GEOGRAFIA PURA

PAÍS

Tunísia

SIGNIFICADO DO NOME

A palavra “Tunísia” é derivada de Túnis; um importante centro urbano e a capital da Tunísia moderna. A forma atual do nome, com seu sufixo -ia, evoluiu do francês Tunisie. A derivação do francês foi adotada em algumas línguas europeias com ligeiras modificações.

O nome “Túnis” pode ser atribuído a diferentes origens. É geralmente associado com a raiz berbere, transcrita como “tns”, o que significa "deitar-se" ou "acampamento". Por vezes, é também associada à deusa púnica Tanit, a antiga cidade de Tynes.

CONTINENTE

África

BANDEIRA

SINIFICADO DA BANDEIRA

Significado / origem Tunísia-Bandeira:

A bandeira da Tunísia foi introduzido pela primeira vez em 1835 pelo Bey da Tunísia Hassan I.. Ela era de um modo semelhante, ao mesmo tempo a bandeira da província otomana Tunus. Desde então derrotou a bandeira apenas ligeiras modificações.

Significado da Bandeira da Tunísia

O crescente e a estrela são símbolos do Islã e também são considerados sinal auspicioso. Ambos os símbolos são uma referência ao passado da Tunísia como parte do Império Otomano.

A cor vermelha era um símbolo da legitimidade dinástica no Império Otomano. Após a independência do país da França, a bandeira foi adotada como a bandeira nacional.

MAPA

BRASÃO

O brasão de armas da Tunísia exibe um navio, juntamente com um leão segurando uma espada, e uma balança. No centro, apenas no âmbito do navio, existe uma faixa com o lema nacional, em árabe: Liberdade–Ordem–Justiça. O emblema central da bandeira nacional está acima do escudo. O fundo é a ouro em todas as secções.

HINO

Tunisiano

Humanta 'L-Êiman Yan Humanta 'L-Êiman

Halummñ, Halummñ, Li-majdi 'Z-zaman

Laqad Sarakhat Fil-'uruqi 'D-diman

Namñtu, Namñtu, Wa-yahya 'L-waðan

Li-tadwi 'S-samanwantu Bira 'dihan

Li-tarmi 'S-îawª'iqu NÌrannahan

Ilan 'Izzi Tunis Ilan Majdihan

Rijanla L-bilandi Wa-shubbannahan

Falan Ãsha FÌ Tñnisa Man Khannahan

Wa-lan Ãsha Man Laysa Min Jundihan

Namñtu Wa-naÊya 'Alan 'Ahdihan

Hayata 'L-kirami Wa-mawta 'L-'izanm.

Português

Humanta 'L-Êiman Yan Humanta' L-Êiman

Halummñ, Halummñ, Li-Majdi 'Z-time

Fil-'uruqi Sarakhat Laqad 'D terminada

Namñtu, Namñtu, Wa-Yahya 'L-Wadan

Superposição Li-tadwi 'S-samanwantu Bira "

Li-tarmi 'S-IAW ª' iqu NÌrannahan

Izzi Ilan 'Tunis Ilan Majdihan

L-bilandi Rijanla Wa-shubbannahan

Asha Falan Man Fi Tñnisa Khannahan

Wa-lan Asha Man Laysa Min Jundihan

Ahdihan 'Alan' wa-naÊya Namñtu

"L-kirami Wa-mawta" Hayata L'izanm.


SIGNIFICADO DO HINO

Humat al-Hima (em português: Defensores da Pátria) é o hino nacional da Tunísia. A letra foi escrita pelos poetas Mustafá Sadik Al-Rafii e Aboul Kacem Chabbi na década de 1930. A música foi composta pelo egípcio Mohammad Abdel Wahab, que também compôs o hino nacional dos Emirados Árabes Unidos. Foi adotado em 12 de novembro de 1987, substituindo o antigo hino, escolhido em 1958, após a independência do país.

CAPITAL

Tunes

MOEDA

Dólar Tunisiano

ARQUIPÉLAGOS

As Ilhas Galite ou La Galite (em árabe: جالطة, em francês: La Galite) formam um arquipélago rochoso de origem vulcânica situado a norte da Tunísia, no Mar Mediterrâneo. São igualmente o arquipélago e ponto mais setentrional da Tunísia, e também de todo o continente africano.

Ficam 38km a noroeste do cabo Serrat, o ponto mais próximo da costa tunisina, do qual estão separadas pelo canal de Galite. Distam ainda 65km a nordeste da cidade de Tabarka e 150km a sul do cabo Spartivento (no sul da Sardenha).

A principal ilha (La Galite) tem 5,4km de comprimento este-oeste, e 2,9km de largura máxima. A área do arquipélago é de pouco mais de 8km², a maior parte correspondendo à ilha maior, que tem penhascos de 200m e só é acessível do lado sul, na baía Escueil de Pasque. Algumas famílias de pescadores habitam a ilha. O ponto mais alto tem 391 m e chama-se Bout de Somme (Grand Sommet).

Habib Bourguiba esteve exilado pelas autoridades francesas num forte abandonado em La Galite, entre 1952 e 1954.

As ilhas Kerkennah (em árabe: قرقنة), por vezes escritas Kerkenna ou Kerkena, são um arquipélago da Tunísia no mar Mediterrâneo a cerca de 20km ao largo de Sfax. Administrativamente, estão anexadas ao governorato de Sfax, composto por dez imadas, mas também um município.

São seis as ilhas, duas das quais habitadas: Gharbi ou Mellita e Chergui ou Grande Kerkennah. O perímetro do arquipélago ultrapassa 160km. Têm 14.400 habitantes. A agricultura é difícil devido à aridez das ilhas, e a pesca é uma atividade importante.

Eram conhecidas como Cercina durante o período romano.

CLIMA

O clima da Tunísia encontra-se sujeito a influências mediterrânicas e saarianas. O clima mediterrâneo predomina no norte e caracteriza-se por invernos amenos e verões quentes e secos. As temperaturas variam em função da latitude, altitude ou proximidade em relação ao Mar Mediterrâneo. As temperaturas médias são de 12°C em Dezembro e 30°C em Julho.

CONDADOS

O país não possui Condados.

DUCADOS

O país não possui Ducados.

ILHAS

Chergui (em árabe: جزيرة شرقي,; transl.: Jazīrat ash-Sharqī; "a oriental"), também designada Grande Kerkennah, é maior das duas ilhas povoadas do arquipélago das Kerkennah, situadas no Golfo de Gabès, ao largo de Sfax, na Tunísia.

A sua forma é aproximadamente de um triâgulo cuja base tem cerca de 20km, entre a ponte de al-Kantara e a aldeia de El Attaya, e cuja altura é de cerca de 8km. A sua área é de cerca de 110km². A elas estão associadas cinco ilhotas desanbitadas, o maior dos quais é Gremdi.

Além de ser a maior das ilhas Kerkennah, Chergui é também a mais povoada. Ali se encontram onze das treze aldeias do arquipélago, cuja capital é Remla, situada no centro. As aldeias concentram-se a ocidente, ao longo da estrada que atravessa a ilha, sendo a parte oriental ocupada principalmente por lagoas. É em Chergui que se situa a pequena área hoteleira de Sidi Fredj.

Djerba, Jerba ou Yerba (em árabe: جربة; transl.: Ǧirba ou Jarbah), também chamada no passado Gerba, Girba, ou, em espanhol, Los Gelves, é uma ilha situada na costa mediterrânica do sul da Tunísia, com 514km² de área. É a maior ilha costeira do Norte de África e situa-se a sudeste do golfo de Gabès, barrando a entrada do golfo de Boughrara. Tem cerca de 20 por 25km e 150km de costa.

Em 2004, a ilha tinha 139.517 habitantes. Houmt Souk, a capital e única verdadeira cidade, tinha então 44.555 habitantes.

Segundo a lenda, Djerba foi visitada por Ulisses. Os cartagineses tiveram ali diversos entrepostos comerciais, os romanos fundaram várias cidades e desenvolveram a agricultura e o comércio portuário. Passou depois pelo domínio dos vândalos e dos bizantinos antes de ser uma possessão árabe. Desde os anos 1960 que é um destino turístico popular, pelas suas praias que alguns consideram as melhores do Mediterrâneo. Apresenta algumas características culturais únicas na Tunísia, como o facto duma parte da população ser ibadita, de ser um dos últimos locais onde ainda se fala berbere na Tunísia, da presença outrora importante duma comunidade judaica, cuja origem, segundo a tradição, remonta à destruição do Templo de Salomão.

A ilha está ligada ao continente na extremidade sudoeste por um ferryboat que liga Ajim a Jorf e a sudeste por uma estrada que atravessa o estreito muito pouco profundo entre El Kantara e a península de Zarzis. A construção mais antiga desta última via pode remontar ao final do século III a.C..

PRINCIPADOS

O país não possui Principados.

FAUNA

O cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa) é um cágado da família Emydidae. Está presente na Península Ibérica e no Norte de África (Marrocos, Algéria e Tunísia). Anteriormente, estava incluida na espécie Mauremys caspica.

FLORA

Alkanna tinctoria, Althaea officinalis, Anagyris foetida, Anthemis maritima, bituminosa Bituminaria, Borago officinalis, arvensis Buglossoides, Carum carvi, napifolia Centaurea, sphaerocephala Centaurea, ruber Centranthus, Conium maculatum, Convolvulus tricolor, fullonum Dipsacus, Echium angustifolium angustifolium Echium, Echium creticum creticum Echium, Ephedra fragilis Ephedra fragilis, Heliotropium europaeum, trionum Hibiscus, Ilex aquifolium, verticillatum Illecebrum, Lavandula dentata, Lavandula multifida, Lavandula stoechas, trimestris Lavatera, pinifolia Linaria, Malva eriocalyx, Malva parviflora, subovata Malva, Mandragora officinarum, spinosa Moluccella, Palms, na Tunísia, argentea Paroníquia, Rosmarinus officinalis, procumbens Sagina, Sambucus nigra, rosmarinifolia Santolina, olusatrum Smyrnium, holostea Stellaria, coccineum Tanacetum, picroides Urospermum, alba Viola, Vitex agnus-castus

RELEVO

A Tunísia está situada na costa mediterrânea do norte da África, a meio caminho entre o Oceano Atlântico e o Delta do Nilo. Faz fronteira com a Argélia a oeste e com a Líbia, a leste e sul. Situa-se entre as latitudes 30 ° e 38 °N e longitudes 7 ° e 12 °E.

Embora seja relativamente pequeno em tamanho, o país conta com uma grande diversidade ambiental, devido à sua extensão norte-sul. A sua extensão leste-oeste é limitada. As diferenças da Tunísia como o resto do Magrebe são em grande parte diferenças ambientais definidas na direção norte-sul, como a diminuição acentuada das chuvas na região sul.

A Dorsal, a extensão leste das Cordilheira do Atlas, atravessa a Tunísia, em direção nordeste, a partir da fronteira argelina, a oeste da península do Cabo Bon, no leste. A norte da Dorsal está Tell, uma região caracterizada por colinas baixas e planícies, novamente uma extensão de montanhas a oeste da Argélia. No Khroumerie, na região noroeste da Tunísia, as elevações atingem 1050 metros e neve ocorre no inverno.

HIDROGRAFIA

No norte corre o único rio perene do país, o Medjerda, em seu vale se desenvolve a atividade agrícola, que emprega 30% da mão-de-obra. Na região central existe um imenso lago, quase sempre seco, o Jerid, que divide ao meio o território da Tunísia.

SUBDIVISÕES

Províncias

Delegações

Ariana

Ariana, EttadhamenMnihla, Kalaât El Andalous, Raoued, Sidi Thabet e Soukra.

Béja

Amdoun, Béja Nord, Béja Sud, Goubellat, Medjez El Bab, Nefza, Teboursouk, Testour e Tibar.

Ben Arous

Ben Arous, Bou Mhel el-Bassatine, El Mourouj, Ezzahra, Fouchana, Hammam Chott, Hammam Lif, Medina Jedida (Medida Nouvelle), Mégrine, Mohamedia, Mornag e Radès.

Bizerte

Bizerta Norte, Bizerta Sul, El Alia, Ghar El Melh, Ghezala, Joumine, Mateur, Menzel Bourguiba, Menzel Jemil, Ras Jebel, Sejenane, Tinja, Útica e Zarzouna.

Gabès

El Hamma, Gabès Medina, Gabès Oeste, Gabès Sul, Ghannouch, Mareth, Matmata, Menzel El Habib, Métouia e Nouvelle Matmata.

Gafsa

Belkhir, El Guettar, El Ksar, Gafsa Norte, Gafsa Sul, Mdhila, Métlaoui, Oum El Araies (Moularès), Redeyef, Sened e Sidi Aïch.

Jendouba

Aïn Draham, Balta-Bou Aouane, Bou Salem, Fernana, Ghardimaou, Jendouba Norte, Jendouba Sul, Oued Meliz e Tabarka.

Kairouan

Alaâ, Bouhajla, Chebika, Echrarda, Haffouz, Hajeb el Ayoun, Kairouan Norte, Kairouan Sul, Nasrallah, Ouslatia e Sbikha.

Kasserine

Djedeliane, El Ayoun, Ezzouhour, Feriana, Foussana, Haïdra, Hassi El Ferid, Kasserine Norte, Kasserine Sul, Majel Bel Abbès, Sbeitla, Sbiba e Thala.

Kebili

Douz Norte, Douz Sul, Faouar, Kebili Norte, Kebili Sul e Souk El Ahad.

Kef

Dahmani, Djerissa, El Ksour, Kalâat Khasbah, Kalâat Snan, Kef Leste, Kef Oeste, Nebeur, Sakiet Sidi Youssef, Sers e Tajerouine.

Mahdia

Bou Merdès, Chebba, Chorbane, El Jem, Essouassi, Hebira, Ksour Essef, Mahdia, Melloulèche, Ouled Chamekh e Sidi Alouane.

Manouba

Borj El Amri, Djedeida, Douar Hicher, El Battane, Mannouba, Mornaguia, Oued Ellil e Tebourba.

Médenine

Ben Gardane, Beni Khedache, Djerba Ajim, Djerba Houmt Souk, Djerba Midoun, Médenine Norte, Médenine Sul, Sidi Makhloulf e Zarzis.

Monastir

Bekalta, Bembla, Beni Hassen, Jammel, Ksar Hellal, Ksibet el Mediouni, Moknine, onastir, Ouerdanine, Sahline, Sayada-Lamta-Bouhjar, Teboulba e Zeramdine.

Nabeul

Béni Khalled, Béni Khiar, Bou Argoub, Dar Châabane El Fehri, El Haouaria, El Mida, Grombalia, Hammam El Guezaz, Hammamet, Kélibia, Korba, Menzel Bouzelfa, Menzel Temime, Nabeul, Soliman e Takelsa.

Sfax

Agareb, Bir Ali Ben Kelifa, Djebeniana, El Amra, El Hencha, Ghraiba, Kerkennah, Mahres, Menzel Chaker, Sakiet Eddaïer, Sakiet Ezzit, Sfax Oeste, Sfax Sul, Sfax Ville, Skhira e Tina.

Sidi Bouzid

Bir El Hafey, Cebbala Ouled Asker, Jilma, Meknassy, Menzel Bouzaiane, Mezzouna, Ouled Haffouz, Regueb, Sidi Ali Ben Aoun, -Sidi Bouzid Leste, Sidi Bouzid Oeste e Souk Jedid.

Siliana

Bargou, Bou Arada, Bourouis, El Aroussa, El Krib, Gaâfour, Kesra, Maktar, Rouhia, Siliana Norte e Siliana Sul.

Sousse

Akouda, Bouficha, Enfida, Hammam Sousse, Hergla, Kalaâ Kebira, Kalâa Seghira, Kondar, M'saken, Sidi Bou Ali, Sidi El Héni, Sousse Jawhara, Sousse Medina, Sousse Riadh e Sousse Sidi Abdelhamid.

Tataouine

Bir Lahmar, Dehiba, Ghomrassen, Remada, Smâr, Tataouine Norte e Tataouine Sul.

Tozeur

Degache, Hazoua, Nefta, Tamerza e Tozeur.

Túnis

Bab El Bhar, Bab Souika, Bardo, Cartago (Carthage), Cité El Khadhra, Djebel Jelloud, El Hrairia, El Kabaria, El Menzah, El Omrane, El Omrane Superior, El Ouardia, Ettahrir, Ezzouhour, La Goulette, La Marsa, La Medina, Le Kram, Sidi El Béchir, Sidi Hassine e Sijoumi.

Zaghouan

Bir Mchergua, El Fahs, Nadhour, Saouaf, Zaghouan e Zriba.


VEGETAÇÃO

Na zona do norte do país, sobretudo da costa oriental e setentrional, a flora é do tipo mediterrânea. Entre as muitas e chamativas plantas subtropicais encontram-se os hibiscos, as buganviles, os aromáticos jasmins, os cítricos, as oliveiras e as videiras. Na serra norte de Kroumir, encontram-se belos bosques povoados nos que crescem os redondos sobró e as grandes azinheiras, enquanto que na zona de Mogod, crescem plantas típicas do maquís como os fetais, as urzas e as giestra. Na zona de Tabarka predominam os bosques com árvores variados como os dules, os álamos, as salgueira e os fetais. Nas regiões altas do Atlas dominam sobretudo os zimbros e os pinos de Alepo. Na zona próxima à capital e para o sul, até Nabeul e Hammamet, em Cabo Bom, predomina a variada e chamativa flora de cultivo como jasmins, magnólias, gerânios, vinhedos, laranjeiras e limoeiros.

IDIOMAS

O árabe é a língua oficial e o árabe tunisiano, conhecido como “Derja”, é a variedade local e usada popularmente. Há também uma pequena minoria de falantes de línguas berberes conhecidas coletivamente como “Shelha”.

O francês também desempenha um papel importante na sociedade tunisina, apesar de não ter um estatuto oficial. É amplamente utilizado na educação (por exemplo, como a língua de ensino nas ciências no ensino secundário), na imprensa e nos negócios. Em 2010, havia 6.639.000 francófonos na Tunísia, ou cerca de 64% da população. O italiano é compreendido e falado por uma pequena parte da população local. Placas e sinais de trânsito na Tunísia são geralmente escritos em árabe e francês.

CULINÁRIA

A gastronomia da tunisiana é muito rica e variada e conta com especialidades de diversas origens, resultado dos diferentes povos que a ocuparam, como os berberes, andaluzes, persas, turcos e egípcios. A culinária da Tunísia recebe influência da cozinha francesa, grega e árabe.

A entrada de uma refeição típica é composta por uma salada de tomate e alface, pepinos com coalhada e um pastel chamado "brik". Em boa parte do litoral costuma-se servir a "chorba", uma sopa de peixe com tomate. Lablabi é uma sopa de grão-de-bico, igualmente popular. A carne de carneiro é também básica na mesa tunisiana.

Na capital, Tunis, é comum servir de entrada o pão e a harissa, uma pasta de pimenta vermelha com alho, cominho, coentro, alcaravia e azeite.

As tâmaras frescas fazem igualmente parte da culinária tunisiana.

RELIGIÕES

Noventa e nove por cento dos tunisinos são Muçulmanos. A maior parte deles são sunitas pertencentes à madhhab maliquita, mas continua a existir um pequeno número de ibaditas entre os berberes da ilha de Djerba.

Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena sufi, no entanto não existem estatísticas relativas ao seu tamanho. Informações fidedignas referem que muitos sufis deixaram o país logo após a independência quando os seus terrenos e edifícios religiosos foram revertidos para o governo (o mesmo que as fundações ortodoxas islâmicas). Ainda que a comunidade Sufi seja pequena, a sua tradição de misticismo permeia a prática de Islão por todo o país. Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena "marabutica" que pertence à irmandade espiritual conhecida como "Turuq"

A comunidade cristã, composta por residentes estrangeiros e um pequeno grupo de nativos-nascidos cidadãos de ascendência árabe ou europeia, números 25.000 e se dispersa ao longo de todo o país. Existem 20.000 católicos. Os muçulmanos quando entram na mesquita têm de estar descalços e com os joelhos tapados.

POLÍTICA

A Tunísia é uma república constitucional com um presidente que serve como chefe de Estado, um primeiro-ministro como chefe de governo, um parlamento unicameral e um judiciário baseado no sistema romano-germânico. A Constituição da Tunísia, aprovada 26 de janeiro de 2014, garante direitos para as mulheres e afirma que a religião do presidente "será o Islã. Em outubro de 2014 o país realizou suas primeiras eleições sob a nova constituição e após a Primavera Árabe.

O número de partidos políticos legalizados na Tunísia tem crescido consideravelmente desde a revolução de 2011. Existem hoje mais de 100 partidos legais, incluindo vários que existiam durante o antigo regime. Durante o governo de Ben Ali, apenas três partidos da oposição funcionavam como independentes: o PDP, FDTL e o Tajdid. Embora alguns partidos sejam mais antigos e bem estabelecidos, visto que podem recorrer a estruturas partidárias anteriores, muitos dos mais de 100 partidos existentes no país em 2012 ainda eram pequenos.

As mulheres detinham mais de 20% dos assentos no parlamento bicameral pré-revolução do país, o que é raro no mundo árabe. Na Assembleia Constituinte de 2011, as mulheres ocuparam entre 24% e 31% de todos os lugares. A Tunísia está incluída na Política Europeia de Vizinhança da União Europeia, que visa aproximar a UE de seus vizinhos mais próximos. Em 23 de novembro de 2014 a Tunísia realizou sua primeira eleição presidencial após a Primavera Árabe, em 2011.

TURISMO

TUNES

A medina de Tunes é uma montra de edifícios históricos (dars), mesquitas, madrassas, zauias (tumúlos), hammams (banhos públicos), kasbahs e souks reunidos dentro das portas da muralha. Uma visita a um ponto da alto da medina permite contemplar um magnífico skyline com os minaretes das mesquitas. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia. O museu do Bardo também merece uma visita.

CARTAGO

Cartago foi uma das cidades mais poderosas da Antiguidade. Fenícios e romanos lutaram pela cidade mas muito foi destruído. Hoje pouco há para ver quando se visita as ruínas de Cartago. A colina de Byrsa, onde se localiza o museu e a catedral, tem uma vista fenomenal do golfo de Tunes. Fora da colina, as ruínas romanas e bizantinas estão espalhadas numa área bastante extensa, desde o anfiteatro romano, as ruínas das villas romanas e termas de Antonino. Um bilhete único combinado dá acesso a todos os locais. É fácil chegar ali desde Sidi Bou Said.

SIDI BOU SAID

Sidi Bou Said está localizada numa colina sobranceira ao golfo de Tunes. Um dos ex-líbris da cidade é o Café de Nates, um lugar que Simone de Beauvoir e Jean Paul Satre frequentavam. É o lugar mais popular da povoação. Mas há outros. Uma visita pela cidade envolve percorrer as suas ruas estreitas e apreciar a arquitetura das habitações brancas e com janelas coloridas. Não deve perder Dar el-Annabi, uma mansão com cerca de 300 anos no centro da cidade e um pôr-do-sol no Café Sidi Chabaane. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

KAIROUAN

Kairouan é o símbolo por excelência do domínio islâmico do norte de África. Um dos lugares mais sagrados é a Grande Mesquita de Kairouan e por isso a cidade é a mais conservadora da Tunísia. Dentro das muralhas da cidade, a medina é fabulosa, com vários souqs cobertos e túmulos (zaouia) de homens santos e a magnífica antiga casa do governador da cidade, agora uma sumptuosa loja de tapetes. Para além disso, existe o Bir Barouta, um poço onde segundo a lenda foi encontrado um cálice que teria desaparecido de Jerusalém. Um camelo continua a virar as rodas do mecanismo que puxa a água. Fora da cidade existem as cisternas Aglábidas. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

MATMATA

Uma visita a Matmata envolve uma visita às casas trogloditas da região, habitações resultantes da necessidade da população em lidar com o calor e secura do deserto, a falta de precipitação e as fortes amplitudes térmicas. Há várias famílias que abrem as portas de sua casa para uma visita. Para além das casas tradicionais é recomendável uma visita a Sidi Idris, o cenário troglodita da saga “Guerra das Estrelas”.

CHENINI

Chenini é uma cidade em ruínas que foi um lugar geoestratégico na região durante séculos. Com 500 metros de altitude, do seu topo é possível observar o planalto de Dahar. Hoje percorrer as ruas de Chenini e as suas habitações abandonadas e em ruínas é uma experiência alucinante. Altamente recomendado numa viagem pelo sul da Tunísia.

TATAOUINE

A região de Tataouine é rica numa imagem de marca da Tunísia: os ksour (plural de ksar). Estas construções berberes fortificadas eram originalmente usadas como celeiros. Há dezenas de ksours espalhados pela região mas nós vistamos apenas dois: o Ksar Ouled Soltane (magnífico) e o Ksar Haddada. Ambos valem uma visita.

KSAR GHILANE

Ksar Ghilane é a melhor porta de entrada para o deserto. Dali para sul, em direção à Líbia, só se consegue viajar com permissões especiais. O deserto em Ksar Ghilane é magnífico com dunas de areia laranja e ergsmaravilhosos. Há uma fonte termal com uma piscina pública e alguns alojamentos para turistas. No seio do deserto estão as ruínas do forte de Ksar Ghilane. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

DOUZ

Douz é outra das cidades que serve de porta de entrada para o deserto. A cidade é muito característica e interessante, especialmente à quinta-feira quando recebe um mercado de gado semanal na parte da manhã. Vale a pena visitá-la neste dia. Há várias agências na cidade onde se pode preparar viagens ao deserto. É o local ideal para comprar tapetes berberes.

TOZEUR

Tozeur é uma das mais belas cidades oásis da Tunísia. É um dos melhores lugares para preparar a sua viagem ao deserto. Foi ali que preparamos a nossa, recorrendo a uma agência local. É um excelente local para servir de base de exploração dos oásis de montanha, tais como Chebika, Tamerza e Midès. A cidade velha de Tozeur e o palmeiral são maravilhosos. Tozeur é o local ideal para comprar as magníficas tâmaras da Tunísia. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

DESERTO TUNISINO (a partir de Tozeur)

Há várias agências que tratam de tours em Tozeur e em Douz. A partir de Tozeur, onde tratamos da nossa, os preços para uma incursão no deserto, com motorista e jipe, ronda os 300 dinares/dia. A esse custo deve somar o alojamento, que pode ser marcado por si, ou pela agência. Deve certificar-se, que se o seu tour envolver vários dias, os custos do motorista já estão integrados. A diferença de preços nas diferentes agências da cidade resultam essencialmente do diferente alojamento escolhido, especialmente se for dormir a Ksar Ghilane.

ONG JEMAL E CHOTT EL GHARSA

Ong Jemal fica a cerca de 30km de Nefta e situa-se na orla do Chott el Gharsa, um dos lagos salgados da Tunísia. O lago fica a nordeste de Tozeur, e atinge cerca de 50km de comprimento. Esta região foi cenário dos filmes “O Paciente Inglês” e a “Guerra das Estrelas”. Ainda hoje pode encontrar ali crianças com rapozas do deserto, cada vez mais difíceis de ver.

CHOTT EL JERIDO

Chott el Jerid, a sul de Tozeur, é um lago enorme que se encontra a um nível inferior ao do Mediterrâneo. A estrada que liga Tozeur a Douz atravessa o lago salgado e é atravessando a estrada que o cruza a melhor forma de contemplar esta paisagem que chegar a fazer lembrar a lua. Há algumas fontes termais na região.

MIDÈS

Midès é um oásis de montanha a 1km da Argélia, e faz parte do “circuito” de oásis que se pode fazer a partir de Tozeur. A aldeia fica pendurada numa garganta fluvial. O canhão é maravilhoso e é possível descer ao seu fundo e percorrer um pouco do canhão num percurso de cerca de 4km que separam Midès de Tamerza. Do mirador da aldeia em ruínas as vistas são igualmente fenomenais. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

TAMERZA

Tamerza é um oásis de montanha a norte de Tozeur. A sua bela aldeia também está em ruínas mas é verdadeiramente magnífica e vale a pena ser visitada. À entrada da aldeia existe um grande palmeiral e uma queda de água, a origem daquele oásis do deserto. É um belo lugar a explorar desde Tozeur.

CHEBIKA

Este é o oásis de montanha mais próximo de Tozeur e um dos mais bonitos, senão mesmo o mais belo. Também por isso é o mais visitado. Há imensas palmeiras junto a uma pequena linha de água no palmeiral, próximo de uma nascente. Da nascente é possível seguir um pequeno percurso que segue a linha de água até à aldeia. Vale a pena a visita.

EL JEM

El Jem tem duas grandes atrações de nível mundial: o Anfiteatro Romano e o Museu Arqueológico. Estas duas razões fazem com que qualquer viagem ali vala e pena. O anfiteatro é o terceiro maior do mundo, mas o segundo mais bem conservado, depois do de Roma. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

SOUSSE

Sousse é a capital da região do Sahel, o litoral ocidental da Tunísia. A cidade tem souqs maravilhosos, uma bela mesquita, um ribat (mosteiro fortificado) e um kasbah com um magnífico museu. É uma das cidades muralhadas mais bem preservadas da Tunísia. Um lugar obrigatório a visitar na Tunísia.

DOUGGA

Dougga, uma pequena cidade no limite do império romano, no norte de África, fazia fronteira com o reino berbere da Numídia. Hoje, passados dois mil anos, Dougga constitui uma das ruínas romanas mais bem preservadas do mundo e é uma visita obrigatória na Tunísia.

ECONOMIA

Tunísia é um país orientado para a exportação e está em um processo de liberalização e privatização de uma economia que, apesar de uma média de crescimento do PIB de 5% desde o início da década de 1990, tem sofrido com a corrupção política que beneficia elites com conexões políticas. A Tunísia tem uma economia diversificada, que abrange agricultura, mineração, manufatura, produtos petrolíferos e turismo. Em 2008, teve um PIB de 45 bilhões de dólares (taxas de câmbio oficiais) ou 115 bilhões de dólares em paridade de poder de compra (PPC).

O setor agrícola representa 11,6% do PIB, a indústria 25,7% e os serviços 62,8%. O setor industrial é composto principalmente pela fabricação de vestuário e calçados, peças de automóveis e máquinas elétricas. Embora a Tunísia tenha conseguido uma taxa de crescimento econômico relativamente alta desde os anos 1990, o país continua a sofrer de uma elevada taxa de desemprego, especialmente entre os jovens.

Em 2009, a Tunísia foi classificada como a economia mais competitiva da África e o 40º do mundo pelo Fórum Econômico Mundial. O país conseguiu atrair muitas empresas internacionais, como a Airbus e a Hewlett-Packard. O turismo representava 7% do PIB e 370 mil postos de trabalho em 2009.

A União Europeia (UE) continua a ser o primeiro parceiro comercial, atualmente respondendo por 72,5% das importações e 75% das exportações tunisinas. A Tunísia é um dos parceiros comerciais mais consagrados da UE na região do Mediterrâneo e é o 30º maior parceiro comercial do bloco europeu. O país foi o primeiro do Mediterrâneo a assinar um Acordo de Associação com a União Europeia, em julho de 1995, embora, mesmo antes da data de entrada entrar em vigor, a Tunísia já tivesse começado a desmantelar as tarifas sobre o comércio bilateral. O país acabou com as tarifas de para os produtos industriais em 2008 e, portanto, foi o primeiro da região a entrar em uma zona de livre comércio com a UE.

A "Tunis Sports City" é uma cidade inteira de esportes sendo construída em Túnis. A cidade que será composta por edifícios de apartamentos, bem como instalações de vários esportes construídas pelo Grupo Bukhatir a um custo de 5 bilhões de dólares. O Porto Financeiro de Túnis vai criar o primeiro centro financeiro offshore do Norte da África na baía da cidade, em um projeto com um valor de desenvolvimento final de 3 bilhões de dólares. A "Tunis Telecom City" é um outro projeto de 3 bilhões de dólares para criar um centro de TI em Túnis.

ETINIAS

A população tunisiana, do ponto de vista sociológico, histórico e genealógico, é composta por árabes e berberes. Em 1870, a distinção entre a massa árabe e a elite turca se desfez e hoje a esmagadora maioria da população, cerca de 98%, simplesmente identifica-se como árabe. Há também uma pequena população puramente berbere (1%, no máximo) localizada nas montanhas Dahar e na ilha de Djerba no sudeste e na região montanhosa de Khroumire no noroeste.

Do final do século XIX até depois da Segunda Guerra Mundial, a Tunísia foi o lar de grandes populações de franceses e italianos (255 mil europeus moravam no país em 1956), embora quase todos eles, juntamente com a população judaica, tenham deixado a Tunísia após a independência do país. A história dos judeus na Tunísia remonta há cerca de 2.000 anos. Em 1948, a população judaica foi estimada em 105 mil pessoas, mas em 2013 apenas cerca de 900 permaneceram no país.

O primeiro povo conhecido na história do que é hoje a Tunísia foram os berberes. Numerosas civilizações e povos invadiram, migraram ou foram assimilados pela população ao longo dos milênios, com influências de populações de árabes, espanhóis, fenícios/cartagineses, franceses, janízaros, romanos, turcos otomanos e vândalos. Houve também um fluxo contínuo de tribos árabes nômades da Arábia.

Além disso, após a Reconquista e a expulsão dos não-cristãos e mouros da Espanha, muitos muçulmanos e judeus espanhóis também chegaram. O governo tem apoiado um programa de planejamento familiar notavelmente bem-sucedido, que reduziu a taxa de crescimento da população de pouco mais de 1% ao ano, contribuindo para a estabilidade econômica e social da Tunísia.

INDÚSTRIA

A Tunísia é um dos poucos países no mundo em desenvolvimento que aproveitaram a onda de atividades de reabilitação Norte-Sul criando as infraestruturas necessárias e estabelecer a sua reputação em termos de prazos e qualidade. De fato, em 1950, o tecido industrial é quase inexistente e os produtos que vêm de França, pagando uma tarifa baixa ou nenhuma produção local impedida de se desenvolver.

Agora, a indústria, que inclui a indústria não-manufatureira (mineração, energia, eletricidade e Construção) e especialmente a indústria de transformação (alimentos, têxteis e de couro, materiais de construção, vidro, madeira, plástico, mecânica, elétrica, eletrônica e química, etc) de produtos manufaturados representante de 82% das exportações totais em 1998.

PECUÁRIA

Aves, camelos, caprinos e ovinos.

COLONIZAÇÃO

Pré-história e antiguidade

Métodos agrícolas atingiram o Vale do Nilo, na região do Crescente Fértil, cerca de 5000 aC e se espalharam para o Magrebe em cerca de 4000 aC. As primeiras comunidades agrícolas nas planícies costeiras úmidas da Tunísia central são ancestrais dos tribos berberes de hoje.

Acreditava-se que nos tempos antigos a África era originalmente povoada por Gaetulians e líbios, ambos povos nômades. De acordo com o historiador romano Salústio, o semideus Hércules morreu na Espanha e seu exército oriental poliglota foi deixado para ocupar a terra a região, com alguma migração para a África. Os persas foram para o Ocidente, misturaram-se com os Gaetulians e se tornaram os númidas. Os númidas e os mouros pertenciam à raça etnia a partir da qual os berberes são descendentes. O significado traduzido de "númida" é nômade" e, de fato, as pessoas esses povos eram semi-nômades.

No início da história registrada, a Tunísia era habitada por tribos berberes. Sua costa foi colonizada por fenícios começando tão cedo quanto já no século XII a.C. A cidade de Cartago foi fundada no século IX aC por colonos fenícios e cipriotas. A lenda diz que Dido de Tiro, no atual Líbano, fundou a cidade em 814 aC, como recontado pelo escritor grego Timeu de Tauromenium. Os colonos de Cartago inspiraram sua cultura e religião nos fenícios.

Após uma série de guerras com cidades-Estados gregas (pólis) localizadas na Sicília no século V a.C., Cartago subiu ao poder e, eventualmente, tornou-se a civilização dominante no Mediterrâneo Ocidental. A população de Cartago adorava um panteão de deuses do Oriente Médio que incluía Baal e Tanit. O símbolo de Tanit, uma figura feminina simples com os braços estendidos e de vestido longo, é um ícone popular encontrado em locais antigos. Os fundadores de Cartago também estabeleceu um Tofete, que foi alterado no tempo dos romanos.

A invasão cartaginesa da península itálica conduzida por Hannibal durante a Segunda Guerra Púnica, um de uma série de guerras com a Roma Antiga, quase impossibilitou o surgimento do poder romano. Depois da conclusão do conflito, em 202 a.C., Cartago passou a funcionar como um Estado fantoche da República Romana por mais 50 anos. Depois da batalha de Cartago, em 149 aC, a cidade foi conquistada por Roma. Depois da conquista romana, a região tornou-se um dos principais celeiros dos romanos e foi totalmente latinizado.

Durante o período romano a área da Tunísia atual teve um enorme desenvolvimento. A economia, principalmente durante o Império Romano, prosperou por conta da agricultura. Chamada de "celeiro do Império", a área da Tunísia e da Tripolitânia, de acordo com uma estimativa, produzia um milhão de toneladas de cereais por ano, um quarto do que era exportado pelo Império. Cultivos adicionais incluíam feijão, figos, uvas e outras frutas.

Domínio árabe e otomano

Em algum momento entre a segunda metade do século VII e início do século VIII, houve conquista muçulmana do Magrebe por árabes. Eles fundaram a primeira cidade islâmica no norte da África, Cairuão. Foi lá, em 670dC que a Mesquita de Uqba, ou a Grande Mesquita de Cairuão, foi construída; esta mesquita é o santuário mais antigo e prestigiado no Ocidente muçulmano e mantém o mais antigo minarete do mundo; também é considerado uma obra-prima da arte e arquitetura islâmica.

Os governadores árabes de Tunis fundou a dinastia Aglábida, que governou a Tunísia, a Tripolitânia e o leste da Argélia do ano 800 a 909. A Tunísia floresceu sob o domínio árabe quando sistemas extensivos foram construídos para abastecer as cidades com água para uso doméstico e irrigação, o que promoveu a agricultura, principalmente a produção de oliva. Esta prosperidade permitia uma vida de luxo para a corte e foi marcada pela construção de novas cidades-palácio, como al-Abassiya (809) e Raqadda (877).

Depois de conquistar o Cairo, os fatímidas abandonaram a Tunísia e partes do leste da Argélia aos ziridas locais (972-1148). A Tunísia Zirida floresceu em muitas áreas como agricultura, comércio e ensino religiosa e secular. No entanto, a gestão dos líderes ziridas posteriores foi negligente, o que levou à instabilidade política.

A invasão da Tunísia pela Banu Hilal, uma confederação de tribos de guerreiros árabes beduínos que eram encorajados pelos fatímidas do Egito para tomar o Norte de África, fez com que a vida urbana e econômica da região entrasse em um declínio adicional. O historiador árabe Ibn Khaldun escreveu que as terras devastadas pela invasores da Banu Hilal haviam se tornado completamente áridas.

O litoral foi brevemente mantido pelos normandos da Sicília no século XII, mas após a conquista da Tunísia em 1159-1160 pelos almóadas, os últimos cristãos na Tunísia desapareceram, seja através da conversão ou da emigração forçada. Os almóadas governaram inicialmente sobre a Tunísia através de um governador, geralmente um parente próximo do califa. Apesar do prestígio dos novos senhores, o país ainda era indisciplinado, com tumultos e combates contínuos entre os habitantes da cidade e árabes e turcos.

A maior ameaça ao governo almóada na Tunísia era a dinastia Banu Ghaniya, descendente dos almorávidas, que a partir de sua base em Mallorca tentou restaurar o domínio almorávida sobre o Magrebe. Por volta de 1200, eles conseguiram estender seu domínio sobre toda a Tunísia, até serem esmagados pelas tropas almóadas em 1207. Após este sucesso, os almóadas instalaram Walid Abu Hafs como o governador da Tunísia, que permaneceu como parte do Estado almóada até 1230, quando o filho de Abu Hafs declarou-se independente. Durante o reinado da dinastia Háfsida, relações comerciais frutíferas foram estabelecidas com vários países mediterrânicos cristãos. No final do século XVI a costa tunisiana tornou-se um reduto de piratas.

Nos últimos anos dos háfsidas, a Espanha tomou muitas das cidades litorâneas, mas estas foram recuperadas pelo Império Otomano. A primeira conquista otomana de Túnis aconteceu em 1534, sob o comando de Barba Ruiva, o irmão mais novo de Uluj Ali, que foi o Kapudan Pasha da Frota Otomana durante o reinado de Solimão, o Magnífico. No entanto, foi apenas na reconquista otomana final de Túnis da Espanha em 1574, sob o comando de Uluj Ali, que os otomanos anexaram permanentemente a antiga Tunísia Háfsida, mantendo-a até a conquista francesa da região em 1881.

Inicialmente sob domínio turco a partir de Argel, a Sublime Porta nomeou diretamente um paxá para governar Túnis que era apoiado por forças janízaras. Em pouco tempo, no entanto, a Tunísia tornou-se de fato uma província autônoma, sob o comando do bei local, o que deixou a região com uma independência virtual. Os husseinitas, dinastia criada em 1705, durou até 1957.


Domínio francês

Em 1869, a Tunísia declarou-se falida e uma comissão financeira internacional assumiu o controle de sua economia. Em 1881, usando o pretexto de uma incursão para a Argélia, os franceses invadiram o país com um exército de cerca de 36 mil homens e forçou o bei a concordar com os termos do Tratado de Bardo, em 1881. Com este tratado, a Tunísia tornou-se oficialmente um protetorado francês, apesar das objeções da Itália. Sob colonização francesa, assentamentos europeus no país foram ativamente incentivados; o número de colonos franceses cresceu de 34 mil em 1906 para 144 mil em 1945. Em 1910, havia 105 mil italianos vivendo na Tunísia.

Em 1942-1943, durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi o palco da Campanha da Tunísia, uma série de batalhas entre as forças do Eixo e dos Aliados. A batalha começou com o sucesso inicial das forças alemãs e italianas, mas a enorme superioridade numérica dos Aliados levou à rendição do Eixo em 13 de maio de 1943.

DATA DE INDEPENDÊNCIA

A Tunísia conquistou a independência da França em 1956, liderada por Habib Bourguiba, que mais tarde tornou-se o primeiro presidente da Tunísia. A secular Assembleia Constitucional Democrática (RCD), anteriormente conhecida como Neo Destour, controlou o país através de um dos regimes mais repressivos do mundo árabe, de sua independência em 1956 até a revolução da Tunísia em 2011.

Em novembro de 1987, os médicos declararam Bourguiba incapaz de governar e, em um golpe de Estado sem derramamento de sangue, o primeiro-ministro Zine El Abidine Ben Ali assumiu a presidência. O presidente Ben Ali, anteriormente ministro de Bourguiba e uma figura militar, manteve-se no poder de 1987 a 2011, depois que uma equipe de médicos especialistas julgou Bourguiba inapto para exercer as funções do cargo, em conformidade com o artigo 57 da Constituição da Tunísia. O aniversário da sucessão de Ben Ali, 7 de novembro, era celebrado como um feriado nacional. Ele foi sistematicamente reeleito com enormes maiorias a cada eleição, sendo a última em 25 outubro de 2009, até ele fugir do país em meio a agitação popular de janeiro de 2011.

Ben Ali e sua família foram acusados de corrupção política e de saquear o dinheiro do país. Os membros corruptos da família Trabelsi, principalmente nos casos de Imed Trabelsi e Belhassen Trabelsi, controlavam grande parte do setor empresarial do país. A primeira-dama Leila Ben Ali era descrita como uma compradora compulsiva que usava o avião do governo para fazer viagens não oficiais frequentes para capitais da moda da Europa. A Tunísia recusou um pedido da França para a extradição de dois sobrinhos do presidente, do lado de Leila, que foram acusados pelo Ministério Público do Estado Francês de ter roubado dois mega-iates de uma marina francesa.

Grupos independentes de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Freedom House, documentaram que os direitos humanos e políticos básicos não eram respeitados no país. O regime obstruía de qualquer maneira possível o trabalho das organizações de direitos humanos locais. Em 2008, em termos de liberdade de imprensa, a Tunísia foi classificada na 143ª posição entre os 173 países avaliados.

EDUCAÇÃO

A taxa de alfabetização de adultos em 2008 foi de 78%. A educação é considerada prioridade e é responsável por 6% do PIB. A educação básica para crianças entre as idades de 6 e 16 anos é obrigatória desde 1991. A Tunísia foi classificada no 17º lugar na categoria "qualidade do do sistema educativo" e em 21º na categoria de "qualidade do ensino primário" no Global Competitiveness Report de 2008-9, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.

Os quatro anos de ensino secundário estão abertos a todos os que concluem o ensino básico e é onde os alunos se concentram para entrar no nível universitário ou para se juntar a força de trabalho após a conclusão dos estudos. O ensino secundário é dividido em duas fases: "acadêmico geral" e "especializadas". O sistema de ensino superior na Tunísia passou por uma rápida expansão e o número de alunos mais do que triplicou em 10 anos, ao sair de 102.000 em 1995 para 365.000 em 2005.

FRONTEIRAS

A fronteira entre a Argélia e a Tunísia é uma linha de 965km de extensão, sentido norte-sul, que separa o norte do leste da Argélia do território da Tunísia. No norte se inicia no litoral do Mar Mediterrâneo, vai para o sul passando pelo pico Jebel Chaambi da Cordilheira do Atlas, pelo lago salgado Chott Melrhir, próximo ao também salgado Chott el Jerid. Passa nas proximidades de Redeyef (Tunísia). Daí, vai em trecho sinuoso até perto do paralelo 32 N, onde se inicia um trecho retilíneo final até a tríplice fronteira Tunísia-Argélia-Líbia. Separa 7 (sete) governorados tunisinos desde Jendouba no litoral até Tataouine no sul de 5 (cinco) Wilayas argelinas, desde El Tarf no litoral até Ouargla no sul.

Essa fronteira se define junto com a história das duas nações no século XX. A Argélia foi uma colônia francesa desde o século XIX. Ao fim da Segunda Grande Guerra se iniciam os conflitos pela independência que duram até 1962, quando, com a Argélia livre, cerca de um milhão de Pied-noirs voltam à França. A Tunísia também foi colônia francesa desde 1881 e obteve sua independência em 1956.

A fronteira entre a Líbia e a Tunísia é uma linha de 459 km de extensão, sentido norte-sul, que separa o noroeste da Líbia do território da Tunísia. No norte se inicia no litoral do Mar Mediterrâneo, vai para sul, depois sudoeste, sul, mais uma vez ao sudeste, até a tríplice fronteira Líbia-Tunísia-Argélia, próximo à cidade de Ghadamis (Líbia).

Separa as municipalidades (Sha'biyah) líbias de An Nuqat al Khams, Nalut, Ghadamis de oito governorados Tunisinos-desde Nabeul no norte até Tataouine, a maior das províncias, no extremo sul.

Essa fronteira se define junto com a história das duas nações no século XX. A Itália invadiu o território Líbio, tomando o mesmo do Império Otomano em 1911, passando a colonizá-lo em 1934. Na Segunda Grande Guerra, expulsos os italianos, o país é dividido entre França e Reino Unido. A Tunísia foi colônia francesa desde 1881 e obteve sua independência em 1956.

TRAJES TÍPICOS

Elas usam muitas roupas de tecidos de algodão e leves por causa do Japão. São muito coloridas e elas cobrem a cabeça com chapéu no mesmo tecido igual a roupa. Algumas das roupas são blusas grandes com saias compridas ou um vestido comprido e largo.

Eles usam terno, calça e camisa sociais, gravata e sapato social.

MINERAÇÃO

Fosforeto e Petróleo.

ESPORTES

O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês box, ou pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850.

O futebol, também referido como futebol de campo, futebol de onze e, controversamente, futebol associado (em inglês: association football, football, soccer), é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo ou gol. A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora.

O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da The Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Federação Internacional de Futebol (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.

Andebol ou handebol (do inglês handball) é uma modalidade desportiva criada pelo alemão Karl Schelenz, em 1919—embora se baseasse em outros desportos praticados desde fins do século XIX, na Europa setentrional e no Uruguai. O jogo inicialmente era praticado na relva em um campo similar ao do futebol com dimensões entre 90m a 110m de comprimento e entre 55m a 65m de largura, a área de baliza (gol em português do Brasil) com raio de 13m, a baliza com 7,32m de largura por 2,44m de altura (a mesma usada no futebol), e era disputado por duas equipas de onze jogadores cada, sendo a bola semelhante à usada na versão de sete jogadores. Hoje em dia a maioria dos jogadores pratica apenas o handebol de sete.

LEMA

Ordem, Liberdade, Justiça

FORÇAS ARMADAS

Em 2008, a Tunísia tinha um exército composto por 27 mil pessoas, equipado com 84 tanques de batalha principais e 48 tanques leves. A Marinha tinha 4.800 homens, operava 25 barcos de patrulha e 6 outras embarcações. A Força Aérea mantinha 154 aeronaves e quatro UAVs. As forças paramilitares consistiam de uma guarda nacional de 12 mil membros.

Os gastos militares da Tunísia representavam 1,6% do PIB do país em 2006. O exército é responsável pela defesa nacional e também pela segurança interna. A Tunísia tem participado nos forças de manutenção da paz das Nações Unidas no Camboja (UNTAC), Namíbia (UNTAG), Somália, Ruanda, Burundi, Saara Ocidental (MINURSO) e a missão de 1960 no Congo (ONUC).

Os militares têm desempenhado historicamente um papel profissional e apolítico na defesa do país contra ameaças externas. Desde janeiro de 2011 e sob a direção do poder executivo, as forças armadas têm assumido crescente responsabilidade pela segurança interna e pela resposta à crise humanitária.



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