

Apesar de ter numerosos rios e reservatórios, grande parte do país está seco. A bacia endorreica de Sistan é uma das regiões mais secas do mundo. Além da chuva habitual que cai no Afeganistão, o país recebe neve durante o inverno em Indocuche e nas Montanhas Pamir, e o derretimento dessa neve na primavera entra nos rios, lagos e riachos. No entanto dois terços da água do país flui para os países vizinhos do Irã, Paquistão e Turcomenistão. O estado necessita de mais de 2 bilhões de dólares para reabilitar os sistemas de irrigação, de modo que a água é gerida corretamente.

Ao nordeste da cordilheira de Indocuche e em torno da Província de Badakhshan existe uma área geologicamente ativa em que ocorrem fortes sismos quase todos os anos. Eles podem ser mortais e destrutivos, por vezes causando deslizamento de terra e no inverno avalanches. Os últimos fortes terremotos ocorreram em 1998, em Badakhshan perto do Tajiquistão, matando 6000 pessoas. Isto foi seguido pelos terremotos de 2002 em Indocuche, no qual mais de 150 pessoas morreram em vários países da região, e mais de 1000 ficaram feridos. O terremoto de 2010 deixou 11 afegãos mortos, mais de 70 feridos, e 2000 casas destruídas.

Os principais recursos naturais do país são: carvão mineral, cobre, minério de ferro, lítio, urânio, terra-rara, cromita, ouro, zinco, talco, barita, enxofre, chumbo, mármore, pedras preciosas e semi-preciosas, gás natural, petróleo, entre outras coisas. Em 2010 funcionários dos Estados Unidos e Afeganistão estimaram que os depósitos minerais inexplorados localizados em 2007 pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos valem entre US$900 bilhões e US$3 trilhões.

Tem 652.230 km², sendo então o 41° maior país do mundo, pouco maior que a França e menor que Myanmar. Faz fronteira com o Paquistão no sul e no leste, o Irã a oeste, Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão no norte, e a República Popular da China no extremo oriente.

HIDROGRAFIA

O Afeganistão não faz fronteira com nenhum oceano. Seus principais rios são: Amu Dária, Cabul, Hari e Helmand.

SUBDIVISÕES

Região Cardeal

Região Colateral

Província

Distrito

Norte do Afeganistão

Nordeste do Afeganistão

Província de Badakhshan

Arghanj Khwa, Argo, Baharak, Darayim, Darwaz, Darwazi Bala, Fayzabad, Ishkashim, Jurm, Khash, Khwahan, Kishim, Kohistan, Kuf Ab, Kuran Wa Munjan, Ragh, Shahri Buzurg, Shighnan, Shiki, Shuhada, Tagab, Tishkan, Wakhan, Wurduj, Yaftali Sufla, Yamgan, Yawan e Zebak.

Província de Baghlan

Andarab, Baghlan, Baghlani Jadid, Burka, Dahana i Ghuri, Dih Salah, Dushi, Farang wa Gharu, Guzargahi Nur, Khinjan, Khost wa Fereng, Khwaja Hijran, Nahrin, Puli Hisar, Puli Khumri e Tala Wa Barfak.

Província de Kunduz

Ali Abad, Archi, Chahar Dara, Imam Sahib, Khan Abad, Kunduz e Qalay-I-Zal.

Província de Takhar

Baharak, Bangi, Chah Ab, Chal, Darqad, Dashti Qala, Farkhar, Hazar Sumuch, Ishkamish, Kalafgan, Khwaja Baha Wuddin, Khwaja Ghar, Namak Ab, Rustaq, Taluqan, Warsaj e Yangi Qala.

Noroeste do Afeganistão

Província de Balkh

Balkh, Chahar Bolak, Chahar Kint, Chimtal, Dawlatabad, Dihdadi, Kaldar, Khulmi, Kishindih, Marmul, Mazar-e Sharif, Nahri Shahi, Sholgara, Shortepa e Zari.

Província de Faryab

Almar, Andkhoy, Bilchiragh, Dawlat Abad, Gurziwan, Khani Chahar Bagh, Khwaja Sabz Posh, Kohistan, Maymana, Pashtun Kot, Qaramqol, Qaysar, Qurghan e Shirin Tagab.

Província de Jowzjan

Aqcha, Darzab, Fayzabad, Khamyab, Khaniqa, Khwaja Du Koh, Mardyan, Mingajik, Qarqin, Qush Tepa e Shibirghan.

Província de Samangan

Aybak, Dara-I-Sufi Balla, Dara-I-Sufi Payan, Feroz Nakhchir, Hazrati Sultan, Khuram Wa Sarbagh e Ruyi Du Ab.

Província de Sar-e Pol

Balkhab, Gosfandi, Kohistanat, Sangcharak, Sari Pul, Sayyad e Sozma Qala.

Centro do Afeganistão

Leste do Afeganistão

Província de Kunar

Asadabad, Bar Kunar, Chapa Dara, Chawkay, Dangam, Dara-I-Pech, Ghaziabad, Khas Kunar, Marawara, Narang Wa Badil, Nari, Nurgal, Shaygal Wa Shiltan, Sirkanay e Wata Pur.

Província de Laghman

Alingar, Alishing, Dawlat Shah, Mihtarlam e Qarghayi.

Província de Nangarhar

Achin, Bati Kot, Bihsud, Chaparhar, Dara-I-Nur, Dih Bala, Dur Baba, Goshta, Hisarak, Jalalabad, Kama, Khogyani, Kot, Kuz Kunar, Lal Pur, Muhmand Dara, Nazyan, Pachir Wa Agam, Rodat, Sherzad, Shinwar e Surkh Rod.

Província de Nuristão

Bargi Matal, Du Ab, Kamdesh, Mandol, Nurgaram, Paroon, Wama e Waygal.

Centro do Afeganistão

Província de Cabul

Bagrami, Chahar Asyab, Deh Sabz, Farza, Guldara, Istalif, Kabul, Kalakan, Khaki Jabbar, Mir Bacha Kot, Mussahi, Paghman, Qarabagh, Shakardara e Surobi.

Província de Kapisa

Alasay, Hesa Awal Kohistan, Hesa Duwum Kohistan, Koh Band, Mahmud Raqi, Nijrab e Tagab.

Província de Logar

Azra, Baraki Barak, Charkh, Kharwar, Khoshi, Mohammad Agha e Pul-i-Alam.

Província de Panjshir

Anaba, Bazarak, Darah, Khenj, Paryan, Rokha e Shotul.

Província de Parwan

Bagram, Chaharikar, Ghorband, Jabal Saraj, Kohi Safi, Salang, Sayed Khel, Shekh Ali, Shinwari e Surkhi Parsa.

Província de Wardak

Chaki Wardak, Day Mirdad, Hisa-I-Awali Bihsud, Jaghatu, Jalrez, Markazi Bihsud, Maydan Shahr, Nirkh e Saydabad.

Oeste do Afeganistão

Província de Badghis

Ab Kamari, Ghormach, Jawand, Muqur, Murghab, Qadis e Qala-I-Naw.

Província de Bamiyan

Bamiyan, Kahmard, Panjab, Sayghan, Shibar, Waras e Yakawlang.

Província de Farah

Anar Dara, Bakwa, Bala Buluk, Farah, Gulistan, Khaki Safed, Lash wa Juwayn, Pur Chaman, Pusht Rod, Qala i Kah e Shib Koh.

Província de Ghor

Chaghcharan, Charsada, Dawlat Yar, Du Layna, Lal Wa Sarjangal, Pasaband, Saghar, Shahrak, Taywara e Tulak.

Província de Herat

Adraskan, Chishti Sharif, Farsi, Ghoryan, Gulran, Hirat, Injil, Karukh, Kohsan, Kushk, Kushki Kuhna, Obe, Pashtun Zarghun, Shindand e Zinda Jan.

Sul do Afeganistão

Sudeste do Afeganistão

Província de Ghazni

Ab Band, Ajristan, Andar, Dih Yak, Gelan, Ghazni City, Giro, Jeghatoo (Waeez Shahid), Jaghuri, Khugiani, Khwaja Umari, Malistan, Muqur, Nawa, Nawur, Qarabagh, Rashidan, Waghaz e Zana Khan.

Província de Khost

Bak, Gurbuz, Jaji Maydan, Khost (Matun), Mando Zayi, Musa Khel, Nadir Shah Kot, Qalandar, Sabari, Shamal, Spera, Tani e Tere Zayi.

Província de Paktia

Ahmadabad, Chamkani, Dand Wa Patan, Gardez, Jaji, Jani Khel, Lazha Ahmad Khel, Sayed Karam, Shwak, Wuza Zadran e Zurmat.

Província de Paktika

Barmal, Dila, Gayan, Gomal, Jani Khel, Mata Khan, Nika, Omna, Sar Hawza, Sarobi, Sharan, Terwa, Urgun, Waza Khwa, Wor Mamay, Yahya Khel, Yosuf Khel, Zarghun Shahr e Ziruk.

Sudoeste do Afeganistão

Província de Daykundi

Gizab, Ishtarlay, Kajran, Khadir, Kiti, Miramor, Nili, Sangtakht e Shahristan.

Província de Helmand

Baghran, Dishu, Garmsir, Gerishk, Kajaki, Khanashin, Lashkargah, Musa Qala, Nad Ali, Nawa-I-Barakzayi, Nawzad, Sangin e Washir.

Província de Candaar

Arghandab, Arghistan, Daman, Ghorak, Candaar, Khakrez, Maruf, Maywand, Miyan Nasheen, Naish, Reg, Shah Wali Kot, Shorabak, Spin Boldak e Zhari.

Província de Nimruz

Chahar Burjak, Chakhansur, Kang, Khash Rod e Zaranj.

Província de Oruzgan

Chora, Deh Rahwod, Khas Uruzgan, Shahidi Hassas e Tarin Kowt.

Província de Zabol

Argahandab, Atghar, Daychopan, Kakar, Mizan, Naw Bahar, Qalat, Shahjoy, Shamulzayi, Shinkay e Tarnak Wa Jaldak.



VEGETAÇÃO

A vegetação do Afeganistão ao norte é bem mais rica do que ao sul. As florestas de cedro, pinho e outras coníferas encontram-se entre 1.830 e 3.660m de altitude. Nas altitudes médias, encontram-se arbustos e árvores, tais como a aveleira e a pistácia. Nas altitudes abaixo dos 900m e nos desertos ao sul, a vegetação é bastante escassa.

IDIOMAS

Existem duas línguas oficiais - dari e pashto - falados pela maioria da população, embora haja muitas outras línguas faladas regionalmente. Dari é falado por cerca de metade da população do Afeganistão, enquanto o Pushto tem mais de 9 milhões de falantes. As maiores cidades são Pushto como Kandahar e Cabul, a capital. Pushto idioma foi reconhecido em 1936 como uma língua oficial, por ordem régia. No norte, as línguas do Tajiquistão, o Usbequistão e o Turquemenistão são amplamente utilizadas. Existem também mais de 70 pequenas línguas, entre elas o hazarayí. Língua Dari, Língua Pachto, Língua Tadjique.

CULINÁRIA

A Culinária do Afeganistão o resultado da fusão de diferentes culturas, principalmente da Ásia Central, Irã e Índia. O arroz é servido em muitas refeições, em preparações muito especiais, e também é a base de algumas sobremesas; o "qabili palau", um tipo de pilaf, é considerado o "prato nacional" do Afeganistão. No entanto, o trigo, a carne, principalmente de borrego, e os vegetais, incluindo muitas frutas e especiarias, estão também na base da alimentação afegã.

O pão é normalmente feito com massa de trigo não levedada e é preparado em três formas principais: "naan", fino e oval, "obi naan", mais semelhante ao pão do norte da Índia e Paquistão, e lavash, um crepe fino típico de muitos países da região.

A carne é grelhada como "kabab" (espetadas) ou "kofta" (almôndegas) e servida com pão, ou então cozinhada na forma de "qorma", um guisado que acompanha, ou serve de base a vários pratos de arroz. No entanto, os "qorma" podem ser vegetarianos ou doces.

As "shorma" são sopas muito populares no Afeganistão, normalmente preparadas cozendo vários tipos de vegetais e carnes. Os "khameerbob" são o equivalente às massas alimentícias no Afeganistão; uma das formas é o "mantu", uma espécie de pelmeni, outra é o "ashak", um prato típico de Kabul.

As frutas e nozes do Afeganistão são famosas, produzindo uvas, damascos, romãs, melões, ameixas e outras. Os melões de Mazar-e-Sharif, as laranjas de Jalalabad e as uvas e romãs de Candaar são especialmente conhecidas. As nozes, amêndoas, pistácios e pinhões são também muito populares.

A bebida principal do Afeganistão é o chá, embora também se produzam e sejam populares várias bebidas derivadas do leite, além dos refrigerantes.

O arroz na culinária afegã

O arroz é tipicamente cozido no forno, ao contrário do que acontece na China, ou na maioria dos países da região, onde o arroz é também considerado a base da alimentação.

Há duas formas principais de servir o arroz: o arroz branco ou "chalau", em que o arroz, preferencialmente do tipo "basmati", é primeiro demolhado, depois fervido durante algum tempo e, finalmente colocado no forno, geralmente com óleo ou manteiga e sal, para acabar de cozer. Este arroz é servido com "qormas" ou guisados. A outra forma de cozinhar o arroz é chamada "palau", uma preparação próxima do pilaf doutros países, em que o arroz é adicionado ao qorma e só então colocado no forno.

A variedade de palaus do Afeganistão pode ser avaliada pela lista abaixo.

Qabili palau (ou “kabuli palau”) - é considerado o "prato nacional" do Afeganistão e prepara-se cozendo arroz num caldo feito com carne de borrego, galinha ou vaca; o arroz é cozido no forno e servido com rodelas de cenoura fritas, passas de uva e nozes partidas;

Yakhni palau - preparado com um molho que torna o arroz castanho;

Zamarod palau - misturado com um "qorma" de espinafre ("zamarod" significa "esmeralda", referindo-se à cor do espinafre;

Qorma palau - preparado com Qorm'eh Albokhara wa Dalnakhod (caril de borrego com lentilhas e ameixas ácidas de Bokhara);

Bore palau - arroz amarelo, criado pela mistura com Qorm'eh Lawand (caril de galinha marinada com nozes ou caju e gengibre, cozinhada com açafrão, outros temperos e iogurte);

Bonjan-e-Roomi palau - arroz avermelhado, resultante do Qorm'eh Bonjan-e-Roomi, preparado com tomate;

Serkah palau - similar ao yakhni palao, mas com vinagre e outros condimentos;

Shebet palau - com folhas de funcho e passas de uva;

Narenj palau - preparado com um molho feito à base de galinha, com açafrão indiano, casca de laranja, pistácios e amêndoas;

Maash palau - um arroz vegetariano, cozinhado com feijão-mungo (pequenos feijões redondos e verdes), damascos e trigo-mourisco;

Alou Balou palau - preparado com galinha e cerejas.

Hábitos sociais no Afeganistão

A cada visita, por mais breve, é obrigatório sorver o chá preto com leite ou a infusão de erva doce importados do Sri Lanka. Se for hora da refeição, é imperdoável ofensa não se juntar aos moradores sentados num tapete ou esteira, ao redor de uma toalha sobre a qual se colocam as tigelas. Come-se com a mão e com a ajuda de pedaços de um pão (nan) no formato do sírio (porém maior e assado à lenha); a bebida é o shumlê, um leite ralo e azedo, muitas vezes servido numa única caneca grande, que passa de mão em mão.

Alguns pratos típicos: Bolaanee, Buraani Bonjon, Cilantro chutney, Dogh (bebida a base de Iogurte), Firnee, Khoujoor, Kishmish Panir (queijo com passas), Kofta Challow, Rote (pão doce afegão), Sabzi (Espinafre), Salaata (afegão salada) e Sheer yakh (sorvete afegao).

RELIGIÕES

Mais de 99% da população afegã é muçulmana. Cerca de 80 a 85% destes são seguidores do ramo sunita, e entre 15 a 20% são seguidores do ramo xiita, ramo do islamismo predominante entre os hazaras. Há, ainda, outros 3% de muçulmanos não confessionais. Até a década de 1890, a região em torno de Nuristão era conhecida como Cafiristão (terra dos cafires (incrédulos)), por causa de seus habitantes não-muçulmanos, o nuristanis, um povo etnicamente distinto cujas práticas religiosas incluíam o animismo, politeísmo e xamanismo. Há pequenas minorias de cristãos, budistas, parsis, sikhs e hindus.

POLÍTICA

A história política moderna do Afeganistão começa em 1709 com a ascensão dos Pachtuns (ou Pastós), quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar seguida por Ahmad Shah Durrani subindo ao poder em 1747. A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado tampão no grande jogo entre os impérios britânico e russo. Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em pouco desenvolvimento econômico. Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos.

TURISMO

O Afeganistão já foi um importante destino turístico durante os anos 60 quando hippies veraneavam pela região. Antes das invasões soviética, em 1979, e americana, em 2001, o país era famoso pela beleza de suas montanhas. Hoje, está na lista de um dos países mais perigosos do mundo e nenhum Estado recomenda viajar por ele.

Apesar dos problemas de segurança no país é possível visitá-lo, para isso é necessário uma autorização e também um aviso à Embaixada Brasileira, no entanto, é pouco recomendado viajar no Afeganistão nas circunstâncias atuais, por causa dos conflitos armados e dos sequestros de ocidentais.

O país é repleto de riquezas escondidas entre destroços da guerra, seu povo é acolhedor e existem inúmeros lugares de beleza natural e cultural para se conhecer, como lagos de águas azul turquesa, o país abriga ainda dois Patrimônios Mundiais da Unesco.

Mas não se engane com propostas de apenas lindos lugares, a capital Cabul, por exemplo, ainda possui marcas de balas por toda parte; poluição, lixo pelas ruas, ar seco. Mesmo após duas décadas de guerras, os moradores ainda sofrem com a pobreza e o desemprego. Lembre-se, um destino como o Afeganistão é sempre perigoso, por causa do risco de possíveis atentados, por isso, não é um lugar fácil para conhecer porque o perigo pode estar em qualquer lugar. As agências que trabalham com esse tipo de turismo, seguem todas as medidas de segurança, estando em contato com as autoridades locais para identificar os perigos com antecedência.

Sem dúvida o Afeganistão é o tipo de lugar que oferece experiências e lembranças insólitas.

ALERTA: Viajar ao Afeganistão é extremamente perigoso, e independente de viagens. O atual governo afegão tem pouco controle sobre grande parte do país. Embora algumas zonas de Cabul e o norte sejam mais calmos em relação a atividade do Talibã, o país é uma zona de guerra. Ameaças são imprevisíveis, por isso, a viagem deve ser meticulosamente planejada.

Baba Wali Santuário (Baba Wali Shrine): O santuário do Baba Wali, também conhecido como Baba Hasan é local de peregrinação, localizado no topo de uma colina, atrai devotos para prestar homenagem a este santo sufi.

Bagh-e Babur (Babur's Gardens): Os Jardins de Babur é um dos mais bonitos locais da capital. Esse parque histórico e de peregrinação em Cabul, e lugar de descanso do primeiro Mughal imperador Babur.

Bala Hissar: Bala Hissar é uma antiga fortaleza localizada na cidade de Cabul, no Afeganistão. Originalmente dividido em duas partes: a inferior contendo os estábulos, quartéis e três palácios reais, e a superior que abrigava a fortaleza superior (o forte real), o arsenal e o calabouço de Cabul. Bala Hissar foi o local de alguns dos mais sangrentos combates no Afeganistão durante o século 19, quando o país entrou em conflito com os ingleses (1838-1842) e a Segunda Guerra Anglo-Afegã (1878-1880).

Balkh: Balkh é uma das cidades mais antigas do mundo, embora uma parte da cidade esteja em ruína, há vários monumentos para visitar. A cidade é um pouco perigosa, pois grande parte da sua população é talibã.

Band-e Amir: Band-e-Amir é o primeiro e único Parque Nacional do Afeganistão e também Patrimônio Mundial da UNESCO. O parque consiste em série de seis lagos azuis interligados, situados no sopé do Hindu Kush, a segunda cordilheira mais alta do mundo, a 80 km da antiga cidade de Bamiyan. A cor azul profunda e intensa das águas dos lagos é devido à clareza do ar, a pureza da água e o alto conteúdo de minerais. Cercado por altas falésias calcárias cor de rosa e rico em dióxido de carbono o que faz com que a cor da água mude durante o dia, de acordo com a luz e o movimento da água, que move os minerais, alternando entre safira-escuro, turquesa e verde.

Budas de Bamiyan: Patrimônio Mundial da UNESCO, os Budas de Bamiyan foram escavados no século 5 nas montanhas de Bamiyan, um vilarejo bucólico localizado na antiga Rota da Seda, que ligava a China e a Índia. O patrimônio fica a 240km de Cabul. Em março de 2001 os Budas de Bamiyan foram destruídos por ordem do governo taliban com dinamite e bombardeio de tanques. As duas estátuas de Budas, medindo 55 e 38 metros de altura, são os maiores exemplares de Budas em pé esculpidos no mundo. Embora as figuras dos dois Budas gigantes estejam quase completamente destruídas, os seus contornos escavados em nichos na rocha e algumas feições são ainda reconhecíveis.

Cabul: Cabul é a capital do Afeganistão, está situado no centro do país e possui mais de 3.000 anos de história. A parte antiga abriga de bazares, o Museu Nacional do Afeganistão, algumas mesquitas e mausoléus.

Chilzina (The Forty Steps): Chilzina, também conhecido como os "Quarenta Passos de Kandahar", esculpido em um pico de montanha na fronteira ocidental, este monumento era um símbolo imponente gravado sobre a defesa natural formada por montanhas ocidentais de Kandahar.

Gazar Gah: Gazar Gah é um complexo santuário localizado a 5 km a leste de Herat. Este santuário é um dos locais mais sagrados do Afeganistão, dedicada ao famoso místico e poeta sufi, que morreu santo do século 11. Próximo a ele está o túmulo de Amir Dost Mohammad, um dos antigos reis do Afeganistão. O complexo abriga uma coluna de mármore de cinco metros retratando a obra de arte do período Timúrida, um sarcófago de mármore preto chamado Haft Qalam, Khana Zarnegar (Pavilhão adornado com ouro) e Hauze Zamzam (lagoa Sagrada).

Herat Citadel/ Ikhtiar-Al-Din Fort: Cidadela de Herat é conhecida como a Cidadela de Alexander ou Ikhtiar-Al-Din Fort foi usada como quartel general por muitos impérios nos últimos 2.000 anos e foi destruída e reconstruída muitas vezes ao longo dos séculos.

Herat: Herat é a terceira cidade mais populosa do país e está cerca de 150 km do Turcomenistão, no vale do rio Hari. Possui uma tranquilidade emergente em meio às guerras, um oásis de calmaria, em meio a tanta violência encontrada no Afeganistão. Foi conquistada por Alexandre, o Grande no final de 330 a.C

Jalalabad: A cidade-oásis de Jalalabad que fica perto da capital, possui jardins e vestígios arqueológicos budistas, mas que infelizmente foram danificados pelos conflitos recentes.

Jama Masjid de Herat (Masjid-i Jami 'de Herat): O Jama Masjid de Herat é uma mesquita na cidade de Herat construída por Ghurids, o famoso Sultan Ghayas-ud-Din Ghori. É o melhor edifício islâmico do Afeganistão e um dos maiores da Ásia Central, todo decorado com mosaicos de azulejos em cores brilhantes.

Kandahar: Kandahar ou Qandahar, também chamado de Cadaar ou Candar, é a segunda maior cidade do Afeganistão. Está localizada ao sul do país, em torno do rio Arghandab. A cidade é um grande centro comercial de ovinos, lã, algodão, seda, grãos, frutas frescas e secas.

Mausoléu de Timur Shah: O Mausoléu de Timur Shah é um edifício no estilo indiano Mughal, uma estrutura octogonal de simples e cúpula rasa. O mausoléu fica em uma das mais antigas regiões de Cabul. O localfoi recentemente restaurado.

Mausoleum of Abdur Rahman Khan: Cabul abriga o Mausoléu do Abdur Rahman Khan em estilo mongol. Originalmente um palácio, o edifício tem uma cúpula vermelha e minaretes decorativos.

Mazār-e Sharīf: A cidade de Mazār-e Sharīf que significa "O túmulo do magnífico" abriga a impressionante mesquita azul construída em 1481, que contém o túmulo de Ali, o genro do profeta Maomé. A cidade e destino de inúmeros peregrinos.

Mercado Ka Faroshi Pássaro (Ka Faroshi Bird Market): O mercado de aves de Cabul é um canto da cidade intocado pela guerra ou modernização. Também conhecido como o Beco dos Vendedores de palha.

Mesquita Pul-e-Khishti: A Mesquita Pul-e-Khishtimaior é a maior de Cabul. Construída originalmente no século XVIII, possui uma grande cúpula azul, foi danificada durante os recentes combates na região, mas é um dos poucos edifícios da cidade que foram restaurados.

Minarete e ruínas arqueológicas de Djam: O Minarete e ruínas arqueológicas de Djam são Patrimônio Mundial da Unesco, situa-se no distrito de Shahrak, província de Ghor, oeste do Afeganistão. A torre de forma cilíndrica construída no século XII possui 65 metros de altura e é ricamente adornada. A paisagem arqueológica em redor de Djam inclui também as ruínas de um palácio, fortificações, um kiln de barro e um cemitério judeu.

Minarets of Sultan Baqara: Os quatro Minaretes de Sultan Baqara são tudo o que resta da Medressa construída pelo sultão. A maior parte da decoração de belos azulejos azul desapareceu.

Museu Nacional de Cabul (Kabul Museum): O Museu de Cabul já foi um dos maiores museus do mundo, e hoje é um dos mais famosos da Ásia. Abriga exposições, moedas de ouro helenísticas, estátuas de Buda, além de contar a história do Afeganistão.

Palácio de Darul Aman: O antigo palácio real, agora em ruínas devido a constantes guerras está localizado a 16km do centro da capital Cabul. O palácio construído em 1920 foi lar da família real afegã e depois sede do exército do país.

Qargha Lake: Qargha é um lago e reservatório no Afeganistão, apenas a 9km de Cabul.

Santuário de Hazrat Ali (Shrine of Hazrat Ali) A impressionante mesquita, também conhecida como mesquita azul foi construída em 1481 com suas cúpulas azuis é um dos pontos turísticos mais emblemáticos do Afeganistão. Peregrinos de todo o país visitam o local que abriga o túmulo de Ali, o genro do profeta Maomé.

ECONOMIA

O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.

Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.

ETINIAS

A divisão étnica se reflete na disputa pela presidência do país, que opõe o pashtun Ashrafi Ghani a Abdullah Abdullah, que é pashtun-tajique. Apesar da dupla identidade, Abdullah é filiado politicamente ao norte e aos seguidores de Ahmad Shah Massud, o mujahedin tajique que lutou contra os soviéticos e o Taleban e foi morto pela Al-Qaeda dois dias antes dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Os dois grupos usam a escrita árabe, mas falam línguas diferentes, ambas de origem persa. Concentrados no sul e no leste do Afeganistão, os pashtun falam pashto, enquanto o idioma tajique é o dari. Em Cabul, é comum que as pessoas dominem os dois idiomas e oscilem de um para o outro, dependendo do interlocutor. Na vida privada, a identidade étnica define casamentos e laços pessoais. Mesmo em Cabul, os matrimônios continuam a ser arranjados pelas famílias e são raros os que unem tajiques e pashtuns.

No Afeganistão, a etnia é mais importante que a divisão entre sunitas e xiitas que domina a guerra sectária no Iraque ou na Síria. Pashtuns e tajiques são sunitas, mesma corrente do islã a que se filia a maioria dos integrantes das 14 etnias do Afeganistão.

O Hazaras, que representam 9% da população, são xiitas e foram perseguidos nos seis anos do regime Taleban, quando a divisão sectária ganhou mais relevância.

Os Brahuis (Brahui: براہوئی) pertencem a um grupo étnico de cerca de 2,2 milhões de pessoas com a grande maioria encontrada no Sind e no Baluchistão, Paquistão, bem como o Afeganistão, onde são nativos, mas eles também são encontrados através de sua diáspora em países do Oriente Médio. Os Brahuis são quase inteiramente muçulmanos sunitas.

Ghorbati é o nome de um grupo étnico do Afeganistão, que vive disperso. A maioria fala uma língua chamada ghorbati ou cazulagi, que pertence ao grupo iraniano da família linguística indo-europeia. Alguns falam uma língua não especificada chamada de magadi. Praticamente todos os ghorbati adultos são bilingues ou trilingues, utilizando o pashto ou dari (o persa falado no Afeganistão), além de sua própria língua.

Os ghorbati são muçulmanos xiitas. Segundo algumas fontes, alguns deles são sunitas da escola de Hanafi. São itinerantes, ou seja, nômades não pastores. A principal ocupação é o comércio.

Os hazaras são um povo de origem mongol que residem principalmente na região central do Afeganistão conhecida como Hazarajat. Quando Gengis Khan, o poderoso líder dos mongóis, enviou seus embaixadores à Ásia Central, eles não foram bem recebidos, então Gengis Khan juntamente com seu exército mongol invadiram a Ásia Central e durante o século XIII irromperam no centro do Afeganistão, construíram uma guarnição e subjugaram os habitantes. Os hazaras dizem-se descendentes dos soldados mongóis que se estabeleceram na Ásia central e descendentes inclusive de seu líder, Gengis Khan. Com seus olhos amendoados, a pele de tonalidade mais clara que a etnia predominante afegã e as maçãs do rosto bem acentuadas, eles lembram os mongóis.

Há pouco tempo, uma minoria de hazaras passou a sentir orgulho de sua ligação com Gêngis Khan, mas o comum tem sido essa linhagem estrangeira ser usada contra eles.

Sua língua, o hazaragi, é um dialeto próprio do idioma persa com muitas palavras do idioma mongol. Os hazaras compõem um quinto da população afegã, mas sempre foram considerados forasteiros. A maior parte deles é muçulmana xiita em um país muçulmano de maioria esmagadora sunita. Os hazaras tem reputação de serem laboriosos, entretanto, são eles que fazem os trabalhos indesejáveis.

Por causa dos seus traços asiáticos são considerados de uma casta inferior. Por esse motivo, sempre foram perseguidos e pelo fato de serem constantemente lembrados de sua inferioridade, que alguns aceitam como verdade. Por causa da opressão, os hazaras se espalharam pelo Oriente Médio, habitando o Irã e o Paquistão, além de estarem espalhados por várias outras regiões do mundo.

Os hazaras são um povo que sofre profunda discriminação étnica dentro do seu próprio país, pois a maioria fundamentalista sunita, viam os hazaras como infiéis que mereciam morrer. Eles não tinham a aparência que devia ter um afegão e não faziam suas devoções como devia fazer um muçulmano. Dizia um ditado afegão: "Aos tadjiques o Tadjiquistão, aos usbeques o Usbequistão, e aos hazaras o goristão (cemitério)."

Hoje, a região de Cabul é uma das mais seguras no Afeganistão, quase totalmente livre das plantações de papoula que dominam outras regiões. Uma nova ordem política reina em Cabul, sede do governo central presidido por Hamid Karzai, onde cerca de 40% da população é hazara. Nas ruas da parte oeste da cidade, vêem-se crianças hazaras uniformizadas a caminho da escola, vendedores hazaras montando bancas de verdura, lojistas e alfaiates hazaras. Os hazaras ganharam acesso às universidades, aos empregos públicos e a outras atividades e direitos. Sendo que antes, lhes eram negado sequer serem alfabetizados; Homens, mulheres e crianças hazaras eram vistas de modo discriminatório, por exemplo, se um pai "rico" de origem turcomana, obtive-se um filho hazara (normalmente produto de traição) este não tinha a paternidade reconhecida.

A prova de que os hazaras estão se integrando a nova sociedade afegã é que um dos vice-presidentes do país é hazara, assim como o parlamentar mais votado, e uma governadora hazara é a primeira e única mulher a ocupar tal cargo no país. Os próprios hazaras mantêm universidades e escolas nas região onde habitam.

Esse povo é tão ligado à cultura do conhecimento, que muitos dos seus professores sequer terminam o ensino médio, para começar a lecionar. Isso se dá pelo fato da precariedade de algumas regiões, onde muitos se veem obrigados a começar a lecionar muito cedo, por uma série de fatores socioeconômicos.

Os pachtuns, também chamados de pachtos ou pastós (em pachto: پښتون,; transl.:pashtūn ou pakhtūn; em urdu: پٹھان,; em hindi: पठान), são um grupo etnolinguístico localizado principalmente no leste e no sul do Afeganistão e, no Paquistão, nas províncias da Fronteira Noroeste e do Baluchistão e nas áreas tribais administradas pelo governo federal. Os pachtuns caracterizam-se pela sua língua própria (o pachtun), pelo seu código de honra religioso pré-islâmico e pela prática do islamismo.

Ajique (em persa: تاجيک; transl.:Tājīk; em tadjique: Тоҷик) é uma designação genérica para uma larga gama de povos Persas que falam a língua persa e são de origem Iraniana cujas pátrias são os hoje Afeganistão, Tajiquistão e Uzbequistão, havendo ainda pequenas comunidades vivendo no Irã e no Paquistão, esses sendo originárias do Afeganistão e do Tajiquistão.

Em termos de língua, cultura e história (Cultura Persa e sua história), os Tajiques são fortemente relacionados com os Persas do Irã.

Como uma auto designação, o termo Tajique, que antes tinha um caráter mais ou menos pejorativo, se tornou mais aceitável nas últimas décadas, em especial pela administração da União Soviética na Ásia Central. Nomes alternativos para os Tajiques são Fārsī (Persas,Falantes de Persa) e Dīhgān (cf. em tajique: Деҳқон, Dehqon, literalmente "fazendeiro ou ou aldeão assentado", num senso mais genérico de "sedentário, oposto de nômade").

Os Tajiques da China, embora também chamados assim, falam línguas iranianas orientais, diversas das faladas pelos Tajiques Persas.

O povo Wakhi habita a região do Corredor de Wakhan e falam o língua wakhi

Demografia: A população dos wakhi está em torno de 50.000 indivíduos, distribuídos em quatro países diferentes: Afeganistão, Tajiquistão, Paquistão e Xinjiang, no oeste da China.

Religião: Os wakhi são islâmicos xiitas ismaelitas.

INDÚSTRIA

A maioria das indústrias é têxtil, destacando-se a confecção artesanal de tapetes. A unidade monetária é o afegani. Todos os bancos privados no Afeganistão foram nacionalizados em 1975.

PECUÁRIA

Produto: Lã, Peixe e Pele.

Tipo: Camelos, Caprinos e Ovinos.

COLONIZAÇÃO

Reino Unido.

DATA DE INDEPENDÊNCIA

19 de agosto de 1919

EDUCAÇÃO

A partir de 2006 mais de quatro milhões de estudantes de ambos os sexos estavam matriculados em escolas por todo o país. No entanto, ainda existem obstáculos significativos à educação no Afeganistão, decorrentes da falta de financiamento, edifícios escolares inseguros e normas culturais. A falta de professoras é uma questão que diz respeito a alguns pais afegãos, especialmente em áreas mais conservadoras. Alguns pais ainda não permitem que as suas filhas sejam ensinadas por homens.

Alfabetização de toda a população está estimada (em 1999) em 36%, a taxa de alfabetização do sexo masculino é de 51% e do feminino 21%. Até agora, existem 9.500 escolas no país.]

Outro aspecto da educação que está mudando rapidamente no Afeganistão é a cara do ensino superior. Após a queda do regime talibã, a Universidade de Cabul foi reaberta para estudantes de ambos os sexos. Em 2006, a Universidade Americana do Afeganistão também abriu suas portas, com o objetivo de proporcionar um mundo de classe, Inglês como língua, a coaprendizagem ambiente educacional no Afeganistão. A universidade aceita alunos provenientes do Afeganistão e os países vizinhos. Trabalhos de construção vão começar em breve no novo sítio selecionado para a Universidade de Balkh em Mazari Sharif. O novo edifício para a universidade, incluindo o edifício para o Departamento de Engenharia, seria construído em 600 acres (2,4km²) de terras, ao custo de 250 milhões de dólares americanos.

FRONTEIRAS

Faz fronteira com o China. Irã, Paquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.

TRAJES TÍPICOS

O tradicional enfeite masculino de afegãos está resumido no Pakul (chapéu), o véu e uma paleta. A vestimenta da mulher, é composto por uma roupa social: calças folgadas e usadas sob um alto gargalo túnica e mangas compridas. As roupas são adaptados à cintura e estendem-se até os tornozelos, com uma saia reta aberta em ambos os lados para facilitar a circulação. Muitas mulheres completam o vestido com uma longa echarpe elegantemente colocada sobre os ombros. Roupas mais sofisticadas decoradas com tecidos de seda dourada em agrupamento de várias cores são usados em ocasiões especiais como casamentos no Afeganistão.

MINERAÇÃO

Os cultivos principais são os cereais, o tabaco, o algodão e a beterraba. Da criação de ovelhas obtém-se grandes quantidades de carne, gorduras, lã e peles para exportação. As reservas minerais não são plenamente exploradas. O minério de ferro, o enxofre, o cromo, o zinco e o urânio ainda não foram explorados. Destacam-se as reservas de gás. A produção industrial cresceu entre 1960 e 1980.

ESPORTES

O Esporte no Afeganistão tem um proeminente papel na sociedade afegã.

Os esportes populares no Afeganistão são: futebol, críquete, basquetebol, boxe, voleibol, taekwondo, judô e lutas.

O futebol, também referido como futebol de campo, futebol de onze e, controversamente, futebol associado (em inglês: association football, football, soccer), é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo ou gol. A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora.

O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da The Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Federação Internacional de Futebol (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.

O críquete é um desporto que utiliza bola e tacos, cuja origem remonta ao sul da Inglaterra, durante o ano de 1566. Considerado por muitos um desporto parecido com o basebol. Ele foi inspirado num rudimentar jogo rural medieval chamado stoolball. Foi adotado pela nobreza no século XVII. Sofreu muitas transformações ao longo dos anos até se tornar um desporto bastante admirado no Reino Unido, na Índia e no Paquistão.

No Brasil, pela semelhança de nomes costuma ser confundido com o croquet, mas é um desporto totalmente diferente.

Jogam onze de cada lado, num campo sem dimensões fixas, mas sempre muito amplo. Os movimentos principais passam-se numa faixa retangular de 20,1 metros de comprimento, no centro do campo, onde a bola (de cortiça e couro) chega a voar 150km/h. Ela é lançada pelo arremessador contra o alvo do adversário (três varetas fincadas no solo, chamadas stumps, cujo conjunto é conhecido como wicket), defendido pelo rebatedor.

No início, os jogos podiam durar até dez dias. Os tempos modernos, porém, exigiram mudanças. Hoje, a maioria dos jogos é disputada em dois tempos, em uma tarde ou noite. As partidas de teste podem durar até 5 dias.

O basquetebol ou bola ao cesto é um jogo desportivo coletivo inventado em 1891 pelo professor de Educação Física canadense James Naismit, na Associação Cristã de Rapazes de Springfield, Massachusetts, Estados Unidos. É disputado por duas equipes de 10 jogadores (5 em campo e 5 suplentes) que têm como objetivo passar a bola por dentro de um cesto e evitar que a bola entre no seu cesto colocado nas extremidades da quadra, seja num ginásio ou ao ar livre.

Os aros que formam os cestos são colocados a uma altura de 3 metros e 5 centímetros. Os jogadores podem caminhar no campo desde que driblem (batam a bola contra o chão) a cada passo dado. Também é possível executar um passe, ou seja, passar a bola em direção a um companheiro de equipe.

O basquetebol é um desporto olímpico desde os Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim.

O nome vem do inglês basketball, que significa literalmente "bola no cesto". É um dos esportes mais populares do mundo.

Em Dezembro de 1891, o professor de educação física canadense James Naismit, do Springfield College (então denominada Associação Cristã de Rapazes), em Massachusetts, Estados Unidos, recebeu uma tarefa de seu diretor: criar um desporto que os alunos pudessem praticar em um local fechado, pois o inverno costumava ser muito rigoroso, o que impedia a prática do Baseball e do Futebol Americano.

James Naismith logo descartou um jogo que utilizasse os pés ou com muito contato físico, pois poderiam se tornar muito violentos devido às características de um ginásio, local fechado e com piso de madeira.

Logo escreveu as treze regras básicas do jogo e pendurou um cesto de pêssegos a uma altura que julgou adequada: 10 pés, equivalente a 3,05 metros, altura que se mantém até hoje; já a quadra possuía, aproximadamente, metade do tamanho da atual.

Em contrastes com as redes de basquete moderno, em cesta de pêssegos manteve a sua parte inferior, e as bolas tinham que ser retiradas manualmente após cada "cesto" ou ponto marcado, o que provou ser ineficaz. Dessa forma, um buraco foi perfurado no fundo da cesta, permitindo que as bolas fossem retiradas a cada vez com uma longa vara. Os cestos de pêssegos foram utilizados até 1906, quando foram finalmente substituídos por aros de metal com tabela.

Uma outra alteração foi feita logo cedo, de forma que a bola apenas passasse pela cesta, abrindo caminho para o jogo que conhecemos hoje. Uma bola de futebol foi usada para acertar as cestas. Sempre que uma pessoa arremessava uma bola na cesta, a sua equipe ganharia um ponto. A equipe com o maior número de pontos ganhava o jogo. As cestas foram originalmente pregadas ao balcão do mezanino da quadra de jogo, mas isto se provou impraticável quando os espectadores no balcão começaram a interferir nos arremessos. A tabela foi introduzida para evitar essa interferência, que teve o efeito adicional de permitir rebotes. Esse desporto chama-se "basquetebol".

O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês box, ou pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850.

Voleibol (chamado frequentemente no Brasil de Vôlei e em Portugal de Vólei) é um desporto praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O objetivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que esta toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é um desporto olímpico, regulado pela Fédération Internationale de Volleyball (FIVB).

Taekwondo (em coreano: 태권도; AFI: [tʰɛk͈wʌndo]), também grafado tae kwon do, taekwon-do ou TKD, pronúncia: Té quân dô, é uma arte marcial que originou um esporte de combate. Hoje em dia, é um desporto difundido em todos os continentes. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988, teve seu "batismo de fogo", quando foi um desporto de exibição, continuando com este status nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Em 1993, o desporto foi adicionado ao programa olímpico oficial, integrando o programa a partir dos Jogos Olímpicos de 2000.

Judô ou judo (柔道, Jūdō?, caminho suave, ou caminho da suavidade) é uma arte marcial, praticada como esporte de combate e fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

O Judô teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jujitsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o judogi e que, com a faixa (obi), formam o equipamento necessário à sua prática. O judogi que é composto pelo casaco (Wagi), pela calça (Shitabaki) e também pela faixa, o judogi pode ser branco ou azul, sendo o último utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos e na identificação dos atletas durante as transmissões de televisão (TV).

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o Judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, o Judô teve um aumento significativo no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

Luta (em inglês: wrestling) é uma arte marcial que utiliza técnicas de agarramento como a luta em clinch, arremessos e derrubadas, chaves, pinos e outros golpes do grappling. Uma luta é uma competição física entre dois (às vezes mais) competidores ou parceiros de sparring, que tentam ganhar e manter uma posição superior. Há uma grande variedade de estilos, com diferentes regras tanto nos estilos tradicionais históricos, quanto nos estilos modernos. Técnicas de luta foram incorporadas por outras artes marciais, bem como por sistemas militares de combate corpo-a-corpo.

Como esporte, com exceção do atletismo, a luta é o esporte mais antigo de que se tem conhecimento, e que se pratica ininterruptamente ao longo dos séculos de maneira competitiva.

LEMA

Invadido hei de ser e nas montanhas vou me esconder ... O Afeganistão não é um dos melhores lugares do mundo para se viver.

FORÇAS ARMADAS

As Forças Armadas Afegãs são as forças militares da República Islâmica do Afeganistão. É consistido de um exército e uma força aérea. Como o país não tem costa marítima, não há necessidade de uma marinha. O presidente da nação é também o comandante em chefe das forças armadas, junto com o ministro da defesa, que atualmente é o general Bismillah Khan Mohammadi. O quartel-general fica em Cabul, a capital. Atualmente, há cerca de 200 000 militares em serviço.

Sua fundação é datada no ano de 1709 durante a Dinastia Hotaki, que fora estabelecida em Kandahar seguido pelo Império Durrani. Os afegãos lutaram contra a Dinastia Safávida e o Império Maratha durante os séculos 18 e 19. As forças armadas do país foram reorganizadas durante o Raj britânico em 1880, quando a nação era governado pelo Emir Abdur Rahman Khan. Passou então por uma grande modernização durante o regime de Amanullah Khan, no começo do século 20 e expandido ainda mais durante os quarenta anos do reinado de Zahir Shah. Entre 1978 e 1992, o regime comunista afegão, apoiado pela União Soviética, lutou contra a insurgência mujahidin, apoiada pelo Ocidente. Com a queda do governo socialista em 1992 e o fim do apoio militar soviético, as forças armadas se dissolveram em pequenas facções controladas por líderes tribais e milícias islâmicas que tomaram o poder. Durante boa parte da década de 1990 e começo dos anos 2000, o regime Taliban estabeleceu a sharia (lei islâmica) como a constituição do país e a luta interna entre as diferentes facções de mujahidins continuou por anos.

Após a invasão do país por forças da OTAN, encabeçadas pelos Estados Unidos, os extremistas do Taliban acabaram por deixar o poder no final de 2001. Sob a liderança das potências ocidentais, as forças armadas afegãs foram reconstruídas, recebendo vasto suporte das forças armadas americanas. Apesar dos problemas iniciais de treinamento e recrutamento, o novo exército afegão acabou lutando de forma eficiente contra a insurgência talibã, com o passar dos anos. Em 2011, a responsabilidade pela segurança do país começou a ser transferida, das força de ocupação internacional para o governo do Afeganistão. O então presidente americano, Barack Obama, afirmou em 2009 que, somando polícia e exército, as forças de segurança afegãs contavam com 400 000 combatentes. Também foi anunciado um investimento de US$1,3 bilhões de dólares em infraestrutura e instalações militares novas para as forças armadas afegãs. Ao mesmo tempo, um vasto programa de modernização foi colocado em prática para fortalecer o exército afegão.



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