Macau |
|||||||||||||||||
SIGNIFICADO DO NOME |
Antes da colonização portuguesa ocorrida no início do século XVI, Macau era conhecida como Hou Keng ("Ostra Espelho") ou Keng Hoi ("Mar de Espelho"). O seu nome chinês (Ou Mun), que, à letra, significa "Porta da Baía", parece ter origem no fato de a Península de Macau ser habitada, antes da chegada dos portugueses, por várias povoações de pescadores e alguns camponeses chineses vindos das províncias de Fujian e Cantão. O seu nome português (Macau) parece ter origem num dos primeiros locais de desembarque dos navegadores portugueses, a Baía de A-Má (em cantonês, "A-Ma Gao"), nome esse que se deve à existência nessa baía de um templo em homenagem à deusa A-Má. A-Ma Gao se tornaria, Amacao, Macao e, por fim, Macau. |
||||||||||||||||
CONTINENTE |
Ásia |
||||||||||||||||
BANDEIRA |
|
||||||||||||||||
SINIFICADO DA BANDEIRA |
Esta bandeira representa a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) desde 1999, ano da transferência da soberania de Macau à República Popular da China (antes de 1999, Macau estava sob administração de Portugal). Esta bandeira regional é verde, tendo ao centro uma flor de lótus branca de três pétalas. Por cima da flor estão cinco estrelas e por baixo, a ponte e água do mar. As cinco estrelas simbolizam a unificação de Macau à China, sendo Macau parte inalienável da República Popular da China. A flor de lótus, flor preferida dos residentes de Macau, está prestes a desabrochar sob a luz das cinco estrelas, que representam a China, traduzindo a prosperidade e o desenvolvimento de Macau. As suas três pétalas representam a Península de Macau e as ilhas de Taipa e Coloane que constituem Macau. A ponte e a água do mar refletem a especificidade do ambiente natural de Macau. |
||||||||||||||||
MAPA |
|
||||||||||||||||
BRASÃO |
Os brasões de Macau portuguesa são todos inspirados nos estilos heráldicos tradicionais da Europa. O primeiro brasão de armas de Macau foi usado até ao final do século XIX. É apenas constituído pelas armas de Portugal cercado pela inscrição Cidade do Nome de Deus, Não Há Outra Mais Leal. O segundo brasão de armas foi usado até 1935, quando a maioria das colónias portuguesas tiveram o seu brasão de armas reformulado. Este brasão mostra um dragão laranja claro, semelhante ao padrão encontrado nas bandeiras da China imperial. O último brasão de armas colonial de Macau, usado de 1935 até 1999, era usado em notas, moedas, selos e documentos oficiais de Macau e aparece também na fachada do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Este brasão também está representado na bandeira do Governo de Macau (que não é a bandeira oficial da colónia portuguesa de Macau) e na bandeira proposta em 1967 (mas nunca adoptada) para a província ultramarina portuguesa de Macau. Este brasão foi criado em 1935, quando Portugal decidiu criar para cada colónia portuguesa um novo brasão próprio. Ele apresenta à esquerda cinco escudetes de cor azul, postos em cruz e carregados cada um com cinco besantes de prata em aspa; à direita, de azul, um dragão chinês pintado de ouro e com língua vermelha, armado com um dos escudetes representados à direita do brasão; em ponta, de prata, cinco ondas de cor verde. Em baixo das armas, encontra-se um listel branco com a expressão: "GOVERNO DE MACAU". Apenas houve pequenas modificações no listel branco: antes de 1951, estava escrito a expressão "COLÓNIA PORTUGUESA DE MACAU"; antes de 1975, a expressão "PROVÍN. PORTUGUESA DE MACAU"; e até 1999, a expressão "GOVERNO DE MACAU". Primeiro brasão de armas de Macau portuguesa, da segunda metade do século XVIII a fins do século XIX. Segundo brasão de armas de Macau portuguesa, fins do século XIX até 1935. Brasão de armas de Macau portuguesa, de 8 de maio de 1935 a 11 de junho de 1951. Brasão de armas de Macau portuguesa, de 11 de junho de 1951 até 1976. Brasão de armas simplificado, de 1976 até 20 de dezembro de 1999. Brasão de armas simplificado mais usado, de 8 de maio de 1935 a 20 de dezembro de 1999. |
||||||||||||||||
HINO |
Por Macau pertencer à China, o hino nacional é o mesmo. |
||||||||||||||||
SIGNIFICADO DO HINO |
Por Macau pertencer à China, o significado do hino nacional é o mesmo. |
||||||||||||||||
CAPITAL |
Não tem |
||||||||||||||||
MOEDA |
Pataca |
||||||||||||||||
ARQUIPÉLAGOS |
Por ser uma Península, o país não possui Arquipélagos. |
||||||||||||||||
CLIMA |
Climaticamente, Macau está na área das monções e o seu clima é considerado subtropical húmido, sendo considerado temperado e chuvoso no Verão, a estação de ano mais longa de Macau. Nesta estação de ano, isto é, entre Maio e Outubro, são frequentes as chuvas intensas, as trovoadas e os tufões (as tempestades tropicais), bem como os elevados valores da precipitação e da temperatura. Quando está hasteado o sinal nº 8 do Código local de Tempestades Tropicais, são interrompidas as ligações marítimas e aéreas com o exterior. A última vez que tal ocorreu foi a 19 de Abril de 2008, na passagem do tufão Neoguri (cão-guaxinim, em coreano) a ciclone tropical e sua aproximação de Macau. A época mais agradável do ano é o Outono, que começa em Outubro, altura em que o Interior da China começa a arrefecer. Nesta época, o clima é quase sempre ameno e o céu limpo. No mês de Dezembro as massas de ar frio vindas do Interior da China (norte de Macau) atingem Macau, arrefecendo a sua temperatura. Em Janeiro e Fevereiro (meses do Inverno), Macau é atingida por mais vagas de ventos frios e secos do Norte da Sibéria vindos do Centro e do Sul da China, arrefecendo ainda mais a sua temperatura, podendo esta descer abaixo dos 10°C. É geralmente nesta época invernal que se registam os valores mais baixos do ano para a temperatura, a humidade relativa e a precipitação. Nos meses de Março e Abril (período da Primavera), o vento sopra de Leste para Sudoeste, fazendo assim aumentar a temperatura e a humidade. Nesta época do ano, são relativamente frequentes os dias húmidos com chuviscos e com pouca visibilidade. As variações atmosféricas de Macau, que são relativamente grandes entre o Verão e o Inverno, são principalmente causadas pelas monções. Em 2006, os valores absolutos da temperatura máxima (no Verão) e mínima (no Inverno) do ar foram de 36,0 C e de 6,5°C, respectivamente, sendo a temperatura média anual aproximadamente de 22°C. A média da humidade relativa foi de 79,0% e o vento soprou predominantemente do Norte. |
||||||||||||||||
CONDADOS |
Por ser uma Península, o país não possui Condados. |
||||||||||||||||
DUCADOS |
Por ser uma Península, o país não possui Ducados. |
||||||||||||||||
ILHAS |
Taipa e Coloane. |
||||||||||||||||
PRINCIPADOS |
Por ser uma Península, o país não possui Principados. |
||||||||||||||||
FAUNA |
A vida animal também não é muito diversificada. No entanto, você vai encontrar variedades de lagartos, cobras venenosas, gatos selvagens, papagaios etc podem ser encontrados nas florestas do país. As massas de água do país também contêm um grande número de crocodilos. |
||||||||||||||||
FLORA |
Macau não tem uma rica e vegetação. A industrialização tem afetado muito a vegetação do país. Várias espécies de pinheiros e bambus em Coloane podem ser encontradas. |
||||||||||||||||
RELEVO |
Macau localiza-se a 22° 10' Norte (latitude) e 113° 33' Leste (longitude), mas as coordenadas 113º 55' Leste e 21º 11' Norte (a localização exata do Farol da Guia) também são aceites como sendo as coordenadas geográficas oficiais da localização da RAEM. Esta região administrativa especial está situada na costa meridional da República Popular da China, a oeste da foz do Rio das Pérolas, na ligação entre o Interior da China e o Mar do Sul da China, a sul do Trópico de Câncer, a 145 quilómetros de Cantão (que se situa aproximadamente a norte de Macau) e a 60 quilómetros de Hong Kong, que se encontra no outro vértice da foz do Rio das Pérolas (isto é, situa-se aproximadamente a leste de Macau). Macau faz fronteira com a Zona Económica Especial de Zhuhai a norte e a oeste, logo é adjacente à província de Guangdong. Outras principais cidades próximas de Macau incluem a Zona Económica Especial de Shenzhen. A Região Administrativa Especial de Macau é constituída pela Península de Macau, pelas ilhas da Taipa e de Coloane e pelo istmo de Cotai. A área total é de 28,6 km², sendo a península de 9,3km². É na Península de Macau que se concentra a principal atividade, sendo lá que se encontram os principais organismos político-administrativos, a maior parte da indústria, os principais serviços e equipamento cultural. Possui um relevo não muito acidentado, mas também possui elevações: Alto de Coloane (170,6 m), a Colina da Guia, Colina de Mong Há, Colina da Penha e Colina da Ilha Verde. A área total de Macau continua a aumentar visto que o Governo da RAEM está continuamente a fazer mais aterros, "reclamando" terrenos à foz do Rio das Pérolas, para "ganhar" mais espaços de construção. |
||||||||||||||||
HIDROGRAFIA |
Atualmente, na RAEM não existem grandes explorações e extrações de recursos naturais, até mesmo a água potável. Este recurso natural indispensável à vida, fornecido pelo Rio Xijiang (o maior tributário do Rio das Pérolas), é comprado à China Continental. Antigamente, houve extrações de granito nas montanhas da Taipa e de Coloane. |
||||||||||||||||
SUBDIVISÕES |
Durante o período de administração portuguesa, Macau esteve dividido em 2 municípios ou concelhos (Concelho de Macau e o Concelho das Ilhas) e em sete freguesias. Estes concelhos eram administrados por uma câmara municipal e supervisionados por uma assembleia municipal. Após a transferência de soberania, o novo Governo da RAEM aboliu os municípios e os seus órgãos municipais, criando provisoriamente o Município de Macau Provisório, o Município das Ilhas Provisório, a Câmara Municipal de Macau Provisória, a Câmara Municipal das Ilhas Provisória, a Assembleia Municipal de Macau Provisória e a Assembleia Municipal das Ilhas Provisória. Em Dezembro de 2001, estes municípios e órgãos provisórios foram abolidos, dando definitivamente lugar ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), que está subordinado à Secretaria da Administração e Justiça. As freguesias de Macau foram mantidas e passaram a ser reconhecidas pelo Governo como umas meras divisões regionais e simbólicas de Macau, não dispondo de quaisquer poderes administrativos. Elas são sete:
|
||||||||||||||||
VEGETAÇÃO |
Em Macau há pouca vegetação espontânea. Também em Macau as plantas mudam de aspecto ao longo do ano |
||||||||||||||||
IDIOMAS |
Oficiais: Língua Chinesa e Língua Portuguesa. |
||||||||||||||||
CULINÁRIA |
A culinária de Macau também é uma mistura de culturas. Algumas das delícias da gastronomia da China, principalmente do Sul da China, são a sopa de barbatana de tubarão, a sopa de fitas, o arroz glutinoso e o famoso dim sum (點心, diǎnxīn em Mandarim), que é uma mistura riquíssima de pequenos pratos diferentes, servidos principalmente nos restaurantes onde existe o "Yam Tchá" (traduzido literalmente em português: beber chá). Quando se fala sobre a culinária de Macau, é de destacar a culinária dos macaenses, considerada única no Mundo, que nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais (principalmente os de origem chinesa), mas também com vários ingredientes oriundos de lugares (como por exemplo Malaca, Índia e Moçambique) visitados pelos portugueses na altura dos Descobrimentos. Evidentemente, as tradições culinárias destas esposas influíram nestas comidas, originando a culinária macaense, considerada por muitos como uma genuína gastronomia de fusão. Sopa de lacassá e porco afumado, "Min Chi" (carne picada), balichão, "Tacho" (ensopado de carne e legumes), arroz gordo, cabidela de pato, camarões grandes recheados, chetnim de bacalhau, inhame chau-chau com lap-yôck galinha assada, caldo de raiz de lótus e caril de galinha são algumas das comidas macaenses populares. |
||||||||||||||||
RELIGIÕES |
Macau, como um ponto de encontro e de intercâmbio entre o Ocidente e o Oriente, é dotada de uma grande diversidade de religiões, como a Fé Bahá'í, o Budismo, o Catolicismo, o Confucionismo, o Islamismo e o Protestantismo, o Taoísmo, que se coexistem harmoniosamente. Porém a esmagadora maioria da população de Macau é adepta ao Budismo. Mas, muitos deles, considerando esta religião como uma concepção genérica, incorporam nela vários elementos e valores do confucionismo, do taoísmo, da mitologia chinesa e de outros costumes, crenças e práticas tradicionais chinesas, sendo uma destas práticas os cultos ancestrais. Todo este conjunto religioso sincretizado e adoptado pelos chineses é chamado vulgarmente por religiões populares chinesas ou crenças populares chinesas ou ainda por crenças tradicionais chinesas. Existe também em Macau uma comunidade considerável de cristãos, sendo a sua maioria membros da Igreja Católica, que está hierarquicamente organizada e estruturada em Macau na Diocese de Macau. Esta diocese foi criada em 1576 e está atualmente na dependência imediata da Santa Sé, abrangendo somente o território da RAEM. Atualmente, Macau conta com cerca de 30,1 mil católicos. Desde 2016, o Bispo de Macau é D.Stephen Lee Bun-sang. Além da presença da Igreja Católica, existe também em Macau uma comunidade de protestantes, que contava, em 2006, com cerca de 6 mil protestantes e 70 templos. A chegada do Protestantismo a Macau remonta ao século XIX, com a chegada, em 1807, do missionário protestante Robert Morrison. Os residentes de Macau são dotados de uma considerável tolerância e liberdade religiosas. De acordo com o artigo 34.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau, "os residentes de Macau gozam da liberdade de crença religiosa e da liberdade de pregar, de promover atividades religiosas em público e de nelas participar". E, de acordo com o seu artigo 128.º, "o Governo da RAEM não interfere nos assuntos internos das organizações religiosas…" e "…não impõe restrições às atividades religiosas que não contrariem as leis da Região Administrativa Especial de Macau". Em Macau, todas as confissões religiosas são iguais perante a lei e, de acordo com a Lei n.º 5/98/M, as relações entre o seu Governo e as confissões religiosas assentam-se "nos princípios da separação e da neutralidade". |
||||||||||||||||
POLÍTICA |
O atual estatuto de Macau (Região Administrativa Especial) está definido na Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau e na Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau. A Declaração Conjunta e a Lei Básica especificam que Macau goza de uma elevada autonomia e que o seu sistema econômico-financeiro, social, fiscal, de segurança e de controlo da imigração e das fronteiras, bem como a maneira de viver, os direitos e as liberdades dos seus cidadãos (como por exemplo as liberdades de expressão, de imprensa, de edição, de livre saída e regresso de Macau, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação, de religião, de organização e participação em greves e em associações, etc.) e, em suma, as suas especificidades, irão manter-se preservadas e inalteráveis, pelo menos, até 2049, 50 anos após a transferência de soberania. Como um exemplo da sua autonomia, esta região administrativa especial pode, por si própria, estabelecer relações, celebrações e acordos com países e regiões ou organizações internacionais com a designação de "Macau, China". Com esta designação, Macau pode também participar, por si própria, nas organizações e conferências internacionais não limitadas aos Estados e em eventos desportivos, como por exemplo. Segundo os princípios de "um país, dois sistemas", de "Administração de Macau pela Gente de Macau" e de "Alto Grau de Autonomia", Macau possuiu uma grande autonomia em todos os aspectos e assuntos relacionados com a RAEM, excetuando em assuntos relacionados com a defesa e os negócios estrangeiros (política externa) sendo que, nesta última esfera Macau goza ainda assim de alguma autonomia. Esta pequena região mantém a sua própria moeda (pataca), o seu próprio sistema de controlo de imigração e de fronteiras e a sua própria polícia. O poder é exercido por oficiais e administradores naturais de Macau, e não por pessoas e oficiais de República Popular da China. O poder está dividido, tal como na maioria dos sistemas políticos, em 3 partes distintas: o executivo, o legislativo e o judicial. Relativamente ao poder judicial, Macau goza do poder de julgamento em última instância, de acordo com as disposições da Lei Básica. Chefe do Executivo e o seu Governo O cargo do Chefe do Executivo de Macau é sempre ocupado por um cidadão chinês residente proeminente de Macau. Ele é o dirigente máximo da RAEM e o Chefe do Governo da RAEM, que é o órgão executivo de Macau e composto por 5 Secretarias e 2 Comissariados. Ele é aconselhado pelo Conselho Executivo, composto por 7 a 11 conselheiros. O primeiro Chefe do Executivo foi Edmund Ho Hau-wah. Desde 2009, este cargo passou a ser ocupado por Fernando Chui Sai On. Este cargo político de grande importância é eleito por sufrágio indireto, mais concretamente selecionado por uma "Comissão Eleitoral" composta por 400 membros nomeados por associações ou organizações representativas dos interesses dos vários sectores da sociedade de Macau devidamente registadas e regularmente recenseadas, pelos deputados à Assembleia Legislativa de Macau, pelos deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional e pelos representantes dos membros de Macau no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Após a seleção, o Chefe do Executivo ainda tem que ser aceite e oficialmente nomeado pelo Governo Popular Central da República Popular da China. Assembleia Legislativa O órgão legislativo da RAEM é a Assembleia Legislativa (AL), composta por 33 membros eleitos ou nomeados de diferentes formas: catorze são eleitos por sufrágio universal direto; doze são eleitos por sufrágio indireto; e sete são nomeados pelo Chefe do Executivo. A AL é responsável de fazer as leis e tem o poder, nos termos legais, de acusar, questionar e apresentar uma moção de censura contra o Chefe do Executivo, ou comunicar a moção diretamente ao Governo Popular Central da RPC para que este decida. Ela também tem o poder de emendar o método de eleição do Chefe do Executivo e da própria AL em 2009. Eleições legislativas Em cada quatro anos, realizam-se em Macau as eleições legislativas. O sufrágio direto está reservado a todos os cidadãos recenseados de Macau com residência permanente e com uma idade superior a 18 anos. O sufrágio indireto está apenas reservado para as organizações ou associações locais que representam os interesses de vários sectores importantes da sociedade, que adquiriram personalidade jurídica há pelo menos sete anos, e que foram oficialmente registadas e regularmente recenseadas. Nas eleições legislativas de 2013, votaram 151 881 eleitores (55,02% do total dos eleitores inscritos) por sufrágio direto. Sistema jurídico e judicial Segundo a Lei Básica da RAEM, a Região possui um elevado grau de autonomia na gestão dos seus assuntos. O sistema judicial de Macau é autónomo e independente quer do Governo local quer do Governo Popular Central da República Popular da China, e goza inclusivamente o poder de julgamento em última instância. Os órgãos judiciários da RAEM são o Ministério Público; os Tribunais de Primeira Instância, que são subdivididos em Tribunal Judicial de Base e em Tribunal Administrativo; o Tribunal de Segunda Instância; e o Tribunal de Última Instância. O sistema jurídico de Macau é baseado essencialmente no modelo do direito português, e dessa forma faz parte da família dos sistemas jurídicos de raiz continental (romano-germânico). De 1987 a 1999, este sistema jurídico foi completamente modernizado tendo em vista a transferência de soberania de Macau para a República Popular da China. Assim, foram aprovados uma série de novas leis e códigos, incluindo o Código Penal (1995), o Código Civil (1999), o Código Comercial (1999), o Código de Processo Penal (1996) e o Código de Processo Civil (1999). Após a transição, continuaram-se a efetuar grandes reformas no sistema jurídico, como por exemplo o uso da língua chinesa nos tribunais e nas legislações. Apesar de, desde do estabelecimento da RAEM, este sistema sofrer várias alterações, aperfeiçoamentos e adaptações para corresponder à Lei Básica da RAEM e ao novo estatuto de Macau como região administrativa especial, ele continua a ser essencialmente mantido durante pelo menos 50 anos, a contar desde da transferência de soberania (1999), em harmonia com o princípio de um país, dois sistemas. Por esta razão, toda a legislação existente antes de 1999 foi mantida, exceto uma pequena parte que contrariava a Lei Básica. Do ponto de vista constitucional, o sistema jurídico de Macau caracteriza-se pela existência de um texto com força constitucional na ordem jurídica interna da RAEM, a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau, promulgada pelo Assembleia Popular Nacional da República Popular da China no ano de 1993. Em regra, as leis nacionais da República Popular da China não têm aplicação na RAEM, exceto aquelas que são expressamente indicadas no Anexo III da Lei Básica. Atualmente, elas são 11 e tratam de assuntos não compreendidos no âmbito da autonomia da RAEM, tais como a defesa nacional e as relações externas. O sector do jogo, sendo uma atividade económica fundamental para Macau, é objeto de regulamentação bastante desenvolvida, tendo por isso um bom e desenvolvido direito do jogo. Em Macau não há pena de morte nem prisão perpétua, visto que elas não estão previstas no Código Penal de Macau. Grande parte da legislação da RAEM pode ser consultada gratuitamente no website da Imprensa Oficial de Macau. |
||||||||||||||||
TURISMO |
Jogos de Azar Macau é bem conhecida pela sua indústria de jogos de azar. Ela atrai muitas pessoas para ir lá em cada ano. Além da indústria de jogo e casino, ele também tem um histórico de profundidade. Macau era administrado por Portugal em 1631. Depois de Macau regressou à China, muitos turistas viajam para Macau. No início, a maioria dos turistas eram provenientes de Hong Kong. No entanto, depois que o governo da China havia publicado a liberalização das políticas de viagem, um grande número de turistas do continente foram, desde então, o número de turistas teve em seguida, começou a subir. A maioria dos visitantes gostam de ir aos locais turísticos bem conhecidos, como a Praça do Senado, Templo A-Ma e Ruínas de S. Paulo. Desde Macau é um lugar pequeno, pois muitos turistas pode causar problemas para os moradores que é que faz com que os lugares muito lotados. Não só aqueles do continente povo chinês está interessado em esses lugares, mas também atrai turistas de muitos países estrangeiros diferentes. Além disso, desde o desenvolvimento de Macau é muito perto do continente, como resultado, o governo chinês colocou um grande esforço para construir um novo Macau. Governo chinês está construindo a indústria do turismo e outras atividades de lazer, a fim de tornar o valor de Macau cresceu mais para a frente. Clima e Vestuário O clima em Macau é o grau de clima temperado em um ano. A temperatura é de cerca de 20°C (68°F) e intervalos de 16°C (50 F) e 25°C (77 F). A melhor época para ir para Macau é de cerca de outubro a dezembro. Os visitantes podem trazer algumas roupas casuais e portáteis durante o tempo de viagem. Se no período de inverno, os visitantes podem trazer um casaco ou jaqueta. O tempo em Macau é estável. |
||||||||||||||||
ECONOMIA |
Macau é uma pequena economia de mercado, extremamente aberta e liberal, com livre circulação de capitais, resultante da sua longa história como porto franco. A moeda oficial usada em Macau é a pataca e encontra-se indexada ao dólar de Hong Kong. Macau faz parte da Organização Mundial do Comércio. A economia de Macau é em grande parte baseada no setor terciário, nomeadamente no jogo de fortuna e azar e no turismo. Outras atividades importantes são a indústria têxtil e a produção de fogo-de-artifício, brinquedos, produtos electrónicos e flores artificiais, as transações bancárias e a construção civil. O PIB de Macau, em 2007, era de 19,1 mil milhões de dólares americanos. O PIB per capita, no ano de 2007, era de 36.357 dólares americanos. Em 2006, a economia do território assistiu a uma inflação de 5,2% e em 2007 a uma inflação de 5,57%. Porém, um economista destacado de Macau defendeu que os valores reais da inflação estão muito acima dos 5,57%, possivelmente ultrapassando até o valor de 7,5%. O Governo da RAEM sempre conseguiu equilibrar as suas finanças, por isso, em 2006, os seus saldos acumulados ascenderam a mais de 50 mil milhões de patacas. Mas, este equilíbrio fiscal é atualmente muito dependente dos impostos recolhidos no sector do jogo, que sofreu uma liberalização parcial, que só foi possível quando o prazo da concessão do monopólio da companhia de casinos de Stanley Ho (a STDM) no sector do jogo expirou no dia 31 de Dezembro de 2001. Na RAEM, a atividade neste sector vital para a economia de Macau assenta em concessões de direito administrativo, sendo que, atualmente e após a liberalização, existem três concessionárias e três subconcessionárias de jogos de fortuna e azar. Devido ao seu grande número de casinos, Macau é chamada de Las Vegas do Oriente. Em 2005 as somas envolvidas no jogo em Macau equivaleram pela primeira vez às de Las Vegas (cada uma cerca de 5,6 mil milhões de dólares americanos), tornando Macau no principal centro mundial da indústria do jogo. Em 2007, as receitas brutas do sector do Jogo de Macau foram contabilizadas aproximadamente nos 83,8 mil milhões de patacas, isto é, cerca de 10,5 mil milhões de dólares americanos. Em 2007, houve mais de 27 milhões de turistas que escolheram Macau como destino de viagem, sendo que 55,08% eram oriundos da China Continental. Este crescimento deve-se principalmente à diminuição de restrições de viagem pelo Governo Central Chinês. Após a diminuição gradual destas restrições, os chineses passaram a poder obter vistos individuais de viagem, podendo viajar livremente para outros países e regiões, principalmente para Macau e Hong Kong, ajudando a desenvolver grandemente o sector do turismo de Macau. No mês de Outubro de 2010, as receitas brutas provenientes da área do Jogo bateram um valor recorde até à data, atingindo as 19 mil milhões de patacas (cerca de 2,375 mil milhões de USD ou 1,706 mil milhões de Euros). Este valor relativo apenas ao mês de Outubro supera as 13 mil milhões de patacas referentes ao ano todo de 1999, último ano em que Macau esteve sob administração portuguesa. As receitas brutas provenientes da área do Jogo têm continuado a crescer em 2011 e a bater novos máximos, mês após mês. Em Maio, as receitas brutas atingiram as 24,306 mil milhões de patacas (cerca de 3,03 mil milhões de USD ou 2,1 mil milhões de Euros). Trata-se de um crescimento de 42,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Para melhor se compreender a dimensão astronómica desta quantia, estima-se que a manter este ritmo, as receitas brutas da área do Jogo em Macau em 2011 se aproxime das 290 mil milhões de patacas ou 25 mil milhões de Euros (ao câmbio atual de € 1 = MOP 11,61) que é praticamente o mesmo valor do empréstimo do FMI a Portugal em 2011 (26 mil milhões de Euros). |
||||||||||||||||
ETINIAS |
Em 2007, a população de Macau contava com cerca de 538 mil habitantes e é a cidade com maior densidade populacional (18.811 habitantes por km²) do mundo. Em 2006, cerca de 93,9% da população era de nacionalidade chinesa, sendo a maioria dos restantes (6,1%) de nacionalidade portuguesa (1,7%) e de nacionalidade filipina (2%). Relativamente à origem da população residente, em 2006, cerca de 94,3% tem uma ascendência somente chinesa e 5,7% de outras ascendências. Nesta última categoria, incluem-se os residentes com uma ascendência chinesa e portuguesa (0,8%); com uma ascendência chinesa, portuguesa e outra (0,1%); com uma ascendência portuguesa (0,6%); e com uma ascendência portuguesa e outra (0,1%). Atualmente, o crescimento populacional, nomeadamente da população ativa (que contava em Novembro de 2007 com mais de 320 mil pessoas) ou mão-de-obra, registado em Macau é sustentado principalmente pela imigração de pessoas oriundas da China Continental, das Filipinas e de outras partes do mundo, visto que a sua taxa de natalidade é uma das mais baixas do mundo, tendo sido somente registado em 2007 uma taxa de 8,57 ‰. Mas, por outro lado, Macau é um dos lugares com maior esperança de vida à nascença (em média, com cerca de 82,27 anos de idade, em 2007) e com o menor índice de mortalidade infantil (com aproximadamente 4,33 mortes por 1000 nascimentos). Mais concretamente, em 2007, nasceram em Macau cerca de 4500 crianças e morreram cerca de 1500 pessoas. |
||||||||||||||||
INDÚSTRIA |
Industria do Jogo e Indústria Têxtil. |
||||||||||||||||
PECUÁRIA |
Aves, bovinos, búfalos, camelos, caprinos, equinos, ovinos e suínos. |
||||||||||||||||
COLONIZAÇÃO |
Antes do século XVI Através de estudos arqueológicos, há fortes indícios que comprovam que os chineses se estabeleceram na Península de Macau entre quatro e dois mil anos antes de Cristo e em Coloane há cinco mil anos. Durante a Dinastia Ming, muitos pescadores oriundos de Cantão e de Fujian estabeleceram-se em Macau e foram eles que construíram o famoso Templo de A-Má. Edificaram também várias povoações, sendo uma das mais importantes localizada em Mong-Há. Pensa-se que o templo mais antigo de Macau, o Templo de Kun Iam, se localizava precisamente nesta região do Norte da Península de Macau. Séculos XVI a XVIII Os portugueses estabeleceram-se ilegal e provisoriamente em Macau entre 1553 e 1554, sob o pretexto de secar a sua carga. Em 1557, as autoridades chinesas deram finalmente autorização para os portugueses se estabelecerem permanentemente em Macau, concedendo-lhes um considerável grau de autogovernação. Em troca, os portugueses foram obrigados a pagar aluguer anual (cerca de 500 taéis de prata) e certos impostos a estas autoridades, que defendiam que Macau continuava a ser parte integrante do Império Chinês. As autoridades chinesas tiveram desde sempre algum medo e desprezo pelos estrangeiros, passando a supervisionar atentamente os portugueses de Macau e a exercer, até meados do século XIX, uma grande influência na administração deste entreposto comercial. Desde então, Macau desenvolveu-se como intermediário no comércio triangular entre a China, o Japão e a Europa, numa época em que as autoridades chinesas proibiram o comércio direto com o Japão por mais de cem anos. Este lucrativo comércio trouxe enorme prosperidade para Macau, tornando-a numa grande cidade comercial e ajudando-a a atingir o seu auge nos finais do século XVI e inícios do século XVII. Para além de ser um entreposto comercial, Macau desempenhou também um papel ativo e fulcral na disseminação do Catolicismo, tornando-se também um importante ponto de formação e de partida de missionários católicos para os diferentes países do Extremo Oriente, principalmente para a China. Por este motivo, o Papa Gregório XIII criou, em 1576, a Diocese de Macau. Esses missionários desempenharam também um importante papel no intercâmbio cultural, científico e artístico entre a China e o Ocidente, e no desenvolvimento da cultura e da educação de Macau. Em 1583, foi criado o Leal Senado, sede e símbolo do poder e do governo local, pelos moradores portugueses, mais precisamente pelos comerciantes de Macau. Este organismo político, considerado como a primeira câmara municipal de Macau, foi fundada com o objetivo de proteger o comércio controlado por Macau, de estabelecer a ordem e a segurança nesta cidade e de resolver os problemas quotidianos. Apesar de a partir de 1623 Macau passar a ter um Governador português, o Leal Senado, até à primeira metade do século XIX, continuou a manter uma grande autonomia e a exercer um papel fundamental na administração da cidade. Devido à sua prosperidade, Macau foi várias vezes atacada pelos holandeses ao longo da primeira metade do século XVII. O ataque mais importante teve início em 22 de Junho de 1622, quando cerca de 800 soldados holandeses desembarcaram, numa tentativa de conquistar a cidade. Após dois dias de combate, em 24 de Junho, os invasores foram derrotados, sofrendo elevadas baixas (cerca de 350 mortes) e conseguindo abater apenas algumas dezenas de portugueses. Para Macau, desprevenida, esta vitória foi considerada um milagre. Em 1638-1639, o comércio português com o Japão foi interrompido, devido às políticas de isolamento levados a cabo pelo então xogum japonês, Tokugawa Iemitsu. Este acontecimento afetou seriamente a economia de Macau, que entrou rapidamente em declínio. Século XIX No contexto da Guerra Peninsular, em Setembro de 1808 foi ocupada por tropas da força expedicionária sob o comando do contra-almirante William O'Brien Drury, comandante-chefe das Forças Navais Britânicas nos mares da Ásia, a pretexto de proteção contra a ameaça francesa. Esse efetivo foi reembarcado no final desse mesmo ano, por força da concentração de cerca de 80.000 homens do exército chinês diante das portas da cidade. Desde os meados do século XVII, Macau, mesmo perdendo muitos mercados de comércio ao longo dos tempos (a começar pelo encerramento do comércio com o Japão) e vivendo com alguma frequência na pobreza e miséria, conseguiu ainda reter a sua importância económica e estratégica enquanto porto europeu na China. Mas, esta importância foi seriamente reduzida na Primeira Guerra de Ópio em 1841 quando Hong Kong se tornou no porto ocidental mais importante na China. Em 1844, através de um decreto real, Macau foi ingressado finalmente na estrutura administrativa ultramarina portuguesa. Porém, este ato não foi reconhecido pela China.[2] Este documento real redefiniu ainda e mais uma vez que o Governador era o principal órgão político-administrativo de Macau e não o Leal Senado, que já tinha perdido a sua importância e influência política em 1834. Em 1845, Portugal declarou a cidade um porto franco. O Governador João Ferreira do Amaral (1846-1849) ordenou o fim do pagamento do aluguer anual e dos impostos chineses, a expulsão dos mandarins de Macau e a abolição, em 1849, da alfândega chinesa (o Ho-pu). Durante o século XIX, os portugueses ocuparam a parte Norte da Península de Macau (naquela altura ocupada pelos chineses), as ilhas da Taipa (em 1851) e de Coloane (em 1864). Eles começaram também a expandir a sua influência às ilhas vizinhas de Lapa, Dom João e Montanha. Em 1887, Portugal diligenciou junto do debilitado e fraco Governo Chinês a assinatura do Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português, o qual reconhecia e legitimava a ocupação perpétua de Macau e das suas dependências pelos portugueses. Século XX O Governo de Macau, querendo criar a sua própria moeda oficial, autorizou, em 1901, o Banco Nacional Ultramarino (BNU) a emitir notas com a denominação de patacas. As primeiras notas impressas começaram a entrar em circulação em 1906 e 1907. Portugal não participou formalmente da Segunda Guerra Mundial (1939-1945); portanto, Macau tornou-se um dos únicos locais do Sudeste Asiático a permanecer neutro frente ao conflito mundial. Por esta razão, um grande número de refugiados chineses, fugindo à ocupação japonesa, foram abrigar-se provisoriamente em Macau, fazendo duplicar a sua população durante aquele período. Esta afluência de refugiados causou muitos problemas, principalmente os relativos à sobre população e à falta de bens alimentares. O Japão respeitou a neutralidade de Portugal e por isso também a de Macau. Mas, mesmo não ocupando Macau, os temidos japoneses exerceram uma enorme influência no Governo de Macau, ameaçando-o muitas vezes. Como por exemplo, em 1941, as ilhas de Lapa, Dom João e Montanha, ocupadas oficialmente pelos portugueses em 1938, foram abandonadas devido a uma ameaça emitida pelo Exército Japonês. Consequentemente, os japoneses ocuparam-nas, mas com o terminar da Segunda Guerra Mundial, em 1945, elas foram restituídas à China, devido à informalidade da presença portuguesa nessas três ilhas. Em 1949, deu-se a fundação da República Popular da China (RPC), de carácter comunista e anticolonialista. Esta nova república declarou o "Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português" como um dos muitos tratados desiguais impostos pelas potências europeias à China e por isso foi declarado inválido. Mas, o novo regime não esteve ainda disposto a tratar desta questão histórica dos tratados desiguais, por isso o statu quo de Macau foi provisoriamente mantido. No dia 3 de Dezembro de 1966 ocorreu em Macau um célebre motim popular levantado por chineses pró-comunistas descontentes e fortemente influenciados pela Revolução Cultural de Mao Tse-tung. Este acontecimento é vulgarmente chamado de Motim 1-2-3. Neste dia de protestos, houve 11 mortos e cerca de 200 feridos e foi necessário a mobilização de soldados para controlar a situação. O motim gerou terror e uma grande tensão em Macau, sendo o assunto encerrado apenas em 29 de Janeiro de 1967, com um humilhante pedido de desculpas do Governo de Macau à comunidade chinesa local. Este motim fez também com que Portugal renunciasse a sua ocupação perpétua sobre Macau e reconhecesse o poder e o controlo de fato dos chineses sobre Macau, marcando o princípio do fim do período colonial desta cidade. Com o regime democrático instaurado em Portugal pela Revolução dos Cravos, em 1974, Portugal iniciou conversações com os movimentos de libertação das colónias portuguesas. Essas negociações conduziram ao Acordo do Alvor. Nasciam assim, em 1975, os novos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A China rejeitou a transferência imediata da soberania de Macau, tendo apelado para o estabelecimento de negociações que permitissem uma transferência harmoniosa. Com o decorrer das negociações, o estatuto de Macau redefiniu-se para território chinês sob administração portuguesa e a transferência de soberania de Macau para a República Popular da China foi agendada para a data de 20 de Dezembro de 1999, através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau. Este documento bilateral e internacional, assinado no dia 13 de Abril de 1987, estabelecia ainda uma série de compromissos e garantias feitas entre Portugal e a China que permitiam a Macau um considerável grau de autonomia e a conservação das suas especificidades, incluindo o seu modo de vida e o seu sistema económico de carácter capitalista, até 2049. Século XXI Após a transferência, o novo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, encabeçada e dirigida por Edmund Ho Hau-wah, combateu ferozmente e com êxito contra o crime organizado pelas tríades, com o precioso apoio do Governo Central da República Popular da China. Macau foi remilitarizada, através da colocação de uma guarnição de tropas chinesas. Estas tropas, além de servir para afirmar a soberania chinesa, foram encaradas como uma mais-valia, um apoio ao combate à criminalidade. Em 2001-2002, deu-se uma liberalização parcial do sector do jogo, devido ao fim do prazo da concessão do monopólio deste sector económico de tão grande importância à companhia de casinos de Stanley Ho. Esta liberalização, aliado ao relaxamento das restrições de viagem aos residentes da China Continental pelo Governo Central e consequentemente ao desenvolvimento do turismo de Macau, causou um grande e acelerado crescimento económico jamais visto em Macau. Mas, por detrás deste crescimento, criaram-se graves e alarmantes problemas sociais, como por exemplo o problema da inflação galopante, da mão-de-obra ilegal ou do excesso da importação (legal) de mão-de-obra barata e o alargamento do fosso entre os ricos e os pobres (em 2006, o coeficiente de Gini de Macau subiu para 0,48, sendo por isso a sua desigualdade da distribuição de renda mais acentuada do que, como por exemplo, na Singapura, na Coreia do Sul ou até na China Continental). Estes problemas, juntamente com a denúncia em 2006 de escandalosos casos de corrupção envolvendo o então Secretário das Obras Públicas Ao Man Long e a falta de transparência do Governo da RAEM, fizeram com que se ocorresse em Macau vários protestos, principalmente em 2007. Os protestos mais recentes foram a 1 de Maio de 2007 (Dia do Trabalhador) e a 20 de Dezembro de 2007, quando Macau celebrou os oito anos de aniversário do estabelecimento da RAEM. Neste último protesto, cerca de 1500 a 3500 pessoas saíram às ruas para lutarem por um sistema político mais democrático e com maior transparência, exigindo ao Governo a implementação total do sufrágio universal direto nas eleições para a Assembleia Legislativa de Macau e para o Chefe do Executivo de Macau. Lutavam também por uma maior independência das receitas do jogo e a introdução de medidas para a diminuição do fosso entre ricos e pobres. |
||||||||||||||||
DATA DE INDEPENDÊNCIA |
Com o decorrer das negociações, o estatuto de Macau redefiniu-se para território chinês sob administração portuguesa e a transferência de soberania de Macau para a República Popular da China foi agendada para a data de 20 de Dezembro de 1999, através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau. |
||||||||||||||||
EDUCAÇÃO |
Em 2006, a taxa de alfabetização da população residente com idade igual ou superior a 15 anos era somente de 93,5%, registando porém uma subida de cerca de 2,2% relativamente a 2001. Mas, este número deve-se ao facto de a taxa de alfabetização da população com idade superior ou igual a 65 anos se situar somente nos 60,1%. Relativamente à população com idades entre os 15 aos 19 anos, a sua taxa de alfabetização era de 99,7%, um número muito mais animador. Mas, mesmo assim, os níveis de escolaridade da população de Macau são baixos em relação às outras regiões e países desenvolvidos e mais ricos. Em 2006, só cerca de 16,4% da população ativa concluiu o ensino superior, um fato bastante preocupante, dado que Macau, que está a experimentar atualmente um acelerado crescimento económico, necessita de muita mão-de-obra qualificada e especializada. Em Macau, a escolaridade obrigatória é aplicada de uma forma obrigatória e universal a todos os menores entre os 5 e os 15 anos de idade. A escolaridade gratuita, que é mais abrangente, engloba o ensino infantil ou pré-escolar (de 3 anos e cujo acesso é permitido quando a criança complete 3 anos), o ensino primário (de 6 anos e cujo acesso é permitido quando a criança complete 6 anos), o ensino secundário geral (de 3 anos) e o ensino secundário complementar (de 3 anos). Macau não tem um sistema de ensino próprio e universal, sendo por isso usado pelas escolas o sistema educativo britânico, chinês ou português. As línguas chinesa (o cantonense e o mandarim) e inglesa são dadas praticamente em todas as escolas locais. A língua portuguesa é deixada em segundo plano, muito mais depois do ano de transferência de soberania de Macau (1999), com exceção da Escola Portuguesa de Macau, a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora e a Escolas Secundária Luso-Chinesa de Luis Gonzaga Gomes que são, atualmente, as únicas escolas de Macau a oferecer currículos semelhantes aos de Portugal e um ensino em língua portuguesa aos alunos do 1º ano ao 12º ano de escolaridade. Outras línguas estrangeiras, como o francês, também existem como opções. No ano letivo de 2005/2006, existiam em Macau 86 escolas (13 são públicas ou oficiais, 60 são particulares de escolaridade gratuita e 13 são particulares de escolaridade não gratuita) que ministravam o ensino não superior, contando com mais de 92 mil alunos e de 4490 docentes. E também no ano letivo de 2004/2005, existia em Macau 10 instituições de ensino superior, sendo 4 públicas e 6 particulares. Estas instituições, sendo a mais antiga a Universidade de Macau, contavam com cerca de 26 mil alunos matriculados e 1521 docentes e ofereciam juntos um total de 252 cursos de diploma, bacharelato, licenciatura, pós-graduação, mestrado e doutoramento. |
||||||||||||||||
FRONTEIRAS |
A fronteira terrestre entre a RAEM e a China Continental é somente de 0,34km, existindo por isso só 2 postos fronteiriços, o das Portas do Cerco (a fronteira norte da Península) e o de Cotai (que faz, através da Ponte Flor de Lótus, a ligação entre Cotai e a ilha chinesa de Hengqin). Macau possui cerca de 41km de linha costeira. As principais cidades próximas de Macau são Guangzhou, Hong Kong, Shenzhen e Zhuhai. De Hong Kong, que se encontra no outro vértice do delta do Rio das Pérolas (isto é, a este de Macau), dista aproximadamente 60 quilómetros, havendo ligações fluviais (o aerobarco que demora cerca de uma hora) e aéreas (o helicóptero que demora cerca de 20 minutos) frequentes entre ambas as cidades. |
||||||||||||||||
TRAJES TÍPICOS |
Uma pequena volta pelas ruas de Macau num daqueles fins-de-semana agitados da cidade mostra-nos uma variedade de montras coloridas, algumas mais modestas outras mais elaboradas, muitas com produtos de designers locais A revista Macau quis ir saber mais sobre como anda a moda na cidade. O que se tem feito nos últimos anos pelas indústrias criativas e o lançamento de novos cursos de design tiveram certamente um impacto na produção de roupa e acessórios nativos desenhados em Macau. Para saber sobre esse impacto nada mais direto do que ir à procura dos jovens criadores que, com investimentos de poucas patacas, mergulharam no mercado do fashion design. De todos os cantos e ruas comerciais de Macau o melhor lugar para se ir à procura destes mesmos jovens aventureiros será, como nos confirmaram inúmeros clientes, o centro comercial da Rua Pedro Nolasco da Silva (popularmente conhecida na comunidade portuguesa como “Rua das Mariazinhas) Sun Star City. Mal se entra sente-se o frenesim típico da cidade. Os olhos demoram a adaptar-se à falta de luz natural e é difícil encontrar pontos de referência porque se é assaltado por milhares de imagens de produtos de todo o tipo. O primeiro destino é a loja Skin, situada no segundo andar do edifício. À flor da pele Na loja pintada de vermelho forte, salta logo à vista o estilo descontraído de Yoko Chan, a jovem de 20 e poucos anos (não quis dizer a idade). Com um ar confiante, e enquanto atendia uma série de clientes, foi contando como era complicado ter uma loja e ser designer ao mesmo tempo. “À volta da parede, as fotografias que se vêem são tudo criações minhas” disse, apontando para a parede onde se podia ver uma sequência de imagens, “não consigo vender só as minhas peças originais, tenho que encomendar muita coisa da China e de Hong Kong. Contudo, na Skin, tudo parece ser do último grito da moda. “Sim, dá muito trabalho escolher a mercadoria, tem que se ter em conta o que os clientes gostam e o que as outras lojas já têm” explica enquanto devolve um troco. Yoko responde à próxima pergunta antes de ela ser feita “quando desenho as minhas roupas quero que elas sejam bonitas mas confortáveis e é isso que tento vender na minha loja. Principais influências?”, repete enquanto pensa, “talvez o Japão e a Coreia” conclui. Aceita, com um ar envergonhado tirar fotografias no sofá de veludo vermelho encostado ao canto, mas insiste que não está nos seus melhores dias. “Consigo preços competitivos porque vou sempre à China buscar os materiais, a confecção é feita maioritariamente em Macau” termina com um ar decidido. Quanto ao que acha da moda em Macau, esta estilista da terra pensa que o que se faz ainda é pouco. “É preciso que haja mais pessoas interessadas para que se comece a criar um estilo próprio da cidade.” De malas e carteiras
Ao
som do pop chinês que toca no fundo da agitação de fim de
tarde, vira-se a esquina e encontra-se uma loja diferente que
capta a atenção. A A02 só vende carteiras e pequenos estojos. É
um espaço pequeno mas criativo onde as pessoas se tropeçam para
entrar, tal é o interesse. Aoman é a jovem responsável pelo
estabelecimento, um dos quatro de que é proprietária. Licenciada
em design gráfico pelo Instituto Politécnico de Macau, conta que
“sempre soube que queria fazer qualquer coisa relacionada com as
artes”. “Em Macau há muita gente que sabe fazer roupa mas que
não tem condições para trabalhar sozinha, pelo que prefere
trabalhar em grandes empresas”, explica com um ar tranquilo. Da
sua vasta coleção de carteiras e malas nota-se um cuidado com a
originalidade. Usa padrões e cores que as distinguem do resto e
nota-se facilmente o background de design gráfico. Em certos
casos um certo interesse pelo retro adivinha-se também no uso de
estampados que lembram os anos 60 e 70 do século passado. Em relação à moda em Macau, a designer pensa que ainda é difícil ignorar as influências das outras cidades asiáticas. O mercado é pequeno e ainda há pouco contato entre os profissionais desta área. Contudo, acrescenta num tom mais optimista, há cada vez mais profissionais a serem formados em design e as novas ofertas deste tipo de formação são promissoras. Sensibilidade e bom senso No terceiro andar deste centro de comercial, que tem nada menos do que oito andares dedicados maioritariamente à moda feminina, encontramos uma loja bem iluminada e que chama a atenção pelo brilho dos cetins e das rendas. O cenário é diferente. Num ambiente mais romântico, de vestidos de festa faustosos, encontramos duas meninas tímidas que vão chamar a dona do estabelecimento. Ali, entre sacos escondidos e bocados de tecido ainda espalhados pelo chão, aparece-nos uma senhora discreta e com um ar levemente cansado. Feitas as apresentações em inglês, acrescenta que percebe o idioma mas prefere falar em cantonês. Encontramos um percurso de vida diferente. Esta mulher de negócios sempre trabalhou na área das vendas, mas é a primeira vez que se lança sozinha. As suas roupas não são exatamente desenhadas por ela, explica com cuidado, elas são o resultado de muitas pesquisas, que lhe sugerem ideias. Estas são depois alteradas cuidadosamente para as tornar mais “atraentes à clientela local. Esta maneira de pensar o mercado da moda tem a sua razão de ser. “Tudo o que é preciso é ter uma boa noção do que as pessoas querem, e em Macau faltava um lugar onde se pudessem comprar vestidos para ocasiões mais solenes”. Embora confeccione a roupa que vende e esta não seja completamente original, adivinham-se bastantes aptidões de costura, enquanto vai rapidamente tirando as medidas a uma cliente. Ela confirma esta ideia e diz que sempre gostou de moda, “sempre senti uma inclinação para estas coisas e esse é o segredo de qualquer negócio. Numa expressividade que quase dispensa a tradução, explica no que é que as clientes ocidentais divergem das orientais. Se as primeiras dão mais relevância a parecerem sexy, já as segundas preferem dar nas vistas pela roupa que usam em vez das formas físicas. “Mas no fim são todas iguais, querem estar bonitas no dia da festa”, conclui com um sorriso cúmplice. … as clientes ocidentais divergem das orientais. Se as primeiras dão mais relevância a parecerem sexy, já as segundas preferem dar nas vistas pela roupa que usam em vez das formas físicas Aqui, rodeados de rendas, plumas e lantejoulas, percebemos que a moda não é só design e confecção e que, muitas vezes, um pouco de sensibilidade e bom senso são decisivos. De sensibilidade percebia também Mr. Lei (como quer ser chamado), o jovem estilista da loja em frente. Com um estilo mais relaxado e casual esta loja chamava a atenção pela sua montra original e os baixos preços que apregoava. Sengundo Lei, que tinha montado o espaço em conjunto com os colegas do curso de design do IPM, o mais importante é ser competitivo. “O que mais gosto é de desenhar e mandar fazer as roupas, mas infelizmente o negócio é difícil, acabamos por ter de encomendar quase tudo de fora. Coreia, China e Taipé são os principais fornecedores”. Já de sacos na mão, descemos os três andares nas vagarosas escadas-rolantes e saímos para o exterior ainda com os olhos cheios das 300 lojas que existem nos oito andares do edifício. Laboratório de traços O próximo destino é o Albergue da Santa Cada da Misericórdia, espaço em que presentemente se desenvolvem diversas iniciativas culturais. O que nos rodeia já não são luzes florescentes nem há a azáfama habitual de Macau. Pelo contrário, somos convidados a gozar do bocadinho de sol que ainda se faz ao fim da tarde. É neste lugar agradável que a loja Lines Lab está instalada. Clara Brito abre a porta com um sorriso convidativo, sempre com um ar moderno e vestida com as linhas simples que caracterizam o seu estilo. À volta já não há nada dos interiores elaborados das lojas do Sun Star City. Paredes brancas, jogos de luz e um espelho encostado à parede fazem o décor do espaço minimalista. É este mesmo minimalismo, em contraste com as sedas garridas que vemos penduradas, que nos mostra que encontrámos um padrão diferente. Já não se vê as roupas que se usam por aí. A roupa parece ter toda um estilo próprio e bem definido onde impera o design. Clara Brito considera que ainda é difícil, no momento presente, afirmar que existe uma moda de Macau Enquanto nos sentamos na mesa ao canto da sala, a designer vai contando que já está em Macau há seis anos e que, em conjunto com Manuel CS, também designer, montou este projeto que, além da roupa, também abrange o desenho industrial.
A
conversa toma então outro rumo, a designer vai explicando como a
loja foi um sucesso de que não estava à espera. “Nunca
pensámos que este se tornasse no negócio principal”. Pensa que
o sucesso se deve ao esforço de inovação e porque, com tantos
turistas (especialmente os vindos de Hong Kong), foi fácil criar
um interesse pela moda de autor, coisa que até há poucos anos
não se via na RAEM. Ao longo destes anos a Lines Lab nunca ficou
parada. Além de ter conseguido fazer crescer o lucro, fez-se
também um grande investimento de tempo e dedicação no meio
artístico da terra, com a criação de associações como a
“853”, além da participação na Associação de Designers de
Macau. “As pessoas em Macau já se vão habituando a dar algum dinheiro por roupa, que, não sendo dos estilistas de topo, oferecem qualidade e originalidade. Se há algum tempo o cliente gastava dinheiro na esperança de comprar estatuto agora ele já vai à procura de outra coisa.” Mas para criar uma indústria é preciso uma série de coisas que Macau, apesar de estar a dar os primeiros passos nesse sentido, ainda não tem. São, por exemplo, precisas revistas de moda, desfiles e divulgação.” Quando se lhe pergunta se acha que a geração mais nova prefere influências asiáticas, a estilista fica com um ar pensativo. “Nunca tinha pensado nisso (risos), mas sim, estou a pensar nas meninas vestidas à maneira dos desenhos animados japoneses “confirma. “Penso que não é só as influências asiáticas, é também uma nova forma de ver a moda. Eles pegam em peças para as quais nós temos usos específicos e já pensados há muito tempo e dão-lhes a volta, talvez o mesmo que nós fazemos quando vestimos as cabaias tradicionais. |
||||||||||||||||
MINERAÇÃO |
Baunilha. |
||||||||||||||||
ESPORTES |
O Governo da RAEM, para promover o desporto para todos e divulgar junto da população as vantagens do exercício físico na saúde, organiza muitas atividades e eventos, como por exemplo o Dia de Desporto em Família, o Dia do Desporto para Todos, o Festival Desportivo das Entidades Públicas, o Festival Desportivo das Mulheres de Macau e o Dia Internacional do Desafio. Macau possui muitos campos, pavilhões, centros e instalações desportivas de grande qualidade, destacando-se o Estádio Campo Desportivo e a Piscina Olímpica de Macau, sendo quase sempre abertas para o uso público. Esta região administrativa especial possui também uma rede de trilhos (localizado nas ilhas da Taipa e Coloane), piscinas e praias públicas e um número significativo de parques e jardins (atendendo à reduzida área de Macau), oferecendo à população um lugar para praticarem exercícios matutinos ou para frequentarem por puro lazer. O futebol é o desporto mais praticado no território e o que tem mais amantes. Dado a existência de poucos campos de dimensões oficiais para futebol entre 22 jogadores (duas equipes) para atender às necessidades do grande número de praticantes locais de futebol, existe em Macau o futebol jogado a 7, ao qual se denominou de "Bolinha", praticado em campos de menor dimensão como o existente no Colégio D. Bosco. Existe em Macau dezenas de associações e clubes de futebol, nomeadamente o Clube Desportivo Monte Carlo. As ligas e grande parte das competições de futebol são anualmente organizadas pela Associação de Futebol de Macau, mas devido à pequena população de Macau (cerca de meio milhão), as ligas profissionais são financeiramente inviáveis. A modalidade de futebol de salão (futsal) é também uma das mais praticadas pela juventude de Macau. O hóquei em campo e a pelota basca foram outros desportos que tiveram a sua dimensão em Macau, mas que com o tempo se perderam a sua glória e praticamente desapareceram. O hóquei em patins, muito por influência da comunidade portuguesa, ainda prevalece em Macau como uma boa alternativa de desporto para muitos jovens, além de ténis de mesa, badminton, basquetebol e voleibol. As modalidades relacionadas com artes marciais como o Kung Fu, Karaté, Judo e Taekwondo são muito populares e têm muitos adeptos. A maioria da população mais idosa, principalmente chinesa, opta por praticar Tai Chi, como desporto de manutenção. Macau organiza muitos eventos e competições desportivas locais. A nível regional e internacional, Macau organiza anualmente o Grande Prémio de Macau e organizou em 2005 os 4º Jogos da Ásia Oriental, em 2006 os 1º Jogos da Lusofonia e em 2007 os 2º Jogos Asiáticos em Recinto Coberto. Badminton ou badmínton é um desporto individual ou de pares, semelhante ao ténis e ao vôlei de praia, praticado com raquete e um volante ou pena que deve passar por cima de uma rede. O basquetebol ou bola ao cesto é um jogo desportivo coletivo inventado em 1891 pelo professor de Educação Física canadense James Naismit, na Associação Cristã de Rapazes de Springfield, Massachusetts, Estados Unidos. É disputado por duas equipes de 10 jogadores (5 em campo e 5 suplentes) que têm como objetivo passar a bola por dentro de um cesto e evitar que a bola entre no seu cesto colocado nas extremidades da quadra, seja num ginásio ou ao ar livre. Os aros que formam os cestos são colocados a uma altura de 3 metros e 5 centímetros. Os jogadores podem caminhar no campo desde que driblem (batam a bola contra o chão) a cada passo dado. Também é possível executar um passe, ou seja, passar a bola em direção a um companheiro de equipe. O basquetebol é um desporto olímpico desde os Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim. O nome vem do inglês basketball, que significa literalmente "bola no cesto". É um dos esportes mais populares do mundo. Em Dezembro de 1891, o professor de educação física canadense James Naismit, do Springfield College (então denominada Associação Cristã de Rapazes), em Massachusetts, Estados Unidos, recebeu uma tarefa de seu diretor: criar um desporto que os alunos pudessem praticar em um local fechado, pois o inverno costumava ser muito rigoroso, o que impedia a prática do Baseball e do Futebol Americano. James Naismith logo descartou um jogo que utilizasse os pés ou com muito contato físico, pois poderiam se tornar muito violentos devido às características de um ginásio, local fechado e com piso de madeira. Logo escreveu as treze regras básicas do jogo e pendurou um cesto de pêssegos a uma altura que julgou adequada: 10 pés, equivalente a 3,05 metros, altura que se mantém até hoje; já a quadra possuía, aproximadamente, metade do tamanho da atual. Em contrastes com as redes de basquete moderno, em cesta de pêssegos manteve a sua parte inferior, e as bolas tinham que ser retiradas manualmente após cada "cesto" ou ponto marcado, o que provou ser ineficaz. Dessa forma, um buraco foi perfurado no fundo da cesta, permitindo que as bolas fossem retiradas a cada vez com uma longa vara. Os cestos de pêssegos foram utilizados até 1906, quando foram finalmente substituídos por aros de metal com tabela. Uma outra alteração foi feita logo cedo, de forma que a bola apenas passasse pela cesta, abrindo caminho para o jogo que conhecemos hoje. Uma bola de, futebol foi usada para acertar as cestas. Sempre que uma pessoa arremessava uma bola na cesta, a sua equipe ganharia um ponto. A equipe com o maior número de pontos ganhava o jogo. As cestas foram originalmente pregadas ao balcão do mezanino da quadra de jogo, mas isto se provou impraticável quando os espectadores no balcão começaram a interferir nos arremessos. A tabela foi introduzida para evitar essa interferência, que teve o efeito adicional de permitir rebotes. Esse desporto chama-se "basquetebol". O hóquei em campo (no Brasil também conhecido por hóquei sobre a grama) é um desporto praticado por duas equipas de 11 jogadores. Um jogo divide-se em quatro partes de 15 minutos, com 15 minutos de intervalo ao meio-tempo, 2 minutos depois de 1º e 3º tempos, e disputa-se numa quadra com uma baliza em cada topo. O objetivo do jogo é tentar marcar o maior número de golos possíveis, conduzindo a bola por intermédio de um stick. O hóquei em patins, é um desporto coletivo que se joga num rinque, em que os atletas rolam sobre patins usam um stick para conduzir uma bola e introduzir na baliza adversária. O hóquei em patins tradicional é jogado por cinco jogadores, quatro em campo e um guarda-redes. Neste desporto é utilizado o seguinte equipamento: Patins (compostos por quatro rodas cada patim, travão, chassi e bota), stick e bola. Como equipamento de proteção utiliza-se caneleiras, joelheiras, luvas, coquilha e no caso dos guarda-redes, proteção de coxa, máscara para a cabeça e cotoveleiras. O jogo disputa-se num ringue. O Organismo máximo para esta modalidade a nível mundial é o CIRH, Comité Internacional de Hóquei em Patins, enquanto que a nível europeu temos CERH (Comité Europeu), responsável por todas as provas existentes no continente europeu e o CSP (Comité Sul Americano), responsável pelas provas no continente Sul Americano. As principais provas a nível de seleções masculinas e femininas são o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, Campeonato Europeu de Hóquei em Patins e a Taça Latina. A pelota basca (pelota vasca, em castelhano; pilota basca, em catalão e pilota em basco) é um esporte jogado com uma bola que é batida com a mão, uma raquete, um bastão de madeira ou uma cesta, contra uma parede (o frontão, em castelhano frontón) ou, mais tradicionalmente, entre duas equipas frente a frente separadas por uma linha no chão ou por uma rede. Surgiu na Idade Média na região do País Basco (norte da Espanha e sudoeste da França). É praticado também na Espanha em La Rioja e outras comunidades autônomas, e em menor escala em Castela e Leão e Aragão. Comunidades bascas emigradas para as Américas estenderam o esporte na Argentina, Chile, Cuba, Estados Unidos, México, Uruguai e Venezuela. Hoje a pelota basca é praticada em vários países como; Bélgica, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, França, Guiné, Honduras, Itália, México, Polônia, Portugal, Togo, Venezuela, etc. O tênis de mesa ou ténis de mesa, ténis-de-mesa ou mesatenismo foi inventado no Reino Unido, mais precisamente na Inglaterra no século XIX onde era conhecido como ping-pong, até se tornar uma marca registrada e por isso mudou-se o nome na Europa para tênis de mesa, sendo o nome ping-pong atualmente usado apenas para fins recreativos. É um dos esportes mais populares do mundo em termos de número de jogadores. O tênis de mesa é conhecido como sendo o esporte com o tipo de bola mais rápida do mundo, sendo o esporte de raquete que mais produz efeito (rotação) na bola. Voleibol (chamado frequentemente no Brasil de Vôlei e em Portugal de Vólei) é um desporto praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O objetivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que a bola toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é um desporto olímpico, regulado pela Fédération Internationale de Volleyball FIVB). |
||||||||||||||||
LEMA |
O pais não tem Lema. |
||||||||||||||||
FORÇAS ARMADAS |
Por ser uma Dependência de Portugal, o país não possui Forças Armadas. |