PAÍS |
Serra Leoa |
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SIGNIFICADO DO NOME |
Nome dado pelos navegadores portugueses: "montanha dos leões". O explorador português Pedro de Sintra batizou a região em 1462 enquanto navegava na costa ocidental africana e ficou impressionado com as montanhas que lembravam leões. |
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CONTINENTE |
África |
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BANDEIRA |
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SINIFICADO DA BANDEIRA |
A bandeira nacional da Serra Leoa foi hasteada oficialmente a 27 de Abril de 1961. A bandeira é uma tricolor de verde, branco e azul. O verde representa a agricultura, as montanhas e os recursos naturais. O azul é o símbolo da esperança de que o porto natural de Freetown venha a contribuir para a paz no mundo. O branco representa a unidade e a justiça. |
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MAPA |
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BRASÃO |
O brasão de armas da Serra Leoa (juntamente com a bandeira) foi concebido pelo College of Arms e concedido em 1960. O escudo mostra um leão sob uma linha em ziguezague, que representa a Serra Leoa, da qual deriva o nome do país. Também se pode ver três tochas que pretendem simbolizar educação e progresso. No fundo do escudo, linhas onduladas azuis e brancas representam o mar. Os suportes do escudo são leões, semelhantes aos do emblema colonial. As três principais cores do escudo - verde, branco e azul - serviram para constituir a bandeira. O verde representa a agricultura e os recursos naturais, o azul o Porto de Freetown, e o branco, unidade e justiça. Na base do todo está o lema: Unidade, Liberdade, Justiça.
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HINO |
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SIGNIFICADO DO HINO |
High We Exalt Thee, Realm of the Free (em português: Solenemente te Exaltamos, Reino da Liberdade) é o hino nacional da Serra Leoa. Tem letra escrita por Clifford Nelson Fyle e música composta por John Joseph Akar, sendo adotado no mesmo dia da independência do país, 27 de abril de 1961. |
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CAPITAL |
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MOEDA |
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ARQUIPÉLAGOS |
O país não possui Arquipélagos. |
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CLIMA |
O clima do país é o tropical, com duas estações definidas que determinam o ciclo agrícola: a estação chuvosa, de maio a novembro, e uma estação seca de dezembro a abril, quando ventos frescos e secos sopram do Deserto do Saara. A temperatura mínima média é de 16° C e a máxima média é de 36° C, sendo que a temperatura média fica em torno de 26° C |
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CONDADOS |
O país não possui Condados. |
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DUCADOS |
O país não possui Ducados. |
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ILHAS |
A ilha Sherbro é uma ilha da Serra Leoa, no distrito de Bonthe da província Sul. Está separada do continente africano pelo rio Sherbro a norte e pelo estreito Sherbro a leste. Tem aproximadamente 32km de comprimento por 15km de largura, e 600km2 de área. O seu ponto mais ocidental é o cabo St. Ann. O seu principal porto e centro comercial é a cidade de Bonthe, no extremo oriental. Tem 65km de praias tropicais e o Ministério do Turismo e Desenvolvimento da Serra Leoa tem vários projetos para o desenvolvimento turístico. As principais atividades económicas da ilha são o cultivo de arroz, o turismo e a pesca. Supõe-se que a ilha Sherbro seja local de criação de tartaruga-verdes, bem como de tartarugas-de-couro. Nas águas da ilha também habita uma importante população de tarpão, muito procurados para pesca desportiva. |
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PRINCIPADOS |
O país não possui Principados. |
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FAUNA |
Afrithelphusa afzelii é uma espécie de crustáceo da família Gecarcinucidae. É endémica da Serra Leoa. Afrithelphusa leonensis é uma espécie de crustáceo da família Gecarcinucidae. É endémica da Serra Leoa. Argiagrion leoninum é uma espécie de libelinha da família Coenagrionidae. É endémica da Serra Leoa. Petropedetes natator é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude e rios. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus accraensis é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, e possivelmente Benin, Guiné-Bissau e Níger. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, savanas áridas, savanas húmidas, matagal árido tropical ou subtropical, matagal húmido tropical ou subtropical, campos de gramíneas subtropicais ou tropicais secos de baixa altitude, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, marismas intermitentes de água doce, terras aráveis, pastagens, jardins rurais, florestas secundárias altamente degradadas, lagoas, canais e valas. Phrynobatrachus alleni é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e marismas intermitentes de água doce. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus fraterculus é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria, Serra Leoa e possivelmente em Guiné-Bissau. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude, rios, plantações e florestas secundárias altamente degradadas. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus guineensis é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus liberiensis é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude, rios e pântanos. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus natalensis é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Distribuição geográfica Pode ser encontrada nos seguintes países: Angola, Benin, Botswana, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Eritrea, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quénia, Libéria, Malawi, Mali, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia, Zimbabwe, e possivelmente Burkina Faso, Chade, Lesoto e Mauritânia. Habitats Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude, savanas áridas, savanas húmidas, matagal árido tropical ou subtropical, matagal húmido tropical ou subtropical, campos de gramíneas subtropicais ou tropicais secos de baixa altitude, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais, rios, rios intermitentes, pântanos, lagos de água doce, marismas de água doce, marismas intermitentes de água doce, terras aráveis, pastagens, jardins rurais, áreas urbanas, florestas secundárias altamente degradadas, lagoas e áreas agrícolas temporariamente alagadas. Phrynobatrachus phyllophilus é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude e marismas intermitentes de água doce. Está ameaçada por perda de habitat. Phrynobatrachus tokba é uma espécie de anfíbio da família Petropedetidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, jardins rurais e florestas secundárias altamente degradadas. Está ameaçada por perda de habitat. Pseudhymenochirus merlini é uma espécie de anfíbio da família Pipidae. É a única espécie do género Pseudhymenochirus. Pode ser encontrada nos seguintes países: Guiné, Guiné-Bissau e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, rios, marismas de água doce e marismas intermitentes de água doce. Ptychadena arnei é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Senegal, Serra Leoa, e possivelmente Guiné-Bissau e Libéria. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, savanas húmidas, pântanos, lagos de água doce intermitentes, marismas de água doce e florestas secundárias altamente degradadas. Ptychadena bibroni é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana, Chade, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, e possivelmente Benin, Guiné-Bissau e Sudão. Os seus habitats naturais são: savanas áridas, savanas húmidas, marismas intermitentes de água doce, jardins rurais, florestas secundárias altamente degradadas, canais e valas. Ptychadena longirostris é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, e possivelmente Benin, Senegal e Togo. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, marismas intermitentes de água doce, canais e valas. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena longirostris é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, e possivelmente Benin, Senegal e Togo. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, marismas intermitentes de água doce, canais e valas. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena mascareniensis é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Distribuição geográfica Pode ser encontrada nos seguintes países: Angola, Botswana, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Egipto, Guiné Equatorial, Etiópia, Gabão, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quénia, Libéria, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Reunião, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Habitats Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, pântanos subtropicais ou tropicais, regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude, savanas áridas, savanas húmidas, matagal árido tropical ou subtropical, matagal húmido tropical ou subtropical, matagais mediterrânicos, campos de gramíneas subtropicais ou tropicais secos de baixa altitude, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais, rios, rios intermitentes, áreas húmidas dominadas por vegetação arbustiva, pântanos, lagos de água doce, lagos intermitentes de água doce, marismas de água doce, marismas intermitentes de água doce, costas arenosas, terras aráveis, pastagens, plantações , jardins rurais, áreas urbanas, florestas secundárias altamente degradadas, áreas de armazenamento de água, lagoas, lagoas para aquicultura, terras irrigadas, áreas agrícolas temporariamente alagadas e canals e valas. Ptychadena pujoli é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: savanas húmidas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais, pântanos e marismas intermitentes de água doce. Ptychadena pumilio é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Mali, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, e possivelmente Burkina Faso, Chade, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia, Níger, Sudão, Togo e Uganda. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, savanas áridas, savanas húmidas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais, rios, marismas de água doce, marismas intermitentes de água doce, pastagens, jardins rurais, lagoas, canais e valas. Ptychadena retropunctata é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Guiné, Libéria, Serra Leoa e possivelmente em Costa do Marfim. Os seus habitats naturais são: savanas húmidas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais e marismas intermitentes de água doce. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena submascareniensis é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: savanas húmidas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, campos de altitude subtropicais ou tropicais e marismas intermitentes de água doce. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena superciliaris é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e marismas intermitentes de água doce. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena tellinii é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Eritrea, Etiópia, Gana, Mali, Nigéria, Serra Leoa, Togo, possivelmente Benin, Chade, Guiné, Libéria e Sudão. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, savanas áridas, savanas húmidas, matagal árido tropical ou subtropical, matagal húmido tropical ou subtropical, campos de gramíneas subtropicais ou tropicais secos de baixa altitude, rios, marismas intermitentes de água doce, terras aráveis, jardins rurais e lagoas. Está ameaçada por perda de habitat. Ptychadena tournieri é uma espécie de anfíbio da família Ranidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Senegal e Serra Leoa. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude. |
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FLORA |
Serra Leoa, em sua extenção conta com alguns lugares protegidos pela sua riqueza paisagística e seu valor ecológico das paisagens, das florestas tropicais para as zonas húmidas, bem como algumas ilhas que se tornaram um santuário para os animais, para a flora e para a fauna tropical da Serra Leoa. Fazer um percurso pelas paisagens naturais da Serra Leoa é visitar o Santuário de Chimpanzés de Tacugama, uma paisagem a 30 minutos de Freetown, onde pode ver muitos chimpanzés. Outro ponto de interesse é o Tiwai Island, um santuário selvagem onde podemos desfrutar de um programa de conservação da natureza que o torna um dos lugares mais bonitos do país, com mais de uma centena de espécies de aves, bem como outras espécies selvagens. O Parque Nacional de Outamba Kilimi também é um dos lugares que não pode ignorar durante as suas férias neste país, este parque encontra-se no norte do país, no interior e tem um único e diversificado ecossistema. Infelizmente, agora está a ser regenerado a partir de múltiplos danos sofridos durante a guerra. Finalmente, no que diz respeito à natureza da Serra Leoa destacam-se as Montanhas de Loma, uma reserva do nordeste do país, com uma das mais impressionantes matas deste lugar. É um local ideal para desportos como caminhadas, montanhismo e escalada. O seu ponto mais alto é de 2000 metros, na cimeira de Bintimani. Outras atracções de interesse são a Floresta de Gola, convertida em uma reserva natural. Este é um dos espaços mais importantes para preservar a vida selvagem na Serra Leoa. Outro local é o Lago Sonfon no norte, um lugar cercado por vegetação luxuriante. Na parte ocidental do país, na costa, há também grandes áreas de florestas e locais como o que se encontra no santuário de Mamunta Mayosso. |
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RELEVO |
Serra Leoa está localizada na costa oeste da África, situada principalmente entre as latitudes 7° e 10° N (a pequena área fica ao sul do 7°) e longitudes 10° e 14° W. O país faz fronteira com a Guiné ao norte e nordeste, a Libéria ao sul e sudeste, e o Oceano Atlântico a oeste. A área total é de 71.740 km², sendo 71.620km² de superfície terrestre e 120km² de água. O país tem quatro regiões geográficas distintas. No leste predomina o planalto, intercalado com altas montanhas, onde o Monte Bintumani- ponto mais elevado do país - atinge 1.948 metros. A parte superior da bacia de drenagem do rio Moa está localizado no sul da região. O centro do país é uma região de planícies de baixa altitude, que contêm florestas, matas e campos agrícolas, que ocupa cerca de 43% da área terrestre da Serra Leoa. A parte norte desta foi classificada pelo World Wildlife Fund, como parte da ecorregião guineense mosaico floresta-savana, enquanto o sul é dominado por planícies florestadas de chuva e terra. Serra Leoa tem cerca de 400 quilômetros de limites com o Oceano Atlântico, dando-lhe recursos marinhos abundantes e um potencial turístico. A costa litorânea tem áreas de baixa altitude e pântano. A região que encobre a capital do país fica em uma península costeira, situada ao lado do Porto Nacional da Serra Leoa. |
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HIDROGRAFIA |
No território de Serra Leoa verifica-se quatro regiões sendo elas a costa atlântica, cheia de pântanos e mangues; a península de Serra Leona, com montanhas boscosas; a região das planícies interiores; e uma região de altas montanhas. Os seus principais rios são: Moa, Rokel, Little Scarcies. A maioria somente é navegável durante a estação chuvosa. |
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SUBDIVISÕES |
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VEGETAÇÃO |
Serra Leona possui abundante vegetação selvagem que alberga, sobretudo nos parques nacionais e reservas naturais, numerosas espécies de animais selvagens, como chimpanzés, antílopes, e uma rara espécie de crocodilo com morro curto. Na agricultura, os principais cultivos são o café e o cacau. |
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IDIOMAS |
Inglês, crioulo, mende, limba, temne |
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CULINÁRIA |
A culinária da Serra Leoa se refere aos hábitos alimentares e estilos achados no país. Pratos O prato mais típico da culinária da Serra Leoa é o arroz e passas, que é um molho feito com batatas ou folhas de tapioca machucadas, cozinhadas com óleo de palma e acompanhado de peixe ou vitela. Outros pratos tradicionais são o molho de kimbombó, o guisado de amendoim e a sopa de pimentão. |
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RELIGIÕES |
Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos em Serra Leoa são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade serra leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios. Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60% de muçulmanos, 30% cristã, e 10% dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país. Existem ainda muitas práticas sincréticas, e até 20% da população pratica uma mistura de islamismo com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo. Historicamente, a maior parte da população muçulmana concentra-se nas áreas ao norte do país, enquanto os cristãos se localizam majoritariamente no sul, sendo comum o casamento inter-religioso. No entanto, a guerra civil de onze anos, oficialmente encerrada em janeiro de 2002, resultou em grandes movimentações populacionais. A crença no Cristianismo começou a ser difundida no século XVI, quando os primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da África. Há ainda, uma considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown. O Governo não estabelece condições para o reconhecimento, registro ou regulação de grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã. O Conselho Inter-religioso de Serra Leoa (IRC), composto por líderes cristãos e muçulmanos, desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover a tolerância religiosa no país. |
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POLÍTICA |
O Governo de Serra Leoa é a autoridade governante do República de Serra Leoa, conforme estabelecido pela Constituição de 1991. O Estado é dividido em três poderes: o executivo, legislativo e o judiciário. O sede do governo é na capital Freetown. a política tem lugar num quadro de uma república presidencial representativo, em que o Presidente de Serra Leoa é tanto chefe de estado como chefe de governo, sendo o país multi-partidário. O poder executivo é exercido pelo presidente. O poder legislativo é exercido pela Parlamento da Serra Leoa. O Judiciário da Serra Leoa é independente do executivo e legislativo. Os direitos civis e liberdade de religião são respeitados. A imprensa crítica continua a operar, embora o governo tenha intervido por supostas reportagens imprecisas, utilizando o 1965 Public Order Act, que criminaliza a difamação. Serra Leoa é dividido em províncias, distritos e "chiefdoms". São três províncias rurais, além de uma cidade capital da província administrativa. Há, então, 14 distritos - 12 rurais, 2 para a capital Freetown. O país é dividido em 149 tribos, cuja liderança é hereditária, e a união das tribos elege o governo local. O Banco Mundial patrocinou a criação de conselhos locais eleitos em 2004. Parlamento O Parlamento da Serra Leoa é unicameral, com 124 assentos, sendo que cada um dos catorze distritos (sendo 12 distritos rurais, e a capital, Freetown, dividida em dois distritos) do país tem sua representação. 112 membros são eleitos simultaneamente às eleições presidenciais, e outros 12 assentos são ocupados por chefes supremos de cada um dos 12 distritos administrativos do país. O parlamento atual é composto de três partidos políticos: O Congresso de Todo o Povo (APC) ganhou 59 dos 112 assentos parlamentares; o Partido Popular de Serra Leoa (SLPP) ganhou 43 assentos; e o Movimento Popular para a Mudança Democrática (PMDC) ocupou 10 assentos. Para ser candidato a membro do Parlamento, a pessoa deve ser um cidadão serra-leonês, ter pelo menos 21 anos de idade, e ser capaz de falar, ler e escrever o inglês num grau de proficiência que lhe permita participar ativamente nos processos no Parlamento; e não deve ter qualquer condenação criminal. Desde a independência em 1961, a política de Serra Leoa tem sido dominada por dois partidos políticos principais, o Partido Popular de Serra Leoa e o Congresso de Todo o Povo. Outros partidos políticos menores também têm existido, mas sem um apoio significativo. Judiciário O poder judicial da Serra Leoa é exercido pelo Judiciário, chefiado pelo Chefe de Justiça e compreendendo a Suprema Corte de Serra Leoa, que é a mais alta corte do país e sua decisão, portanto, não pode ser objeto de recurso. O Judiciário consiste ainda, no Supremo Tribunal de Justiça, no Tribunal de Recurso, nos tribunais magistrados e nos tribunais tradicionais em aldeias rurais. O presidente nomeia e o parlamento aprova juízes para os três tribunais. O Poder Judiciário tem competência em todas as questões civis e criminais em todo o país. O atual presidente da Suprema Corte é Umu Hawa Tejan Jalloh. Ela é a primeira mulher na história da Serra Leoa a ocupar este cargo. |
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TURISMO |
Bo Embora a cidade em si não tenha muitos atrativos, ela é o ponto de partida para quem quer conhecer as Reservas Naturais de Kenema e de Ilha de Tiwai, que são ambas muito interessantes pela natureza. Freetown Localizado numa península montanhosa, possui algumas praias de areia dourada bastante apreciadas. O Museu Nacional possui uma excelente coleção de artefatos tribais Nomolis. Próximo à cidade há algumas reservas naturais, onde podem ser vistos diversos animais, como antílopes, javalis, búfalo d`água, e ocasionalmente elefantes e hipopótamos anões. A capital de Serra Leona costumava ser um caos antes de 1992, quando os novos governantes do país decidiram fazer melhoras para os turistas porém, sobretudo para os nativos. Sem ser uma cidade acolhedora (nenhuma capital africana é), é uma cidade onde pode-se encontrar coisas para fazer e lugares para se ver. Entre as atrações de Freetowm destaca-se o Cottom Tree (árvore do algodão), com seus mais de 500 anos de existência e alguns expoentes da arquitetura colonial britânica, como os Law Courts (julgados), o Museu Nacional (com uma grande coleção de máscaras) e o City Hotel (hoje convertido em um centro noturno). Para misturar-se com os nativos, nada melhor que dar um passeio por dois dos mercados mais barulhentos e divertidos de Freetown: King Jimmy Market e Basket Market, onde pode-se encontrar desde imensas frigideiras a crânios de macacos. Freetowm extende-se ao extremo norte de uma península montanhosa de 40 quilômetros de longitude onde encontram-se algumas das melhores praias da África. Entre elas destaca-se as de Luley, Lakka e Hamilton, relativamente tranquilas e inexploradas. Porém, a melhor de todas é River Beach, que apesar de ser a mais visitada pelos turistas, ainda oferece cabanas de praia por três dólares ao dia. Kabala Kabala é a maior cidade do norte do país: tranquila, devagar, amistosa e hospitaleira. As colinas próximas, cheias de torrentes e cascatas, proporcionam um marco idílico para caminhadas. A melhor das colinas para este propósito é Gbawuria Hill. PARQUES E RESERVAS NACIONALES MOUNT BINTUMANI O Monte Bintumani encontra-se na reserva de Loma Mountains Forest, e com seus 1950 metros é o cume mais alto da África Ocidental. A paisagem é selvagem e é aconselhável ver chimpanzés. As excursões a este monte costumam requerer a ajuda de um guia. O SANTUÁRIO DE VIDA SELVAGEM MAMUNTA – MAIOSO É uma pequena reserva (20 quilômetros quadrados) que, como seu nome indica, é refúgio natural de muitas espécies de aves, pequenos mamíferos e uma rara espécie de crocodilos de morro corto. Possui um centro para visitantes e seu acesso é livre, embora os donativos dos turistas asseguram sua conservação. PARQUE NACIONAL OUTAMBA-KILIMI Situado ao noroeste de Serra Leona, este parque de difícil acesso (é difícil chegar a ele sem um veículo 4 x 4). Pode-se encontrar nele diversas paisagens: extensas pradarias, planícies úmidas e selva, separados entre eles por vários rios. O turismo em Serra Leoa é um importante meio de serviços nacional. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, cerca de 8.000 habitantes de Serra Leoa são empregados no área do turismo, com um número crescente de postos de trabalho que deverão ser criados nos próximos anos. O principal meio de entrada no país é o Aeroporto Internacional de Freetown. Praias e outras paisagens naturais são os maiores atrativos turísticos do país. O Ministério do Turismo e Assuntos Culturais tem como ministro Peter Bayuku Konte. Atrações As principais atrações turísticas de Serra Leoa são as montanhas, praias e reservas naturais. |
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ECONOMIA |
Serra Leoa é rica em minerais, como bauxita, diamante, ferro e platina. As atividades extrativistas são gerenciadas em grande parte pela sociedade estrangeira. As indústrias compreendem instalações para a transformação dos produtos agrícolas e florestais e de diamantes. Mesmo assim, Serra Leoa é o sétimo país mais pobre do mundo tendo um dos mais baixos IDH (0,413). Além disso, tem um dos PIBs mais baixos do mundo e uma relação PIB per capita igualmente baixa. A moeda é o leone. O banco central é o Banco da Serra Leoa. O país opera uma flutuação da taxa de câmbio do sistema, e moedas estrangeiras podem ser trocadas em qualquer um dos bancos comerciais, de câmbio reconhecido. O uso do cartão de crédito é limitado em Serra Leoa, embora possam ser usados em alguns hotéis e restaurantes. |
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ETINIAS |
Mendes 34,6%, temnes 31,7%, limbras 8,4%, conos 5,2%, bulones 3,7%, peules 3,7%, corancos 3,5%, ialuncas 3,5%, quisis 2,3%, outros 3,4%. |
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INDÚSTRIA |
Alimentícia (óleo de palma), móveis e têxtil. |
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PECUÁRIA |
Aves, bovinos e ovinos. |
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COLONIZAÇÃO |
História antiga Achados arqueológicos mostram que Serra Leoa foi habitada continuamente por pelo menos 2.500 anos, absorvendo sucessivas ondas migratórias provenientes de outras partes da África. O uso do ferro foi introduzido na região por volta do século IX, e a agricultura passou a ser praticada por tribos do litoral por volta do ano 1000. A densa floresta tropical presente na localidade serviu de refúgio para os nativos da região, que não receberam muita influência dos reinos pré-coloniais africanos e da influência islâmica encontrada no Império do Mali. No entanto, a fé islâmica só se tornaria amplamente difundida no século XVIII. A Serra Leoa foi uma das primeiras nações do oeste africano a ter contato com os europeus. Em 1462, o explorador português Pedro de Sintra mapeou as colinas onde agora situa-se o porto de Freetown, nomenando a formação de Serra da Leoa ou Serra Leoa, origem do nome do país. Comerciantes lusitanos chegaram ao porto por volta de 1495, quando foi construído um forte que funcionava como um entreposto comercial. Os portugueses juntaram-se aos neerlandeses e franceses, e todos passaram a usar a Serra Leoa como um ponto estratégico do comércio de escravos. Em 1562, a Inglaterra juntou-se aos três países na exploração do tráfico de seres humanos, quando Sir John Hawkins enviou 300 pessoas escravizadas para as novas colônias na América. Pré-colonização Descoberta pelo navegador português Pedro de Sintra em 1460, Serra Leoa era, então, habitada pelos temnes. O nome de Serra Leoa deriva da semelhança que a serra, avistada desde o mar, adquiria com uma leoa vista de longe. Além disso, o trovejar na época das chuvas assemelhava-se ao rugido do animal. A primeira atividade econômica introduzida pelos portugueses foi mesmo o comércio de escravos, obtidos em negociação com aquele povo. Ainda hoje subsistem edifícios construídos pelos portugueses. No século XVII, os comerciantes ingleses expulsaram os portugueses e, por ação da Companhia Comercial britânica, foi fundada a cidade de Freetown que serviu de refúgio para os escravos fugitivos das Américas, que foram amparados pelo não reconhecimento da escravidão na Inglaterra. Antes da colonização europeia, Serra Leoa encontrava-se nos limites do grande Império do Mali, que floresceu entre os séculos XIII e XV. O protetorado de Serra Leoa foi fundado como uma alternativa para resolver o problema demográfico da entrada de centenas de escravos libertos, dando-lhes uma pátria. Os primeiros povoadores estabeleceram em Freetowm em 1787, e nos 60 anos seguintes foram seguidos por 70.000 ex-escravos de toda a África Ocidental e por outros milhares de nativos emigrados desde o interior. Os não nativos africanos, uma comunidade de cerca de 200.000 descendentes, conhecidos como krios, foram colocados pela coroa britânica nos altos postos da administração, de modo que, nos anos 1850, Serra Leoa proclamava sua lealdade à Rainha, enquanto as demais colônias tratavam de buscar sua independência. Em 1971, após sucessivos golpes de estado, Siaka Stevens, do Congresso de Todos os Povos (APC), rompeu com os últimos laços que ligavam Serra Leoa à Grã-Bretanha, e, em 1978, através de plebiscito, estabeleceu-se o unipartidarismo, numa tentativa de acabar com os conflitos com a oposição. Stevens permaneceu por 17 anos na presidência do país e, no meio de uma grave crise, foi sucedido pelo general Joseph Saidu Momoh. Em julho de 1991, o presidente Momoh reformou a constituição de 1978 e garantiu os direitos humanos fundamentais, o pluripartidarismo e tentou consolidar os fundamentos democráticos do Estado. Apesar desses avanços, seu governo foi marcado pelo crescente abuso de poder e corrupção. A corrupção dentro do governo e os problemas administrativos nas minas de diamantes foram as principais razões para o início de uma longa guerra civil. Com a deterioração da estrutura do Estado e o esmagamento da oposição civil, Serra Leoa virou um local propício ao tráfico de armas, munições e drogas. Além da destruição interna, a brutalidade da guerra civil que ocorria na vizinha Libéria foi um fator que trouxe mais instabilidade para a Serra Leoa. Charles Taylor, líder da Frente Nacional Patriota da Libéria ajudou Foday Sankoh, ex-líder rebelde de Serra Leoa e fundador da Frente Revolucionária Unida (FRU). O primeiro ataque da RUF ocorreu em 23 de março de 1991, no vilarejo de Kailahun, uma província ao leste, rica em diamantes. O governo de Serra Leoa, que passava por sérios problemas econômicos e de corrupção, foi incapaz de oferecer uma resistência significativa. Após um mês de guerra civil, a RUF controlava grande parte das províncias do leste, ricas em diamantes. Desde o início, o recrutamento de meninos-soldados foi uma das estratégias dos rebeldes. Em 29 de abril de 1992, um grupo de jovens oficiais liderados pelo capitão Valentine Strasser e aparentemente frustrados pela incapacidade do governo de combater os rebeldes, expulsou o presidente do país, criando um conselho nacional provisório de regulamentação. A população foi às ruas dar saudar a nova administração. Imediatamente, declarou-se estado de emergência, estabelecendo-se restrições à liberdade de expressão e à imprensa, ao mesmo tempo em que as forças armadas e a polícia ganharam poderes ilimitados para deter pessoas. O conselho provisório se mostrou tão ineficiente quanto o governo de Momoh para combater o rebeldes. Cada vez mais a RUF avançava. Em 1995, a RUF controlava as províncias do leste e chegou aos arredores de Freetown. A fim de reverter essa situação, diversos mercenários foram contratados, e os rebeldes foram forçados a se retirar das proximidades da capital. Em janeiro de 1996, depois de quatro anos no poder, Strasser foi substituído pelo deputado Julius Maada Bio, que convocou novas eleições e revogou o estado de emergência. A eleição foi vencida por Ahmad Tejan Kabbah, do Partido do Povo de Serra Leoa, que conseguiu a maioria dos assentos no parlamento. Ainda em 1996, o Major-General Johnny Paul Koroma foi acusado de tentar derrubar Kabbah e foi preso. A prisão de Koroma deixou diversos oficiais de alta patente descontentes. Esses oficiais criaram o Conselho Revolucionário das Forças Armadas (AFRC), que em 25 de maio de 1997, derrubou o presidente, retirou Koroma da prisão e nomeou-o líder e comandante do Estado. Koroma suspendeu a constituição, limitou as liberdades individuais fechou todas as rádios privadas e convidou a RUF para se juntar ao governo. Depois de 10 meses, o presidente (eleito democraticamente) Kabbah foi reconduzido ao seu cargo. Milhares de civis que foram acusados de colaborar com o governo da AFRC foram ilegalmente detidos. A corte marcial julgou e considerou culpados 24 soldados que pertenceram a AFRC. Todos foram executados, sem direito a apelação. No dia 6 de Janeiro de 1999, a AFRC tenta um novo golpe contra o governo, que resultou em perda de diversas vidas e destruição de propriedades em Freetown. Em outubro, a Organização das Nações Unidas concordou em enviar força de paz para ajudar a restaurar a ordem e desarmar os rebeldes. Os primeiros 6.000 capacetes azuis chegaram em dezembro de 2000. Posteriormente o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovaria o aumento desse número para 13.000. Em maio do ano seguinte, o exército da Nigéria deixou o país, e as forças de paz tentaram desarmar a RUF no leste de Serra Leoa. Nem todos os soldados da RUF se entregaram, e 500 membros da força de paz foram feitos reféns. Em 18 de janeiro de 2002, o presidente Kabbah declarou a guerra civil oficialmente encerrada. Estima-se que aproximadamente 50.000 pessoas tenham sido mortas e que existam mais de 500.000 refugiados em nações vizinhas. Muitas pessoas tiveram seus braços ou pernas decepadas. No mesmo ano, a ONU e o governo de Serra Leoa instalaram uma corte de crime de guerra em Freetown. Novas eleições ocorreram em 2002, quando o presidente Kabbah foi reeleito com 70% dos votos, e o seu partido conseguiu a maioria dos assentos no parlamento. Esse conflito sangrento inspirou o filme Diamante de Sangue (2006), de Edward Zwick, protagonizado por Leonardo di Caprio, e o livro Muito longe de Casa - Memória de um Menino Soldado, do sobrevivente Ishmael Beah. Atualmente, a situação do país se encontra estabilizada. |
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DATA DE INDEPENDÊNCIA |
27 de abril de 1961. |
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EDUCAÇÃO |
A educação em Serra Leoa é legalmente obrigatória para todas as crianças a partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores no país tem resultado numa educação desigual. O analfabetismo atinge aproximadamente dois terços da população adulta do país. Durante a guerra civil que desolou o país, 1.270 escolas primárias foram destruídas, o que resultou em 67% de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de ensino. Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001 e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra. Os estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12 anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A educação primária é gratuita e obrigatória, sendo oferecida em escolas públicas. Em Serra Leoa, há três universidades: Fourah Bay College, fundada em 1827 (a mais antiga universidade na África Ocidental), a Universidade de Makeni (estabelecida inicialmente em setembro de 2005, e o Instituto de Fátima, que recebeu o estatuto de universidade em agosto de 2009, e assumiu o nome de University Makeni, ou Unimak). Há ainda, a Universidade Njala, localizada no distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e tornando-se uma universidade em 2005. Faculdades de formação de professores e seminários religiosos são encontrados em muitas partes do país. A Educação em Serra Leoa, um país da África Ocidental, é legalmente exigida para todas as crianças a partir dos seis anos no ensino primário, e três anos de ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores tem feito a execução impossível. A Guerra Civil de Serra Leoa resultou na destruição de 1.270 escolas primárias e, em 2001, 67% de todas as crianças em idade escolar estavam fora da escola. A situação melhorou consideravelmente desde então, com a duplicação de matrículas em escolas primárias entre 2001 e 2005 e a reconstrução de muitas escolas desde o fim da guerra. As escolas foram fechadas no início de junho de 2014, por causa do vírus Ebola. |
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FRONTEIRAS |
A fronteira entre a Guiné e a Serra Leoa é uma linha de 652km de extensão, que separa toda a metade norte da Serra Leoa do território da Guiné. A lista fronteiriça é um arco iniciado no litoral do Oceano Atlântico na latitude aproximada 9º N, longitude 13º W, que vai para o nordeste ao longo do rio Great Scarcers até o extremo norte (latitude aproximada 10º N) da fronteira. A partir daí, toma um traçado rumo leste de cerca de 200 km, no qual há três trechos retilíneos na direção dos paralelos. Nas proximidades da longitude 11º W, a fronteira vai para o sudeste até tríplice fronteira das duas nações com a Libéria. Separa as províncias Northern e Eastern de Serra Leoa das regiões Kindia, Mamou, Faranah, Nzérékoré da Guiné. Essa fronteira se definiu com a recente história das duas nações: Guiné- colônia francesa desde as últimas décadas do século XIX, obtém a independência em 1958. Serra Leoa- colônia britânica desde o início do século XIX, obtém a independência em 1961. A fronteira entre Libéria e Serra Leoa é a linha que limita os territórios de Libéria e Serra Leoa. Começando junto da Costa da Pimenta, no Atlântico Oriental, segue os percursos dos rios Mano e Morro, seguindo depois por trecho não-fluvial até à tríplice fronteira de ambos os países com a Guiné, e que se situa a leste de Koindu (Libéria). |
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TRAJES TÍPICOS |
O continente africano possui uma grande variedade de línguas, costumes e religiões. Trajes pinturas corporais, tecidos e adornos. São marcas da identidade de cada grupo. Os povos africanos costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos, conforme as identidades de seus devidos grupos. Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente. Nos festivais Pan Africanos realizados no Senegal, as diversas etnias se reunem e intercambiam a cultura de seus Paises. Eis algumas vestimentas tradicionais usadas pelos povos da África: 1. Bubu - Túnica que vestida pelos homens na África, especialmente pelas autoridades. Em Angola bubú significa «camisa larga de panos coloridos». 2. Caftan - Túnica ampla de mangas largas vestidas pelos homens no Oriente Médio. 3. Dashiki - Túnica africana de cores fortes. 4. Djellabah - Manto ou túnica larga de corte mais justo vestida pelos homens na África do, especialmente no Marrocos. Moda Afro A maioria dos estilistas usam materiais locais, misturando com alguns tecidos importados. O bazin, tecido de algodão com desenhos monocromáticos, é bastante conhecido no continente e usado extensamente por toda África Ocidental. Alguns países, como Senegal e Mali, produzem esse tecido localmente e às vezes importam da Europa. O primeiro estilista a introduzir o tecido bogolan tradicionalmente usado no Mali onde é conhecido por mud cloth ou tecido de lama, foi Chris Siydou, Muitos estilistas continuaram usando materiais tradicionais, como ráfia, pogné, índigo, etc. Atualmente acrescentam materiais nativos, tais como palha, juta, conchas do mar, etc. Tudo isso empresta às roupas um colorido típico. Os desenhos também são inspirados nas formas tradicionais. Há criadores cujo trabalho pode ser considerado universal. O mercado para a moda africana ainda é incerto e frágil. Apesar do número crescente de espetáculos de moda e da cobertura de imprensa grande parte dos africanos não está preocupada com as tendências de moda de seus países, E a maioria das pessoas ainda não pode usufruir dessa moda, devido aos altos preços dessas roupas. Poucos estilistas africanos já ganharam reconhecimento internacional. Mas estão gradualmente sendo convidados a participar dos espetáculos de moda na Europa, Ásia, EUA, e Canadá. Muito pouco da moda africana é conhecida na América Latina. Citamos também alguns itens e costumes tradicionais da indumentária africana: A capulana é um xale usado na indumentária tradicional de Moçambique. Colares de contas são muito usados pelas mulheres e o número de colares indica a posição social dentro dos seus grupos. Nos casamentos as noivas de Marrakesh enfeitam-se com muitas joias. Os berberes beduínos usam uma túnica simples com o turbante tingido com índigo azul-escuro. O batique é largamente usado. As mulheres himba costumam usar vestidos com babados como símbolo de identidade. As mulheres rashaidas, que habitam a Sumária, nordeste da África, vestem-se com véus e túnicas guardando a tradição muçulmana. Elas também usam filigranas de prata sobre o rosto e véus elaboradamente bordados. O uso da pintura decorativa com hena, decorando as mãos e os pés, também está bastante difundido na África. |
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MINERAÇÃO |
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ESPORTES |
Serra Leoa é destaque no atletismo. As crianças já nascem correndo. Pois só tem uma parteira, e são cerca de 3 nascimentos por segundo, tendo em vista que lá não tem televisão. Passam a adolescência fugindo dos leões, ou correndo atrás de cabras, quando sexualmente ativos. E passam a idade adulta fugindo das mulheres, que descobriram o que eles fizeram na adolescência. Eles nem chegam a velhice de tanto fazer abuso com as garotas de 16 anos... Atletismo é um conjunto de esportes constituído por três modalidades: corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com exceção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona. O romano Juvenal sintetizou na expressão “mens sana in corpore sano” a própria filosofia do esporte. |
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LEMA |
"Unity - Freedom - Justice"–("Unidade - Liberdade - Justiça") |
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FORÇAS ARMADAS |
Desde a independência do país em 1961, o cenário político da nação foi marcado por corrupção, má administração governamental e violência nos processos eleitorais, que acabavam por enfraquecer a sociedade civil, com o colapso de várias instituições, como o sistema educacional e de saúde, que gerou, no começo dos anos noventa, uma juventude analfabeta tremendamente frustrada, que encontraram voz em grupos extremistas como a Frente Revolucionária Unida (Revolutionary United Front ou RUF). A RUF foi fundada por Foday Sankoh, um ex-militar serra-leonês, que prometia, acima de tudo, igualdade na distribuição das rendas provenientes da venda de diamantes. Os diamantes de Serra Leoa eram considerados alguns dos melhores do mundo e o país extraía centenas de pedras por dia. Contudo, os grandes lucros raramente eram repassados para a população, que sofria com a pobreza. As promessas de Sankoh de redistribuir os lucros de diamantes para o povo rapidamente desapareceram quando ele passou a usar esse dinheiro para financiar sua milícia. A RUF nunca deixou claro qual era sua visão política, mas alegava lutar pela liberdade do povo de Serra Leoa. O grupo recebeu vasto apoio de Charles Taylor, então presidente da Libéria, que também usava diamantes para financiar seu próprio conflito civil em seu país. |